terça-feira, 22 de dezembro de 2009

O Natal amargo de Yeda


Imagem de Yeda durante a campanha e agora, com o desgaste do cargo de governadora.

Olala,
Tenho lido no semblante da governadora as marcas da passagem pelo palácio Piratini. Todos nós somos humanos e não desejamos a ninguém o destino trágico do cansaço e do desgaste forçado da governadora.

Tomei a liberdade de publicar aqui o retrato da governadora na sua forma mais dócil durante a campanha eleitoral e, agora, ostentando a realidade sem fotoshop e sem retoques.

Tenho certeza que depois da derrota sofrida no último dia 22 de dezembro, o semblante da governadora deve ter ficado ainda miassisudo. Sua cartada final, visando convencer os deptuados a aprovarem o fim das carreiras não logrou êxito. Perante o Banco Mundial ficou o esforço de Yeda que certamente terá a benese da concessão da segunda parte do empréstimo sem embargos. Afinal, o crédito não é gratuito, mas somará à dívida que os futuros governantes terão que pagar. E Yeda continuará enganando os gaúchos com a falácia do Déficit Zero, tentando mostrar aoxs gaúchos que o Estado não possui dívidas.

Todos sabemos que o Estado precisa de ajustes para ser governável. Mas, os ajustes têm que ser feitos com o diálogo entre as partes. E não de forma verticalizada como escolheu Yeda.

Yeda colhe o que semeou.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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Yeda derrotada pela terceira vez


Pressão dos servidores foi fundamental para fazer o governo Yeda recuar.

Olala,
A governadora Yeda sofreu sua terceira derrota no Parlamento. É incrível, mas a governadora que se elegeu com o apoio de um leque amplo de partidos se vê, agora abandonada à própria sorte.

Até mesmo o líder de governo, deputado José Westphalen, subiu na tribuna para defender o voto contrário aos projetos, liberarndo o voto das bancadas.

Mas, era preciso mostrar à governadora que sua base continuava frágil no Parlamento. Ela havia sido derrotada em Dezembro de 2006, antes mesmo de assumir, quando se aproveitou de um restinho de mandato de Rigotto e tentou fazer passar um realinhamento de impostos. Foi derrotada. Em 2007, recolocou os projetos e novamente foi derrotada. Em 2008, silenciou. Em 2009 estava de volta com projetos que visavam atender às demandas do Banco Mundial que exigiam o fim das carreiras de Estado.

A derrota foi acachapante. Todos os 51 deputados votaram contra. Diante da derrota, Yeda mandou o líder de governo recolher os outros projetos,incluindo os do magistério que estavam tramitando, alguns em regime de urgência.

Quem perde é Yeda e seu jeito de governar. Quem ganha são os servidores que resistiram coletivamente e, entre eles, o Cpers que puxou a frente de resistência aos projetos. A greve, curta, foi necessária para mostrar à toda a categoria que somente com luta os direitos são mantidos. Uma lição que só pessoas sábias podem reconhecer.
Pense nisto, enquanto há tempo.
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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

As 42 agulhas do menino de Ibotirama



Olala,
O caso das 42 agulhas espetadas num menino de dois anos na pacata cidade de Ibotirama, na Bahia.

O caso merece uma reflexão mais detalhada do caso. A Bahia, um dos estados com o maior índice de pobreza do país, revela, neste caso, o resultado da falta de instrução de pessoas como a do padrasto Roberto, autor das atrocidades.

Enciumado por ter desfeito um casamento e inebriado pela vontade da amante, procurou uma mãe de santo para executar o ritual de tortura no filho de dois anos. A atitude conforme apurou a polícia, acontecia mais ou menos assim: Roberto Magalhães (pai)comprava as agulhas e as levava para Angelina (curandeira), que entregava para Maria Nascimento (mãe de santo), para benzê-las. Depois disso, as agulhas eram levadas de volta para a casa de Angelina, que dava a ordem para Roberto colocar as agulhas na criança. O ritual acontecia há cerca de um mês.

Depois de passar por uma consulta médica, a criança passou por radiografia e apareceu a cena cruel. A criança deverá passar por uma delicada cirurgia de retirada das agulhas. Algumas atingem o ventrículo esquerdo do coração e, pelo menos, duas agulhas estão localizadas dentro do canal da medula, na coluna cervical da criança.

São estas cenas que provam que nosso país ainda está em vias de desenvolvimento.
Pene nisto, enquanto há tempo!
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O Fundo de previdência do Estado


Inativos do Estado não possuem fundo próprio de previdência como manda a lei.


Olala,
A Reforma da Previdência de 1996 determinou que os entes públicos, municípios, Estados e União, criem um ´Fundo único de Previdência Social para servir de base e sustentação dos inativos de todos os poderes.

Pela determinação federal, a partir de 2006, todos os servidores deveriam estar ligados ao fundo único, gerido por composição paritária. Isto significa, por exemplo, que no Estado do RS, deverá ter um órgão único, independente e autônomo para gerir as aposentadorias e pensões. Atualmente, embora exista o IPE, o órgão não conta com autonomia e depende de verbas do tesouro para se viabilizar.

Ao longo do tempo houve algumas iniciativas invocadas para justificar a geração de recursos para a criação do fundo único. Primeiro, o governador Antonio Britto justificou a venda da CRT para alim,entar com recursos o fundo, mas o dinheiro rparou noutras prioridades. Depois, em 2006, criou a alíquota de 2% do salário básico de todo o servidor para levantar recursos para o fundo. Ao final de sua gestão, cosntatou-se que nem os recursos da venda da CRT e nem os cerca de R$ 600 milhões dos descontos mensais dos servidores tinham irrigado o fundo.

Aí veio o governo Olívio que não regulamentou o fundo.

E veio Yeda que justificou a venda do Banrisul, em ações, para justificar a necessidade de reforçar os recursos para o fundo. A medida sensibilizou os deputados que concordaram com a venda que rendeu cerca de R$ 1 bilhão aos cofres do tesouro do Estado.

Em dezembro de 2009, curiosamente, repetindo o gesto de Rigotto, Yeda decide destinar 70% do valor do Fundo para financiar obras de asfaltamento e 30% para pagamento de precatórios vencidos.

A leitura pública que se faz é que os últimos governos gaúchos não avançaram nas bases que garantem autonomia e independência do Fundo dos servidores.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Piratini joga com servidores


Professores acampados na praça pressionam deputados a não aprovar projetos de YedaOlala,
Ninguém de sã consciência admite que o governo Yeda tem respeito com os servidores.

O processo de votação dos projetos do funcionalismo na Assembleia revela uma artimanha própria dos déspotas investidos de poder.

Imagine que todos os governos sempre têm uma base de apoio no Parlamento. No caso da Yeda, elegeu-se com um leque amplo de partidos que lhe deu maioria parlamentar ao longo do mandato. Mas, curiosamente, a maioria parlamentar, a um ano antes da eleição acaba balançando. Obriga os articuladores do governo a realizar acrobacias políticas visando garantir a sustentação do apoio na Assembleia.

Yeda acredita que a Assembleia é o local onde passa a sustentação de seu governo no ano final de mandato.

mas, o fato de ter adiado em três vezes consecutivas a votação de matérias encaminhadas pelo Executivo à Assembleia, revela que a base de sustentação não tão monolítica como parecia. Uma coisa parece certa: a governadora está jogando com a resistência dos servidores. Acampados na Praça da Matriz os servidores não vão arredar o pé, até ver o resultado da votação na Assembleia. Querem conferir o voto dos deputados olho-no-olho.

Depois de três tentativas, com retirada de quorum de parte da base aliada, os projetos podem entrar em votação na terça, último dia da legislatura ordinária, ou na quarta, com chamada extraordinária do Executivo, que daria um rendimento extra aos deputados.

E os deputados sabem que o voto contrário aos interesses do funcionalismo pode revelar uma derrota antecipada da eleição que acontece em 3 de outubro do ano que vem.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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sábado, 12 de dezembro de 2009

Zapatero escreve sobre Lula



Lula recebeu elogios em artigo do presidente Zapatero, da Espanha.

Olala,
O conceito de um presidente é construído a partir das suas ações. Lula está há um ano para terminar o segundo mandato com uma popularidade jamais vista por um presidente brasileiro.

Com uma imagem nacional e internacinalmente reconhecida, na última sexta-feira, Lula foi destacado como o segundo mais bem conceituado líder mundial dos países democráticos da atualidade.

O conceito positivo conquistado por Lula mundo afora contagia os outros países, como na Espanha. O presidente espanhol, José Luiz Zapatero, acaba de publicar um artigo fazendo rasgados elogios a Lula.

No artigo o presidente espanhol se refere a Lula como um 'homem que assombra o mundo" de forma positiva. O presidente espanhol menciona os avanços obtidos pelo metalúrgico e semi-alfabetizado que virou presidente. Cita frase de Lula que se diz satisfeito se, ao término de seu governo, "todo o brasileiro tiver tomado café da manhã, almoçado e jantado". Zapatero defende também a presença do Brasil no Conselho de Segurança da ONU, reivindicação feita por Lula.

As declarações de Zapatero devem causar desconforto a muitos políticos letrados e doutorados deste país. Não há dúvidas que a personalidade de Lula, homem simples do povo, transformou a forma de governar o país. Determinado, sabe onde o calo dói e quais as medidas devem ser tomadas para sanar os problemas do país.

Muita saúde a este metalúrgico-presidente. Não tenho dúvidas que seu carisma e sua simplicidade irá render, ainda, muitas alegrias para o Brasil.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Greve do serviço público estadual


Cpers decidiram pela greve a partir do dia 15 de dezembro.

Olala,
Várias categorias de servidores tomaram a decisão de unificar a luta contra o desmonte das carreiras patrocinado pelo governo Yeda. Depois de três tentativas frustradas de aprovar pacotes na Assembléia, a governadora encaminhou um conjunto de projetos de lei que mexem radicalmente com as carreiras de Estado. Entre os projetos está uma alteração da Constituição que acaba com as vantagens por tempo de serviço, a criação de um teto salarial como referência fixado em R$ 1.500,00 para professores com 40h, o fim da licença prêmio, o congelamento de salários com a vinculação de reajustes baseados no superávit de impostos, a extinção do Plano de Carreira do Magistério, entre outros.

Estes projetos tramitam na Assembleia e dia 15.12 vencem os 30 dias, o que habilita que os deputados votem. As medidas atendem às demandas feitas pelo Banco Mundial que condicionou à aprovação das medidas para liberar um empréstimo de US$ 1,1 bi, em duas etapas. Metade da verba Yeda recebeu e a outra metade depende da aprovação dos projetos.

Nunca aconteceu que os servidores tiveram que apelar para uma greve no final do ano, às vésperas do Natal. Esta situação foi provocada porque o governo está apostando no suporte parlamentar da bancada de apoio na Assembleia para consolidar o pacote de maldades contra os servidores. Veja o parecer jurídico sobre os projetos.

Agora é tudo ou nada. Se conseguirmos barrar o pacote, Yeda não terá mais tempo para encaminhar as medidas, já que o ano eleitoral impede aprovação de projetos que tenham repercussão financeira repassada para o governo do sucessor. É por isso que os servidores públicos estaduais, unificados, decidiram enfrentar Yeda e os deputados governistas. O que está em jogo é a sobrevivência do serviço público no Estado. E Yeda sabe que, com seus deputados está jogando a última cartada. Afinal,como diz o provérbio do francês Montaigne, quem está à beira de um precipício só há uma maneira de andar para a frente: é dar um passo atrás.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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Defesa Civil é Militar


Telhas doadas pela comunidade ou adquiridas com recursos federais acabam desviadas.

Olala,
Sempre achei estranho que a Defesa Civil do Governo do Estado seja comandanda por militares. O serviço deveria ser coordenado por cidadãos civis que, dependendo do caso, podem até se socorrer institucionalmente dos órgãos da Brigada Militar.

Assim como acho errado termos serviços civis como, por exemplo, os Bombeiros, entregues a corporações militares.

Todos lembram da discussão sobre organização do trânsito. Há duas décadas todo o serviço era entregue à B brigada Militar. Hoje, constitucionalmente, compete às Polícias Militar e Civil cuidar da Segurança Pública.

É, pois, uma anomalia que serviços civis sejam entregues à administração de organizações militares.

Agora surgem denúncias de que a Defesa Civil desvia telhas doadas pela comunidade ou adquiridas com recursos do Govenro Federal para madeireiras, para funcionários do Palácio Piratini e para reformar quartéis da BM. O material deveria ter fim específico:socorrer os flagelados das intempéries no Estado.

O episódio repete as denúncias ocorridas em Santa Catarina quando roupas acabaram desviadas para comercialização em brechós particulares ao invés de terem o destino final: os flagelados.

O coordenador da Defesa Civil estadual, coronel PM Joel Prates Pedroso, deve explicações à comunidade. Ele que sempre acorreu à imprensa para divulgar informações sobre as ações da defesa civil, agora tem que vir a público explicar porque material doado pela comunidade para socorrer os atingidos pelas intempéries acaba tendo outro fim.

Pense nisto, enquanto há tempo!
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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Uma carta suicida


Pode ser difícil, mas o maior desafio do ser humano é acreditar que vale a pena lutar pela vida.

Olala,
Li alguns trechos da carta escrita e deixada pela artiz Leila Lopes, 50 anos, encontrada morta no início do mês, em seu apartamento, no centro de São Paulo.

Achei um desserviço à humanidade revelar publicamente as razões do suicídio da atriz. Polêmica a mensagem revela algo que a modernidade deixou de prezar: o valor da vida.

Não se pode achar normal que uma pessoa, aos 50 anos, tenha concluído seus objetivos de vida e encontre na morte a saída para seus projetos. É uma covardia fugir da vida desta maneira.

Pensar que a escolha por uma existência se dá sobre milhões de possibilidades e, de repente, o fim na escolha trágica se dá tão solitariamente. A cabeça de uma pessoa que acaba buscando esta saída deve estar em parafuso, anormal, doente.

O mais estranho é que familiares da vítima acabam revelando á imprensa o conteúdo trágico e as justificativas de alguém que manifestou fraquezas na vida.

Somos feitos para viver, para resistir á toda a tentativa de abreviação da vida. Lutamos incessantemente para não ser atingidos pelas moléstias abundantes e tentadoras. Mas, sinceramente não podemos aceitar como normais as razões de um suicida. Elas são anormais, doentias.

Todos devemos admirar e prezar o curto espaço de tempo que temos à disposição da existência. Fazer com que seja o mais útil possível. O tempo só existe para quem vive. Eu quero sempre lutar e ter razões para viver.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Uma charge para pensar



Olala,
Dependendo dos objetivos de cada um, constroem-se as ações. Enquanto Lula está investindo no fortalecimento da Petrobras, criando um marco regulatório para garantir que as riquesas do Pre-sal reforcem a soberania nacional, aqui nos pampas, uma paulista no poder está determinada a colocar o trator, a britadeira, a granada, e tudo o que for munição bélica para detonar os direitos dos servidores.
E, se preparem, vai pressionar para que os deputados assinem embaixo dos pacotes de maldades. É nisso que dá entregar o poder a um governo neoliberal...
Se a gente não se apressar, não vai sobrar nada!
Pense nisto, enquanto há tempo.
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quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Os inativos e projeto de Yeda


Yeda atende pedido do Banco Mundial para acabar com carreiras no Estado
Olala,

Ainda não conhecemos a íntegra dos projetos de Yeda que pretedem modificar as carreiras dos servidores. Quero me ater em alguns aspectos possíveis tentando decifrar a intencionalidade mesmo antes de se ter em mãos o teor dos projetos de lei que devem chegar à Assembleia.

Um dos itens referidos no pacote trata da situação dos inativos, os aposentados pelo Tesouro do Estado.

Pois, implantando a meritocacia e tendo os salários dos ativos reajustados de forma desigual, fica a dúvida sobre como serão reajustados os inativos na vigência do novo plano de carreira. Temo que embutido nas reformas seja implantada também a vontade de arrochar ainda mais os salários dos servidores, impedindo que tenham reajuste paritário aos da ativa.

A valorização salarial através da meritocracia, nos moldes que a governadora quer implantar, é uma forma de bagunçar as carreiras, jogando um professor contra outro. Com a meritocracia, na mesma escola, pode haver dois professores que lecionam a mesma matéria, mas que, pela avaliação de desempenho, um recebe mais que o outro.

Tenho colegas que estão às vésperas da aposentadoria. Alguns faltando um ou dois anos para chegar lá. Muitos me perguntam o que fazer, já que até mesmo a Licença Prêmio deixará de existir para ser convertida em um período de três meses de estudo, sob controle do gestor, a cada cinco anos.

Entendo que, nenhum direito deverá ser anulado até a introdução das novas regras. Há, contudo, o transtorno de ter que garanti-lo somente na Justiça. E isto, sabemos, embora líquido e certo, demora anos.

Pelas informações que temos até o momento, a medida de Yeda visa desvincular o reajuste dos ativos e inativos. É o fim da paridade.Como há vencimentos diferentes a serem pagos aos ativos, fica difícil encontrar o meio termo que sirva de base para reajustar os proventos da aposentadoria.
Pense nisto, enquanto há tempo.
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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

A propaganda dos R$ 1.500,00 de Yeda


Yeda contesta no STF o piso nacional de R$ 950,00 mas promete piso de R$ 1.500,00 a professores. Dá para acreditar?

Olala,

Há uma semana a governadora Yeda fez um anúncio no Palácio Piratini dizendo que o novo piso de um professor estadual será de R$ 1.500,00. A mídia (rádio, jornal e tevê) reproduziram a informação em manchetes.

Cantaram a notícia estado a fora, condicionando a opinião pública que passou a achar que a informação era expressão da verdade.

Fui me informar sobre a benesse. Primeiro, custei a acreditar que a governadora que contestou no Supremo Tribunal Federal, junto a outros quatro governos, a implementação da Lei do Piso Nacional de R$ 950,00 proposto por Lula, de repente, abrisse a mão e oferecesse um piso superior. Estranhei, igualmente, que um governo que está no Cadin (Cadastro dos Inadimplentes) junto à União, que sequer implementou a merenda para o Ensino Médio em 2009, como quer o MEC, que não investiu os 35% em educação, pudesse acenar com uma proposta tão bondosa.

Na verdade, a proposta de Yeda não passa de uma jogada de marketing que foi bebida pela mídia sem ser degustada.

Senhores e senhoras professoras! Os tais R$ 1.500,00 como piso são uma ficção. Eles serão colocados como base de um possível Plano de Carreira que não existe. Yeda quer acabar com o atual Plano de Carreira que tem vantagens com progressão de níveis e classes, conforme a formação e o tempo de serviço, e quer forçar os atuais servidores a aderirem ao novo plano. O piso anunciado só valerá para os novos concursados que ingressarem no novo plano. E isto, não tenho dúvidas, só valerá para aqueles que fizerem concurso e forem nomeados no futuro. E, sabem quando isto vai acontecer?

É só olhar para a política dos governos neoliberais. Eles não fazem concurso. Eles enxugam o Estado. Eles defendem um Estado mínimo. Logo, com Yeda não terá concurso, só terá contratações. Mesmo porque, Yeda, na vontade dos gaúchos só será governadora até 31 de dezembro de 2010.

Então, devagar com o andor, que o santo é de barro. E, lamentavelmente a mídia embiragada distribui um veneno como se fosse remédio.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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Ora,

A universitária de minisaia


Universitária ousou na roupa e desencadeou um tumulto em universidade paulista.

Olala,

Na última semana a mídia do país se ocupou de um assunto que causou polêmica no meio universitário. Trata-se do fato da universitária Geisy Arruda, e acadêmica de turismo, na Universidade Bandeirantes, de São Bernardo do Campo, ter comparecido à aula com um vestido curto.

A roupa chamou atenção dos colegas que protagonizaram uma algazarra no prédio, causando tumulto e culminou com o apoio da polícia militar para retirar a estudante do prédio.

As imagens gravadas em vídeo por celulares dos estudantes mostram a correria e o assédio à moça, ofendida pela multidão que, em coro, a chamava de "puta".

O episódio merece uma atenção detalhada. Num primeiro momento a universidade veio a público para defender a estudante e contestar a ação dos demais alunos. Mas, uma semana após, um comunicado da instituição culminava com o afastamento da acadêmica da universidade.

Caindo na Justiça, o episódio renderá muitas idas e vindas.

Tenho a convicção de que a moça será reintegrada á universidade, entendendo que o gesto de varrer da escola as pessoas que cometem algum deslize regimental não é o melhor meio para se garantir a formação de uma pessoa. Acho que houve excessos de lado a lado, mas perfeitamente corrigíveis à luz do bom senso.

Só estou me manifestando porque me junto àqueles que acham injusto afastar alguém da escola só porque cometeram um deslize. Vi a entrevista da moça na tevê e não percebi maldade na sua fala. Compreendeu o excesso praticado, mas, convenhamos, foi uma selvageria a avalanche que avançou sobre a moça.

Mais uma vez percebe-se que, em grupo, o ser humano perde a racionalidade e, para não ser diferente, se junta aos que defendem a selvageria.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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domingo, 1 de novembro de 2009

A força das rádios comunitárias


A rádio comunitária resgata e preserva a cultura popular nas comunidades.

Olala,

Tenho participado, neste final de semana, de um encontro de formação de trabalhadores de rádios comunitárias na regional de Palmeira/Frederico Westphalen.

Constatei o importante papel que estes trabalhadores realizam na democratização da sociedade e da comunicação. Disse, como painelista, que cada pessoa que trabalha nas rádios comunitárias ajuda a tornar realidade o sonho por liberdade, democracia, participação pregado por milhares de cidadãos brasileiros que, no passado, foram à rua para pedir democracia. Mais do que democratizar a comunicação, as rádios comunitárias resgatam a democracia das comunidades, permitindo que se ouçam na rádio, que tenham a cultura da comunidade divulgada e preservada.

No Brasil as rádios comunitárias surgiram na década de 70 e o primeiro registro dá conta que começou com dois jovens em Vitória (ES) com a rádio Livre Paranóica. Hoje são mais de 3.842 com processo de concessão autorizado pelo Ministério das Comunicações e outras 8 mil estão buscando legalização.

A rádiodifusão, como a mídia impressa, passa por transformações. As emissoras convencionais, que são empesas que visam lucro, não querem as rádios comunitárias. Têm medo de perder anunciantes, pois visam lucro. As comunitárias fazem bem à democracia e têm seu espaço garantido e afirmado na sociedade.

Elas têm um alcance mais direcionado ao interesse das comunidades, podendo ser a voz de inúmeros eventos, campanhas, festividades, atos que passam a ser pauta nas rádios comunitáiras. Sem preocupaçãocom o formalismo da programação, são mais livres e respondem à necessidade de informar e entreter os ouvintes, com eficiência.

Não temos dúvida que a afirmação das rádios comunitáiras deverá acontecer também na 1ª Conferência Nacional de Comunicação que acontece no país no ano que vem.
Pense nisto, enquento hátempo!

domingo, 18 de outubro de 2009

Doutores e mestres sem didática


Para ser professor, não basta apenas ser mestre ou doutor. Tem que ter domínio da didática.

Olala,

Há, no Brasil, a compreensão de que basta ser mestre ou doutor para ser um bom professor. É só olhar para os bancos de professores das nossas universidades para ver qual é o critério apontado como primeira opção para qualificar os cursos: é o número de doutores e mestres que têm na equipe.

Dias atrás, fui assistir a uma palestra de um doutor numa universidade. Lá estava um senhor de cabelos grisalhos, contando, em detalhes, os desafios que teve ao longo de sua vida acadêmica. Sempre foi pesquisador na universidade, efetivou-se na instituição pela porta do concurso e é hoje professor titular.

No seu currículo, não cursou disciplinas didáticas, mas está hoje designado a desafiar os outros a construírem seu conhecimento. Durante uma hora e meia usou o microfone e espalhou ideias a uma plateia silenciosa e estática. Fala pausada, cheia de conceitos e indagações.

Uma projeção audiovisual servia de apoio, mas a exibição não tinha sincronia com a fala do palestrante. O que era mostrado na tela não tinha nexo com as palavras do doutor.

Pois, este protótipo d professor faz escola, isto é, este modelo de professor, bancário no ensinar, de tese pronta e acabada, sem permitir a interação com o público, anda no meio de nós. As universidades formam doutores e as escolas se orgulham de tê-los em seus quadros. Mas, será que estes mestres e doutores foram formados com a didática do ensino? Será que não seria obrigatório que todo o professor, da educação básica à universidade, tivesse cursado disciplinas didáticas?

A forma de despertar o interesse pelo conhecimento dos alunos necessita de métodos e didáticas específicas. Não basta ser apenas doutor. É preciso ser um doutor que sabe comunicar e estimular os alunos na tarefa de adquirir conhecimento. Aliás, cada vez mais o professor perde espaço para outros meios de transmissão de conhecimento. O professor moderno, é, pois um motivador, um provocador, um problematizador da realidade, visando ajudar o aluno a encontrar seu próprio caminho.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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sábado, 17 de outubro de 2009

A sunga do Suplicy


Depois do cartão vermelho, Suplicy ataca de superhomem servindo como garoto-propaganda para uma rede de tevê


Olala,

Acabo de ler mais uma notícia que ilustra o folclórico político de nosso país. Vem do senado. Trata-se de mais uma informação que certamente ocupará a pauta de nossos senadores durante a semana. Desta vez, aderindo às agenda de um programa de tevê, o senador aceita percorrer os corredores do Senado vestido de Sunga vermelha, igual ao cartão vermelho que já utilizou na tribuna.

Como conhecedor do marketing, não tenho dúvida que o gesto do senador correrá o país e servirá para que mais uma vez o senado seja focado com suas estrepulias.

O episódio, como outros, receberá a censura de seus pares e, invocando o decoro, um senador será chamado a elaborar um parecer que será encaminhado à Comissão de Ética e votado. Certamente o autor da cuecada não será punido. No máximo advertido.

Fatos como este furam a agenda política e viram notícia. Gerados por quem deveria zelar pela seriedade no trato da política, acabam desviando a atenção necessária para o foco de outras importantes questões em debate no Congresso Nacional. É o jogo de cena, o circo romano, o ópio cultivado como método para evitar que a população e seus representantes reflitam sobre temas cruciais como os ligados às pautas política, trabalhista, econômica e social que demandam regulamentação no Congresso.

A soma dos episódios folclóricos e tétricos tornados públicos recentemente envolvendo os senadores, levam a conclusão de que nosso país não necessita de um parlamento bicameral. Temos 83 senadores para dar suporte ao princípio da representação federativa. Mas com tantos atos secretos e obscuros e com tão pouca produtividade útil ao país, ficamos em dúvida se o Senado deveria existir.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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sexta-feira, 16 de outubro de 2009

As cinco formas de virar diretor de escola no Brasil


Gestão da escola pode nascer de um ato democrático ou autoritário.

Olala,

Depois que me inscrevi como candidato a diretor de escola, fui procurar ler mais sobre este tipo de cargo. Cheguei a conclusão que existem pelo menos cinco formas de uma pessoa virar diretor de escola pública no Brasil. Vamos a elas:

1. Indicação ou nomeação. O diretor é indicado pelo gestor, no caso o secretário da Educação ou o governador. É uma prática muito comum no Brasil, especialmente em prefeituras que não seguem princípios democratizantes.

2. Eleição direta. O diretor é escolhido pela comunidade escolar através do voto direto dos segmentos professores/funcionários e pais/alunos. É prática muito freqüente nas administrações populares e democráticas.

3. Lista tríplice. A comunidade escolar elege pelo voto três possíveis candidatos. Um deles será referendado e confirmado para o cargo por decisão do gestor superior, no caso, o secretário de educação, o prefeito ou o governador. Era prática comum nas administrações do PDT.

4. Concurso. A escolha é feita por concurso público e o diretor é nomeado para o cargo que passa a ser vitalício. Pratica comum em escolas estaduais em São Paulo mas pouco comum no Brasil.

5. Gestor contratado. Designado diretor por meio de contratação de empresa de prestação de serviço de gestão, a função de diretor acaba sendo um serviço terceirizado. Prática ensaiada no RS em algumas escolas onde a Fundação Unibanco foi contratada para gerir algumas escolas.
Pense nisto, enqunto há tempo!
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terça-feira, 13 de outubro de 2009

A investida do latifúndio


Mídia faz coro aos parlamentares que querem manter latifúndio sem cumprir função social.

Olala,

Todos estamos assistindo à investida do agronegócio, ou do agribusiness como chamam, sobre a pequena propriedade. Num Brasil continental onde de um lado há muita área sem cultivo ou subcultivada e, do outro, grandes levas de trabalhadores privados da terra, o debate sobre a reforma agrário é um imperativo.
Mas, no Brasil de Lula este debate não foi pautado.

Então, quem, vez por outra traz o assunto na pauta são os representantes do latifúndio. É impressionante como sempre que algum interesse do latifúndio é ameaçado, surgem denúncias acusando os assentamentos da tímida reforma agrária. Tudo para tentar sensibilizar a sociedade. Mas, o que está em jogo mesmo é a votação, no Congresso, e requerimento que pede a CPI do MST. Alguns parlamentares capitaneados pela senadora Katia Abreu, presidente da CNA, usam a mídia para semear a revolta contra os assentamentos.

Na disputa, ignoram que a reforma agrária pressionada pelo MST já possibilitou que mais de 500 mil famílias fossem assentadas nos últimos 25 anos. Não fossem as ocupações e a pressão dos sem-terras teríamos mais favelados e fome nas cidades.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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quinta-feira, 8 de outubro de 2009

O direito de competir


Sommacal entregou documentos ao presidente da Comissão Eleitoral do Colégio Protásio Alves.

Olala,

Existem experiências que a gente tem prazer em vivenciar. Não sei se é assim para todos, mas sempre tive paixão por disputas, especialmente quando a gente é desafiado a disputas por ideias.

Amparado pela possibilidade legal, decidi há algum tempo disputar a direção da escola que leciono. É o Colégio Estadual Protásio Alves, a segunda maior escola em número de alunos da rede pública estadual.

Decidi concorrer depois que fui falar com a atual diretora que me disse, depois de passar por duas gestões sucessivas, estar em dúvida sobre se iria concorrer para um terceiro mandato. A dúvida me indignou. Li, nasua indecisão o desejo de ser candidata pela terceira vez.

Como participei da elaboração da Lei da Gestão Democrática que previa uma recondução apenas, me senti desafiado a entrar no páreo para disputar a eleição, tentando garantir o rodízio na direção da escola.

Entendo que a experiência da gestão não pode ser perpétua, quase vitalícia, mas rotativa e alternada. Por isso decidi me juntar a professores e alunos para partir para a disputa. Hoje entreguei um Plano de Ação que pretende implementar um colegiado na escola. E criei um blog com a campanha.

Numa gestão que acabou com o Grêmio de Alunos, que viu acabar o Grêmio de Professores e que tem os alunos privados do acesso à informática, sobram motivações para transformar o ambiente escolar. È nesta plataforma que ouso competir na boa e saudável disputa democrática.
Pense nisto, enquanto há tempo.
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domingo, 4 de outubro de 2009

Gracias a la vida, Mercedes Sosa


Mercedes Sosa contribuiu com outros artistas a contestar as ditaduras do continente latinoamericano.

Olala,

Minha identidade latino-americana, com certeza, foi estimulada pela música. Ainda criança, no interior do Estado, quando o rádio apenas começava a existir, ouvia, à noite, as interferências de rádios argentinas e uruguaias invadindo a frequência das emissoras brasileiras. Nelas, os grandes sons do Plata de Gardel, Piazzola e da grande e extraordinária Mercedes Sosa. Como criança, descobri que minha aldeia embora fosse o centro do mundo, estava rodeada de outras aldeias próximas e distantes.

Cresci admirando o som de Mercedes Sosa, que acaba de nos deixar.

Seu legado musical, especialmente para os que lutam por democracia no continente foi exemplar. Seu peculiar timbre de contralto era inconfundível e suas palavras sempre se alinharam entre aqueles indispensáveis defensores das ideologia de rechaço aos governos imperialistas, ao consumismo e à desigualdade social. A música sobreviviendo de sua autoria e interpretada por vários autores é exemplar.

Às letras de sua música são um tributo a todos os amantes da liberdade e da solidariedade. Na "Gracias à la vida" cantou o sofrimento do povo chileno retratado numa letra da também grande Violeta Parra. Juntou-se a artistas brasileiros como Milton Nascimento, Beth Carvalho, Caetano, Chico Buarque, entre outros para contestar a ditadura e pedir democracia. Sua mensagem musical percorreu o mundo e serviu de estímulo às mentes e a multidões.

Sua voz carregou sempre uma profunda mensagem de compromisso social através da música folclórica, sem prejuízos para a expressão musical. Seu talento indiscutível, sua honestidade e suas profundas convicções deixam uma enorme herança para as gerações futuras. Admirada e respeitada em todo o mundo, Mercedes se constituiu como um símbolo do acervo cultural mundial que fica para sempre.

Aos 74 anos, esta argentina de Tucumán, acaba de falecer nesta madrugada. La Negra como era conhecida, por seus cabelos longos e escuros, Mercedes deixa a marca dos cantores e interpretes engajados socialmente.

Mas, os cantores também são pessoas e a natureza humana diz que também partem. Mercedes Sosa é uma partida que deixa saudades.
Pense nisto, enquanto há tempo.
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sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Oimpíada 2016 é no Rio


Rio será a primeira cidade da América Latina a realizar uma Olimpíada.

Olala,

Em Copenhague, na Dinamarca, o Comitê Olímpico Internacional(COI) anunciou a nova sede da Olimpíada de 2016: o Rio de janeiro, Brasil. Será a primeira vez que a América do Sul sediará a competição.

Concorriam outras três candidatas, Chicago(EUA) Tokio(Japão) e Madri(Espanha), numa das mais acirradas disputas da história.

A escolha do Brasil deve ter se dado pelas condições geradas pela imagem internacional aplicada pelo presidente Lula e pela forma segura no enfrentamento da recente crise internacional. Foi uma choradeira geral de alegria. Lula comemorou e chorou. Dilma também.

O Brasil, na próxima década, irá respirar esportes sendo base para dois dos maiores eventos mundiais: a copa do mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016.

É certo que a próxima década será conhecida como a década do esporte para o país. Estes eventos irão movimentar a economia, impulsionar negócios e afirmar projetos. Hotéis, estradas, restaurantes e toda uma infraestrutura turística será acionada para acolher pessoas do mundo todo. Será uma oportunidade de emprego, crescimento e êxito para muitos.

Abas as competições servirão como um belo palanque para promover pessoas e a consolidar a aficiência.

Com o evento o Brasil soma ponto no conceito internacional, abrindo caminho para trazer investimentos e reforçar a imagem positiva de nação emergente em busca de afirmação internacional.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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terça-feira, 29 de setembro de 2009

Uma reunião angustiante


Escolas públicas são orientadas a abrir empresas privadas para gerir recursos da merenda.

Olala,

Quero relatar aqui uma situação angustiante que vivi nesta manhã. Estimulado por um folheto pendurado nas portas convocando para uma reunião que visava criar a CAIXA ESCOLAR, fui, no turno inverso, à minha escola para a referida reunião convocada pela diretora.

A princípio, estranhei que a reunião acontecesse num estreito intervalo de aulas no turno da manhã. Mas, lá fui conferir. Pois, o que se seguiu na reunião é uma cena das mais deprimentes que já presenciei em toda a minha vida pública como professor.

Na sala, a diretora tomou a palavra e anunciou que estava anunciando a criação de uma empresa chamada Caixa Escolar, cuja finalidade era gerir os recursos públicos da merenda que o governo irá destinar à escola em 2010. E mais, ela anunciou que a decisão de criar a empresa partia de uma instrução do atual governo do Estado, visando formar empresas que administram os recursos da alimentação escolar nas escolas da rede pública. Informou que, como diretora, era a presidente da empresa e a vice-diretora da escola, sua vice. A rápida reunião levou à indicação de uma secretária e uma tesoureira da nova empresa.

Não resisti à investida e reagi ponderando que o ato visava distorcer o princípio da gestão pública, visando enfraquecer os órgãos de gestão atualmente constituídos, como o Conselho Escolar que tem a atribuição de gerir TODOS os recursos destinados às escolas públicas. Referi que aquele momento não contaria com meu apoio para criar uma segunda empresa na escola, já que a mesma diretora integra outra empresa chamada Rede Escola.

Cortado em minha fala, acabei entregando um texto onde é fundamentada minha posição a favor do Conselho Escolar e de uma gestão transparente e democrática.

Quero alertar os outros servidores de Estado que, como eu, são professores efetivos da rede pública estadual, que se rebelem contra os atos que visam privatizar a escola pública, com iniciativas como a da criação da CAIXA ESCOLAR.

Sei que esta luta é inglória, mas eu vou me juntar àqueles que desejam reforçar as ações públicas com propostas construídas coletivamente.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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domingo, 27 de setembro de 2009

Zelaya versus Micheletti


Zelaya tem seu governo atingido por um golpe de estado e é pivô de umacrise em Honduras.

Olala,

Honduras, país de 7,6 milhões de habitantes, com um PIB per capita de US$ 4 mil, vive uma das piores economias da América Latina. A agricultura é a base, empregando quase dois terços da sua mão-de-obra. Os principais produtos da pauta de exportações são: café, banana e camarão.

Cumprindo um primeiro mandato, Jose Miguel Zelauya Rosales, editou um decreto em 30 de março de 2009 prevendo que na consulta de 28 de junho passado, se colocasse uma urna adicional para colher votos do eleitor sobre a conveniência ou não de realizar uma nova Constituinte em Novembro próximo quando acontecem eleições gerais.

A consulta não foi bem digerida pela elite que integra o Partido Liberal - o mesmo partido de Zelaya - vendo o gesto do presidente como um passo para obter, da população, um aval para um segundo mandato.

Embora tenha sido formado sob a ótica neoliberal, Zelaya, sempre serviu aos interesses dos EUA para onde migraram mais de 300 mil hondurenhos e, paradoxalmente, se alinha com com Hugo Chaves, que pretende formar uma hegemonia dos países latinos, de índole mais socialista.

Assim, temendo o avanço de Zelaya no poder, o correligionário Roberto Micheletti se juntou ao Exército e, num golpe, tomou o poder, exportando o presidente eleito para El Salvador.

Mas, Zelaya não recuou e voltou duas vezes ao país, até chegar, agora à Embaixada do Brasil em Tegucigalpa, um território dipolomaticamente neutro.

Lula, amparado num sentimento anti-golpe emanado em vários países, defende o retorno de Zelaya ao poder. Aliás, não é só Lula que pensa assim: as democracias vêem com restrições as tentativas de tomada do poder à força. E, a solução que se der ao caso Zelaya poderá servir de exemplo ao que pode acontecer nas frágeis democracias do continente latino.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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domingo, 20 de setembro de 2009

O fim das "Caixas de Abelha" no TJ

Depois que denunciamos a existência da obra polêmica junto à antiga sede do Palácio da Justiça, "caixas de abelha" desapareceram.


Olala,

As imagens ao lado e abaixo revelam a força deste Blog. No dia 27 de janeiro passado, fiz um comentário neste espaço, criticando os gastos feitos pelo Judiciário gaúcho com decoração. Dizia, na oportunidade, que nada menos que 130 "caixas de concreto" haviam sido postas ladeando o prédio o Palácio da Justiça, junto à Praça da Matriz. (Fotos ao lado >)

A crítica chegou à direção do Palácio que mandou retirar as caixas, como se pode observar na imagem abaixo.

Para a limpeza ser completa, o Tribunal deveria mandar retirar também os holofotes que iluminam dois enormes painéis para "ETs" colocados no topo do edifício de seis andares. Outra aberração artística facilitada com recursos públicos. Pense nisto, enquanto há tempo!
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Quiosque de Yeda na Praça da Matriz

Para evitar manifstações do movimento social, Yeda manda instalar um quiosque permanente na Praça da Matriz.


Olala,

O respeito às leis e dever de todo o cidadão, independente do poder que exerça na sociedade. Pois, dia destes, andando pelo centro da capital, mais propriamente no coração de Porto Alegre, deparei-me com uma cena inusitada.

Todos sabem que a Praça da Matriz, ou Praça Marechal Deodoro, sedia, nas laterais os poderes de Estado. Lá estão, o Executivo com o palácio Piratini, o Legislativo com o Palácio Farroupilha, o Judiciário (ou parte dele) com o palácio da Justiça e a Igreja, com a Catedral Metropolitana.

Por ser uma área estratégica do ponto de vista político, é local de manifestação constante de entidades, do movimento social e sindical. É o local onde o povo mais realiza seus atos.

A Praça, anda meio abandonada e sem o cuidado necessário. Afinal foi adotada pelos Três Poderes de Estado, mas, como cachorro abandonado, acaba definando.

As ruas que ladeiam a praça receberam estacionamento rotativo tarifado, inclusive com vaga assegurada para deficientes.

Pois, pasmem, a governadora, de maneira unilateral, decidiu armar um quiosque em plena rua, sobre os box reservados aos deficientes. A construção tranca o tráfego de veículos no contorno à praça. Pensei que o quiosque seria temporário mas, não, é permanente. Lá está ele obstruindo a rua há três meses e, se a ira do povo não vier, ficará até o final do mandato da governadora. Justamente ela que, como todos nós, deveria respeitar as leis.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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quinta-feira, 17 de setembro de 2009

O Negrinho do Pastoreio

Negrinho do Pastoreio é uma lenda genuinamente gaúcha e trata da formação histórica do Estado.

Olala,

Dia desses, durante uma aula de filosofia, falando de lendas e mitos, indaguei uma turma de alunos de primeiro ano de Ensino Médio de minha escola, sobre quem foi o Negrinho do Pastoreio.

Para minha surpresa, dos trinta alunos, apenas um ou dois souberam precisar quem foi este personagem lendário e incorporado ao sentimento farroupilha. A lenda é o retrato fiel de um período da história gaúcha. Durante muito tempo a escravidão dominou as estâncias e maltratou os filhos de escravo. É a lenda mais típica da formação de nossa cultura, sendo reproduzida em outros países.

Não é de se espantar que poucos alunos saibam o significado da lenda. Pensando bem, fico imaginando onde um jovem de bairro de Porto Alegre poderia ter ouvido falar do Negrinho do Pastoreio. Se não for nas aulas de História ou Literatura do Ensino Fundamental, ou da participação em algum CTG, o jovem de hoje não tem oportunidade de conhecer a história da formação de seu Estado. Em geral, não há o interesse, a curiosidade sequer para saber qual o significado do bairro, do nome da rua, do seu próprio nome e sobrenome.

A curiosidade, infelizmente, não povoa a ousadia do jovem moderno. Ele quer cada vez mais coisas prontas, acabadas. Tudo é mais reduzido, resumido, imediato. Há uma geração orkutada, tuwitada, onde é preciso dizer tudo em apenas 140 toques!

Não sei, mas tendo todas as facilidades que a tecnologia moderna coloca à disposição de todos, parece-me que as pessoas passaram a ser mais preguiçosas. Alguém pode me dizer que motivações podem ser usadas para estimular um aluno a ler um livro?
Pense nisto, enquanto há tempo!
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sábado, 12 de setembro de 2009

As calças da jornalista sudanesa


A jornalista Lubna repete a rebeldia da carioca Leila Diniz que quebrou padrões de comportamento.

Olala,

A mídia noticiou recentemente que uma jornalista sudanesa foi punida porque usou calças jeans, ao invés do tradicional vestido usado pelas mulheres. A jornalista desafiou o Código penal do país que proíbe as mulheres de aparecerem em público sem a túnica e a cabeça coberta por um véu.

A jornalista estava num ar junto com outras companheiras quando foi advertida. O gesto de Lubna Ahmed al-Hussein encontrou amparo e solidariedade internacional, motivo pelo qual disse que preferia a prisão a renunciar ao costume. Foi, então que o juiz da cidade de Cartun, manteve a prisão de 30 dias para a manifestante.

Um texto de site na Inernet precisa melhor o conceito de moda feminina para a mulher árabe. A certa altura o texto dia: "Uma mulher muçulmana deve cobrir todo o seu corpo, deixando à mostra somente o rosto e as mãos. Quem está impondo o uso do véu e de vestimentas modestas não é o marido da mulher, nem o pai, o irmão ou o tio, mas sim e tão somente, Deus. Esse dever é imposto quando a mulher atinge a puberdade. Não há uma data ou momento específico, a própria mulher, assim que se conscientiza desta ordem divina, ela mesma é quem estipula o momento em que se sente preparada para usar o véu. Este assunto só diz respeito entre ela e Seu Criador, se ela deixar de usar o hijab, esta é uma falha na qual ela irá responder no Dia do Juízo Final. Vale lembrar que o uso do hijab não faz parte de cultura de um povo, mas sim, uma ordem divina estipulada no Alcorão".

O gesto da jornalista tem um significado histórico num país maçiçamente dominado pela teocracia, pelo fundmentalismo religioso que impede qualquer manifestação pública da mulher. O gesto de Lubna em rejeitar o padrão é semelhante ao da carioca Leila Diniz, nos anos 60, que desfilou na praia do Leblon, grávida e de bikini.
Na ocasião, a sociedade achou o gesto um escândalo, que o tempo se encarregou de apagar.
Pense nisto, enquanto há tempo.
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Alunos ouriçados

Ser jovem é revelar um período de liberdade e ousadia onde a todo o momento os adultos estão sendo desafiados.

Olala,
Um professor sempre tem a oportunidade de observar mais de perto o comportamento coletivo dos jovens. A juventude é, por essência, mais rebelde, explosiva, inventiva, volátil e dinâmica. Talvez por ser uma idade mais vulnerável, é mais sucetível à influência dos vícios como drogas, álcool e fumo.

A sensibilidade do jovem é mais ativa, vai da euforia às lágrimas num piscar de lhos. Lembro de algumas circunstâncias ocorridas na escola, que levaram os jovens a emitir reações espontâneas, rápidas, quase impensáveis.

Dia destes, uma professora deixou escapar a expressão "maconheiro" referente a um aluno. A palavra dita sem maldade pela educadora acabou ferindo o ego do aluno que revidou com ameaças de morte à mestra. Noutra oportunidade, eu próprio, alcunhei de "cara-de-paus" os alunos que não fizeram a prova e, depois, dizem que "a prova foi perdida pelo professor", tentando se justificar. A expressão que usei foi levada adiante por um aluno que me levou a dar explicações nos órgãos diretivos.

Outra experiência que fiz com os jovens alunos mostra que, nas explosão da fertilidade, fica impossível você juntar duas turmas de adolescentes para uma única aula. É como se você juntasse um grupo de bárbaros que nunca se avistaram. Com certeza, a aula será tumultuada devido ao ouriçamento e disputa entre os alunos. O processo civilizatório do grupo será ignorado e o ego e a ambição vão contagiar o grupo.

Bom mesmo é encontrar motivações para canalizar este energia para o processo produtivo. Uma vez motivados, os jovens são capazes de proezas que inovam e resgatam a vitalidade da sociedade.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Criminalização dos Movimentos Sociais

Há quatro anos, o sapateiro Jair da Costa foi com os colegas protestar contra as demissões no setor e foi morto pela BM.

Olala,
A morte do sem-terra Elton Brum da Silva, em São Gaberiel, há três semanas, levou muitas entidades da classe trabalhadora e de defesa dos direitos humanos a repudiarem a ação da Brigada Militar gaúcha no processo de desocupação da fazenda Southall.

O curioso é perceber como as instituições de estado protegem os réus, quando estes integram aforça pública. O Ministério Público, sempre ágil no indiciamento dos movimentos sociais, silencia agora, quendo um sem-terra é morto.

Recordo aqui, o episódio trágico da morte de um soldado em 1990, no centro da Capital depois que os sem-terras, foram expulsos com a força policial do acampamento na praça da Matriz e espalhados pelo centro da cidade. Na oportunidade, um grupo se refugiou na Prefeitura, os manifestantes foram cadastrados e tiveram que prestar depoimento. Não bastasse o constrangimento avalizado pelo MP, seis deles amargaram seis anos de prisão sob o argumento de que "de qualquer modo" participaram do ato de protesto que culminou com a morte do soldado. Não bastasse isto, uma praça de Porto Alegre recebeu monumento em homenagem ao soldado morto e todos os anos a banda da BM realiza homenagens junto ao munumento.

O mesmo MP que viu excessos na morte do soldado, não foi capaz de indiciar, até agora, nenhum soldado pela morte do sapaterio Jari da Costa, degolado por um policial em Sapiranga, em 2005. Não há culpados e o caso vai, aos poucos, se perdendo no tempo.

Não é de estranhar se, o caso do sem-terra Elton não seguir o mesmo destino.

Não tenho dúvidas que os excessos da força policial ocorrem por ação deliberada. Quando um governo opta, com suas organizações, pela defesa dos direitos da classe mais abastada, a violência da corporação policial sobre os desassistidos
passa a ser estimulada, gerando os excessos.

Pense nisto, enquanto há tempo!
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MPE se baliza pela Mídia


Movimentos sociais conhecem posição do MPE durante audiência pública na Assembléia Legislativa.

Olala,

Participei hoje pela manhã de audiência pública na Assembleia Legislativa que visava refeltir sobre a criminalização dos movimentos sociais. O encontro promovido pela Comissão de Cidadania e Direitos Humanos, presidida pelo deputado Dionilso Marcon, reuniu entidades sindicais, movimentos, órgãos públicos e instituições de defesa dos direitos humanos.

O objeto da audiência era avaliar a ação deliberada da Brigada Militar em agir de forma truculenta contra as ações patrocinadas pelo movimento social. Como estopim, a recente morte do sem-terra Elton Brum da Silva, durante a desocupação da fazenda Southall, em São Gabriel.

Mas, outros casos referiram a violência da polícia gaúcha contra os lutadores sociais, como no caso da morte do sapateiro Jair da Silva, a repressão a comerciários em Farroupilha, a professores na capital, entre outros.

Mas, o que me chamou mais atenção foi a posição manifestada pelo promotor do MPE. O promotor estadual Francesco Conti relatou que o MP é formado por "pessoas de elevado estudo e são oriundos da classe alta, são filhos de latifundiários, fazendeiros, da burguesia". Disse, ainda, que cada promotor tem autonomia para deliberar e que geralmente o faz se balizando na Opinião Pública, na Mídia e na imprensa.

Esta constatação nos faz crer que o Ministério Público, instalado em modernos e melhores prédios junto aos municípios, está vivendo uma realidade distante do povo. O mesmo procurador divaga ao afirmar que o MP está de portas abertas, "escancaradas". Mas, audiências solicitadas pelos deputados são adiadas e canceladas. O que preocupa é também uma orientação consolidada em atas internas do MPE que não reconhecem o MST, pedem sua dissolução, mandam acabar com as escolas itinerantes, pedem o fim das marchas, o fim dos acampamentos e, pasmem, até a proibição ao alistamento eleitoral.

Ouvi, atento, as palavras do promotor e, confesso, fiquei estarrecido das posições emitidas por um representante de uma instituição que deveria ser guardiã da justiça.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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domingo, 6 de setembro de 2009

A riqueza do Pré-sal


Petrobras anunciou reserva de petróleo profunda no Oceano Atlântico dentro da área territorial brasileira. Deafio é fazer a descoberta reverter em benefícios sociais.

Olala,

O Brasil tem uma riqueza estocada no fundo do mar. Trata-se da reserva do Pré-sal. São 149 mil quilômetros quadrados de área de petróleo bruto e gás natural que se estende desde o Espírito Santo até Santa Catarina.

Foi a Petrobras que há, um ano, trouxe a boa notícia das reservas minerais sedimentadas no fundo do oceano. A estatal Petrobras é, atualmente, a segunda maior exploradora de petróleo do mundo e segunda em valor de mercado.

O governo federal anunciou que quer preservar o Pré-sal como fonte de recursos e reserva da soberania nacional. Como a ação demanda grandes investimentos no seu processo de exploração, Lula quer que a Petrobras fique com até 30% do controle de exploração do mineral.

Para isto, precisa consolidar esta vontade nas leis que atualmente tramitam no Congresso Nacional.

Lula quer evitar as disputas geradas em outros países onde a exploração do mineral deu-se de forma livre e sem controle estatal. Ele teme que sem critérios, o Pré-sal gere conflitos, discórdias e poluição. Para isto, Lula irá criar uma nova estatal que gerenciará e fiscalizará os contratos de exploração do Pré-sal.

Com os recursos gerados pelo novo investimento mineral, o Brasil passará à auto suficiência energética e ingressará no seleto grupo dos exportadores de petróleo. O grande desafio será ir além da extração primária, avançando na indústria de transformação do petróleo, gerando gasolina, óleo diesel, gás natural e uma infinidade de outros produtos derivados do minério. Se o país avançar agregando valor terá mais chances de gerar divisas que permitem gerar recursos para investimentos na área social.

Por isso, o Pré-sal é uma questão de soberania nacional.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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Índices de Produtividade da Terra


Há três décadas governo federal adia a publicação dos Índices de Produtividade da Terra, evitando polemizar com sem-terras e agronegócio.

Olala,

Um assunto explosivo toma conta das discussões no campo. Trata-se da fixação dos Índices de Produtividade da Terra. Este índice é editado pelo Governo Federal e tem a tarefa de identificar em que regiões do país a produção agrícola não cumpre a tarefa de produzir alimentos. Onde for constatado que a terra não cumpre a função social, a propriedade passa a ser incluída como área passível de desapropriação.

O Brasil não atualiza os índices há 34 anos. Foi em 1982 como base aos dados levantados em 1975, no tempo do regime militar. Cada região do país possui índices próprios e determinam como está sendo explorada a terra.

O governo Lula vive um dilema político na definição dos índices de produtividade da terra. De um lado está o ministro da Agricultura Reinhold Estephanes, que baliza sua ação no agronegócio e, de outro, o ministro Guilherme Cassel, mais sintonizado com a esquerda do campo.

Como o assunto gera disputa no governo, é bem provável que Lula empurre para o próximo governo a tarefa de fixar os índices em cada região do país. Os dados já estão colhidos em levantamento feito, em 2007, em todos os municípios brasileiros.

A divulgação dos índices fatalmente gerará um temor por parte dos grandes proprietários e poderá servir de estímulo ao Movimento Sem Terra que terá mapeados os locais de ocupação de terras para fins de reforma agrária.

A extensão territorial do Brasil na área agrícola é vasta e ainda há muita área subaproveitada. Há muitos agricultores sem terra aguardando assentamento. Embora tenha caído o número de trabalhadores no campo, anteve-se que o problema da distribuição fundiária continuará sendo pauta sem solução no Brasil.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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O choro de Yeda na Expointer


Yeda chorou na Expointer, ao se encontrar com ex-colega de Câmara, senadora Kátia Abreu, também presidente da CNA.

Olala,

No dia 4 de setembro, na Expointer, a governadora Yeda Crusius foi às lágrimas. Não se sabe exatamente o sentimento que motivou o choro da governadora, mas pode ser imaginado.

Diante da presidente da Confederação Nacional da Agricultura, senadora Katia Abreu (DEM), de Tocantins, sua colega do tempo de deputada federal, Yeda não conteve a emoção e foi às lágrimas.

É bem provável que a razão do choro só venha à público com a publicação da biografia.

Contudo, tendo cumprido dois terços do mandato, Yeda tem motivos de sobra para extravasar a emoção através de lágrimas. Um governo que se constituiu como proposta de operar mudanças, não conseguiu ir além das proposições. Viu seus principais colaboradores caírem fora do barco. Os que ficaram o fazem por puro fisiologismo de manutenção dos cargos. Quem troca 25 membros do alto escalão é porque não encontrou motivações suficientes para governar. É um recorde histórico na política gaúcha.

Uma frase pronunciada pela governadora em entrevista à Ana Amélia Lemos, bem ilustra o sentimento vivido por Yeda neste momento. Veja o que ela diz:

"... hoje me sinto como uma borboleta, porque eu dou por encerrado um período em que tivemos de construir um governo que mostra a que veio, tanto em termos de gestão, resultados, como em termos políticos".

Resta saber se o "período" a que a governadora se refere, é o mandato no Piratini ou se outros períodos de angústia e lágrimas estão projetados para o futuro.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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Eleição de direção de escola


Lei da gestão dá à comundade escolar o direito de eleger o diretor e os conselheiros escolares.

Olala,

Está marcada para o dia 28 de outubro de 2009, quarta-feira, as eleição para a direção de escola na rede pública etadual do Rio Grande do Sul. A cada três anos, a comunidade escolar é convocada a escolher, no voto, quem irá administrar o estabelecimento pelo período de três anos.

Não é prática comum nas escolas da rede pública realizar eleições para os quadros diretivos. Em muitos Estados e municípios os diretores das escolas são indicados pelos secretários de educação, por via indireta.

Foi na Constituição de 2008 que no capítulo que trata da Educação, a gestão democrática foi incluída no artigo 206, inciso VI, onde se lê: "O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: ...VI - gestão democrática do ensino público na forma da lei;"

Cinco anos após a promulgação da Constituição Federal, o Rio Grande do Sul, editava uma lei que consagrava o princípio da democracia na escola.

A lei recebeu sucessivas regulamentações. A primeira e mais nefasta, refere-se ao caráter vitalício da recondução do diretor. Ora, a escola deve ser concebida como nascedouro, a prática da democracia. Logo, não é possível que dentro dela se vivenciem princípios monárquicos. A recondução ao cargo de diretor não pode ser indefinida, sob pena de cristalizar nos espaços da escola verdadeiros feudos. O rodízio na direção é uma medida saudável que constrói democracia. Ao regulamentar a lei dando recondução infinita aos diretores, erram os legisladores.

Fico imaginando como vou explicar ao aluno que para eleger o presidente, o governador, o prefeito é preciso rotatividade, mas para eleger o diretor de minha escola, não.
Há, portanto, uma incoerência na atual lei da gestão.

Pense nisto, enquanto há tempo!
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quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Enfim, Mariza volta a Brasília


Mariza retorna à Câmara dos Deputados sem ter conseguido implementar reformas na Educação no Estado.

Olala,

Agora é pra valer, a secretária de educação Mariza Abreu está de malas prontas para retorno a Brasília onde é servidora da Câmara dos Deputados. A saída de Mariza foi ensaiada diversas vezes durante o atual governo, mas sempre foi convencida pela governadora Yeda para ficar. Desta vez é diferente e Mariza decidiu retornar a Brasília.

Marisa sai sem conseguir implementar as modificações que atendiam aos requisitos apresentados pelo Banco Mundial que exigia a alteração das carreiras - entre elas a do Magistério - para continuar liberando recursos para o governo do Estado.

Como se sabe, Yeda acordou com o Banco Mundial um empréstimo no valor de US$ 1,1 bilhão que seria liberado em partes e conforme o Estado cumprisse algumas exigências. Metade da verba já foi liberada e serviu para a governadora a propagar o chamado "déficit zero". Foi com este dinheiro que Yeda anunciou um ajuste de contas e um equilíbrio financeiro do Estado. Só não contou para a população que este dinheiro terá que ser devolvido ao Banco Mundial pelos próximos governantes à conta da dívida do Estado.

Voltando à Marisa, sua gestão à frente da Secretaria de Educação foi tumultuada. Para mostrar fidelidade à governadora, logo de início assinou ficha no PSDB e renunciou à democracia participativa, sugerindo mudanças administrativas sem dialogar com os sujeitos educacionais. Tentou implantar a meritocracia, a premiação por desempenho e a terceirização da gestão escolar. Não conseguiu.

Ex-dirigente sindical, vai completar sua trajetória política num serviço de assessoria na Câmara dos Deputados.

Em seu lugar deve assumir o secretário substituto Ervino Deon, técnico agrícola de formação, ex-coordenador da 28ª CRE, atual diretor-geral da Secretaria de Educação. Ervino é integrante do PSDB no Estado, relacionado apenas como suplente. Deverá fazer um mandato tampão num governo retalhado que não tem continuidade nas políticas. Um governo que alterna secretários - mais da metade já forma substituídos - tem dificuldadede de implementar políticas.

Pense nisto, enquanto há tempo!
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terça-feira, 1 de setembro de 2009

O caso das fardas da Brigada


Antigamente a farda era doada ao policial que ingressava na força militar. Hoje as fardas são comercializadas livremente.

Olala,

Todos vimos a reportagem do Grizotti, no Jornal nacional mostrando como é fácil se adquirir um uniforme da Brigada Militar e andar por aí fardado como se fosse um policial.

A reportagem mostrou a ponta do problema mas, todos os comentários e opiniões que ouvi sobre ela, falham num ponto que entendo básico no caso.

Ao ingressar numa corporação policial, todo o servidores deixa para trás um ritual civil que o impede de dispor do tempo e da liberdade concedida aos servidores civis. A força pública exige um rigor na disciplina, dedicação integral e condições especiais de incorporação. Uma das condições é o uso de armamento e de farda exclusiva.

Ao longo do tempo, nossos policiais foram sendo maltratados no soldo e nas condiçõeos de trabalho. Coletes a prova de bala vencidos, viaturas sucarteadas, munição rara ou vencida e, também a falta de fardamento. Todos sabem que o fardamento deve ser uma obrigação dos comandos. Os alfaiates militares tinham, nos primeiros tempos, a tarefa de preparar as vestimentas dos policiais. Mas, com o tempo.o, a tarefa foi passada para a rua e o valor da farda foi creditado no soldo dos servidores. Como o soldo anda escasso, muitos servidores acabam convertendo a farda em alimento.

E, com a farda sendo produzida e disputada comercialmente não há como proibir seu uso. É claro que, com ou sem comercialização de fardas, haverá delinquentes que irão se servir da vestimenta militar para cometer delitos. Ou, nunca ouviram falar de falsos carteiros, vigilantes, guardas fardados assaltando.

O ladrão é ladrão não porque é humano, mas porque é esperto.
Pense nisto, enquanto há tempo.
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terça-feira, 25 de agosto de 2009

Rejeitado trabalho aos 12 anos


Congresso evita que menores ingressem no mercado de trabalho a partir dos 12 anos como queria deputado.

Olala,

Quero fazer, neste espaço, uma reflexão sobre um tema que tem a ver com a cidadania, com nosso futuro. Quero abordar aqui o mérito de uma matéria que tramita no Congresso Nacional na forma de Projeto de Emenda Constitucional. A PEC 268/2008, de autoria de um deputado paulista, visa permitir que o adolescente possa trabalhar a partir de 14 anos e o aprendiz após 12 anos. Permitindo que, já nesta idade assuma as obrigações inerentes à condição de assalariado. Atualmente a Constituição fixa em 16 anos a idade em que o jovem pode ter carteira assinada, facultando aos 14 na condição de aprendiz.

A Comissão de Constituição de Justiça apreciou a PEC em agosto e se manifestou contrária à modificação. O deputado que propôs a modificação justifica que garantindo a legalização do trabalho de menores, eles passariam a ser melhor assistidos.

No Brasil, dados mostram que 18% da PEA (População Economicamente Ativa) tem faixa etária entre 5 a 17 anos segundo PNAD (Pesquisa Nacional de Amostragem por Domicílio) de 2007. Algo em torno de 2 milhões e 300 mil crianças e adolecentes trabalhando na clandestinidade.

A existência de trabalho infantil denuncia nossa condição de país em vias de desenvolvimento. Esta práttica está presente no Brasil na área rural onde crianças são usadas em serviços de carboarias, olarias, extração vegetal, serviços ou nos meios urbanos onde acabam sendo expostas à humilhação em cruzamentos de ruas a mando de adultos e de famílias.

Uma civilização que maltrata as crianças não pode ostentar um futuro promissor. Os países ditos deenvolvidos o são porque investiram na educação, desde os anos iniciais. Quando uma criança é submetida ao rigor do trabalho, fica potencialmente privada de realizar bons estudos. É pois acertada a media que visa impedir que a pessoa tenha que ingressar aso 12 anos para suprir a necessidade de um futuro melhor.

Pense nisto, enquanto há tempo!
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segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Elton, morto pela Brigada


Polícia militar gaúcha usa armas proibidas durante desepejos, como no último fim de semana onde um sem-terra morreu baleado por Espingarda calibre 12

Olala,

Um governo frágil é conhecido pelas arbitrariedades que cometecontra a cidadania. Na último sexta, 21.8, a força pública gaúcha, atendendo a um pedido da Justiça, decide realizar um despejo na Fazenda Southall, ocupada por 180 pessoas, a maioria famílias sem-terra que pressionam o govenro por assentamento.

A fazenda se localiza há alguns quilômetros de São Gabriel e já foi ocupada várias vezes. É simbolo de resistência e de contestação devido ao cálculo de produtividade. O MST e o Incra diz que é improdutiva e os fazendeiros contestam os dados.

Pois bem, a Brigada Militar executa mais um plano de desocupação da área. Desta vez, recruta cerca de 500 homens e ruma de madrugada para surpreender os ocupantes da fazenda. Os policiis adentram as terras de um assentamento que faz divisa com a Southall e surpreendem os sem-terra ao amanhecer. O tumulto gera uma resistência, mas a força pública é superior e rende os ocupantes.

No conflito, a Polícia militar gaúcha, já não porta apenas escudos, cassetetes ou armas com balas de borracha como manda a lei, mas inclui, nas ações de despejo, armas letais. Armas de grosso calibre como espingardas calibre 12, estão entre o arsenal da Brigada. Nos efetivos armados, soldados cumprem ordens. E ordens apontam para os disparos contra os ocupantes.

No tiroteio, o sem-terra Elton Brum da Silva, 44 anos, casado e pai de duas crianças, recebe um tiro pelas costas. Socorrido chega morto ao hospital da cidade.

Mais uma vítima da luta pela terra. Justamente exatos 19 anos da morte de um soldado a golpe de foice durante conflito no centro da capital gaúcha. Na época a vítima da Brigada virou mártir e recebeu monumento em praça da capital. Agora, se houver equidade, nova praça deve lembrar o sem-terra morto. É uma forma de lembrar os gaúchos de que, neste Estado, os conflitos sociais ainda fazem vítimas.
Pense nisto, enquanto há tempo.
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Há exatos 18 anos, em agosto de 1990, um grupo de

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Como se constrói um deputado


Para ser candidato, pessoa tem que provar capacidade de responder aos desejos de multidões

Olala,
Tenho acompanhado a construção de diversas trajetórias políticas. Algumas vitoriosas e outras que se perderam no tempo.

Tenho assistido o primarismo de candidatos que se declaravam eleitos e, ao se abrir as urnas, foram surpreendidos pelos resultados.

A política sempre premia quem trabalha com pés no chão e com muito planejamento. Ainda vivemos períodos em que a improvisação marca as campanhas.

A propósito, quando começa uma campanha para construir um deputado?
Sou daqueles que acreditam que não nasce vitorioso o candidato que se põe no pleito um ou dois anos antes da votação. Via de regra - porque no Brasil ainda não há regras definidas - um candidato que aspire chances de vitória tem que se revelar candidato bem antes de ser confirmado em convenção partidária. Será bom candidato aquele que tem se relacionado com muitos eleitores, que deixou a marca de suas teses, de seu posicionamento político, de suas bandeiras de luta, bem antes de ser candidato.

Uma pequena parte dos eleitores vota em candidato bonito, simpático, e de visibilidade na mídia. Outra parte vota em candidato que corrompe o eleitor com a compra do voto em troca de favores ou bens. Mas, a maioria dos eleitores ainda vota em candidatos que se apresentam como capazes de realizar os sonhos do eleitor. E os sonhos e desejos do eleitor estão expressos em ações voltadas para a melhoria da vida e o desenvolvimento da sociedade.

O candidato que souber captar os desejos do eleitor e se apresentar como construtor destes sonhos terá mais chances do êxito da vitória.
Pensem nisto, enquanto há tempo!
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quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Vaticínio sobre Yeda


Yeda será pressionada pela Justiça e pelos deputados, mas não será cassada do cargo e nem perderá a casa.

Olala,

Vou fazer neste espaço um vaticínio, uma previsão, um sentimento que colho com a experiência de meio século de vida.

Estamos assistindo a um foguetório, um barulho gerado pelo comportamento delituoso da principal gestora deste Estado, Yeda, e de um grupo de assessores que, com ela, se envolveram em corrupção.

Escrevo hoje, em maiúsculo e em negrito, como se estivesse escrevendo em bronze: A YEDA NÃO SERÁ CASSADA E PERMENECERÁ CAMBALEANTE ATÉ O FINAL DO MANDATO. DEPOIS SERÁ INOCENTADA DE TUDO!

O Poder Judiciário neste Estado não tem revelado, ao longo da história, autonomia e independência que lhe permita cortar a cabeça de um governador. Não tomará esta decisão porque se nutre na mesma fonte que se nutre a governadora, isto é, a elite que está disfarçada na política e no poder econômico que não deseja mudar as coisas, renunciando a privilégios.

Haverá muito barulho, torpedos, argumentos de lado a lado. Os jornais serão inundados de versões e haverá até políticos jogando para a platéia, visando auferir dividendos políticos, mas, punições, nada.

Todo este barulho não passará de um grande jogo de cena que não irá dar em nada. A sociedade gaúcha é demasiado conservadora para ser mobilizada a ponto de cobrar das instituições de Estado posições mais radicais. Infelizmente, sem massa na rua, nenhuma instituição tomará posições que desagradem as elites.

Não venham achar que estou fazendo corpo mole ou que seja descrente. Mas, sinceramente não acredito que tanto a Assembléia com seu fisiologismo, como a Justiça com suas amarras, seja capaz de punir a governadora e os piratas que tomaram de assalto o erário.

Vamos ver para crer. Pense nisto, enquanto há tempo!
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