terça-feira, 18 de junho de 2013

Manifestações nas ruas

Manifestantes enfrentam autoridades e desafiam governos, exigindo mudanças.

Olala,

Tenho avaliado com cuidado a crescente manifestação de pessoas nas ruas. De forma articulada através dos meios sociais, multidões de pessoas, especialmente jovens, estão enchendo praças e ruas das principais cidades brasileiras em protestos.

O que há por trás destas manifestações? Há um sentimento de rebeldia contra a ordem estabelecida que cobra pelo transporte, que vê a corrupção não sendo punida, que entende como abusivos os gastos com estádios preparando o país para a Copa, que vê a burocracia cara, que reclama contra o alto custo de vida, contra a opressão, por reforma política, por liberdades de gênero,...

O país sempre assistiu a manifestações pacíficas. Multidões foram às ruas por diretas já, pelo impeachment de Collor, mas tais manifestações, diferentemente das atuais, foram ordeiras e pacificas. Tínhamos a UNE do Lindbergh Farias e a voz do Osmar Santos como condutores dos atos.

O que assistimos ultimamente mostra a falta de lideranças e a presença de massas errantes sem líderes, gerados pelo espontaneísmo que avançam ruas afora e deixam um rastro de destruição. Ônibus são incediados, carros e vitrines danificadas, contêineres de lixo chutados e incinerados numa fúria que revela a insensatez e depõe contra o caráter pacifista dos atos.

Acho que em meio aos atos, há muita gente que, não tendo qualquer identidade com os projetos de governo, decidem apelar pelas manifestações como meio de abrir espaço de crescimento. Quanto mais cinzas, mais caos, mais espaço para crescimento.

Diferentemente das manifestações de países civilizados, onde há negociação nos protestos, aqui parece difícil a formação de mesas para dialogar porque os interlocutores estão difusos nas partes envolvidas. Por isso, ainda vamos demorar para sair do cenário que nos aproxima mais da barbárie do que da civilização.

Pense nisto, enquanto há tempo!

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segunda-feira, 17 de junho de 2013

A Europa que eu vi

Nível de vida de países da Europa atraiu milhares de imigrantes da África, do leste e da Ásia.


Olala,

Em dez dias não é possível fazer uma radiografia de um lugar. Porém, em dez dias é possível fazer algumas considerações sobre um lugar.

Como relatei anteriormente, tive a oportunidade relâmpago de visitar quatro países europeus. Na visita fiz questão de conversaqr com as pessoas para construir um briefing mínimo. Não se trata de um relato científico, mas de impressões de viagem de um turista.

Passei no Reino Unido, na França, na Itália e na Espanha.

Em todos, a mesma preocupação: qual é o tamanho da crise e quando ela irá cessar. A Europa dos dias atuais está convulsionada. Empresas estão perdendo capital, a economia está estagnada, pessoas desempregadas, aumento dos custos sociais e incertezas.

No Reino Unido, que mantém moeda própria e não aderiu à globalidade do tratado de Schengen como os demais países da União Europeia, respira-se ainda um clima de tranquilidade. Com menos inchaço migratório que os países do Mediterrâneo, ostentam níveis de vida mais elevados.

Na França vi muitos migrantes, especialmente africanos e asiáticos, como não tinha visto em 2000 quando passei por Paris. Este contingente de pessoas fez aumentar a disputa por vagas no mercado de trabalho preterindo os cidadãos do pais.

Na Itália, a economia está estagnada com as empresas paralisadas e sem perspectivas de ativação a curto prazo. Cidades do interior sofrem mais e veem seus profissionais migrarem em busca de melhores dias. A cidade de Seren del Grappa, me dizia um amigo, não vê obras há dois anos. O clima é de espera enquanto vê aumentar o número das pessoas que pedem socorro público para continuar vivendo.

Na Espanha, o desemprego atinge cifras perigosas. O governo, como os demais, corta benefícios sociais, adia a idade pagar aposentadorias e efetua cortes nos salários.

Mas, apesar da Europa estar em crise, observa-se que o nível das pessoas tem melhores condições de superar desafios. A maioria, de classe média, terá melhores condições de atravessar o turbilhão que se abate sobre as economias ricas.

Pense nisto, enquanto há tempo.

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terça-feira, 11 de junho de 2013

A bela e ensolarada Escócia


Jardim do Castelo de Edimburgo, na primavera escocesa.

Olala,

Tive a oportunidade, pela segunda vez, de visitar um país do norte da Europa, a Escócia. Lá foi o local que meu filho menor, aos 20 anos, escolheu para viver as aventuras de uma vida. Uma semana após conseguir a cidadania italiana, reuniu uns trocados, cancelou o curso na UFRGS, fez a mochila e decidiu se mandar daqui.
 
Tem idade para aventura, pensei, mas conversando com ele, manifestou-me a determinação de ficar no país dos nórdico. Este meu filho sempre foi muito avesso à convivência das cotidianas cenas de violência de nossas cidades. Embora tenha descoberto que necessitava aprender inglês para desbravar uma profissão, acho que o que pesou mais para sua fuga do Brasil foi o cenário de violência que sempre o indignava. 

Nem mesmo um concurso público no Banrisul, onde fora aprovado, chamado para assumir e renunciou a vaga, serviu de motivação para que retornasse. Afinal, em outra dimensão e em outro tempo, ele faz o caminho de volta de seu tataravô Francesco que migrou em 1877, da Itália para o Brasil acompanhado de esposa e seis filhos, o maior com doze anos e o menor com seis meses. Quem se aventuraria, hoje, a lançar-se ao mar durante 33 dias nesta condição!  

Pois, a Escócia que encontrei é de dar inveja a quem é turista. Ruas limpas, ambiente pacificado, sem grades, pessoas cordiais e gentis, infraestrutura moderna, espaço de emprego crescente apesar da Europa estar convulsionada. A Escócia como integrante do Reino Unido têm regras próprias e não assumiu a integridade do tratado de Schengen, preferindo, inclusive, ficar com moeda própria, a Libra, mais forte que o Euro e o Dólar. 

Mais adiante retomo minhas impressões pela passagem pela Europa. 
Pense nisto, enquanto há tempo!
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Propaganda


Propaganda feita pelo governo italiano para fazer migrar pessoas no século XIX.


Olala,

A propaganda sempre fez a cabeça das pessoas. E, em geral, têm sido utilizada para manipular multidões. A propaganda cria hábitos e estimula as pessoas que passam a se mover na direção pregada pela propaganda.
  
Quem aspira poder serve-se da propaganda. Há a propaganda para o bem e para o mal. Hitler utilizou-se da propaganda elaborada pelo estrategista Goebbels para disseminar entre os arianos que podia dominar o mundo. A propaganda serve para sensibilizar em campanhas humanitárias para ajudar pessoas e multidões atingidas por calamidades.
 
Mas, há também a propaganda oculta, aquela feita pelos experts que a inserem na programação da mídia sem avisar que se trata de propaganda. Quando, por exemplo, um político decide pagar para virar notícia numa rádio ou tevê, ele está fazendo uma propaganda disfarçada. E, ao aparecer periodicamente na mídia para divulgar seu pensamento ou projetos, ele está ferindo o princípio da democracia que impede a propaganda fora do período eleitoral.
 
Se, num determinado local se prefere beber suco preterindo o refri, ou se a cerveja suplanta o vinho, ou se o futebol suplanta o rugbi, pode confiar, aí está a propaganda agindo.
 
Pense nisto, enquanto há tempo!
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