segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Sartori, o adversário

Sartori adversário de Tarso?
Olala,
Olho no retrovisor destas eleições e percebo que alguns fatos se repetem. Tenho opinado em comentários anteriores sobre ascensões e quedas dos candidatos.

Quero fazer mais um vaticínio. Será Sartori o adversário de Tarso no segundo turno das eleições a governador.

A história das eleições e o perfil do eleitorado gaúcho me permitem dizer que  quem irá enfrentar Tarso no segundo turno das eleições no RS não será a Ana Amélia, mas Sartori.

Ele passou todo o período de campanha eleitoral incólume, apenas apresentando suas propostas e não sendo atacado por ninguém. Correu solto. Nem Ana Amélia, nem Tarso fizeram qualquer senão ao candidato do PMDB que vem acumulando pontos a cada pesquisa.

Lembremos do episódio verificado na eleição de 2002. Tarso candidato se degladiava com o adversário mais próximo, Britto, e Rigotto estava lá embaixo, escondido nas pesquisas e foi galgando degraus até chegar ao topo vencendo Tarso.

A política tem surpresas.

Como petista, eu estou lutando para conquistar um pentavoto, algo inédito na vida de um eleitor. Mas, temo que esta conquista não venha plena. É preciso cautela diante das circunstãncias que um pleito eleitoral apresenta.
Pensem nisto, enquanto há tempo!
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terça-feira, 9 de setembro de 2014

O poder e as cerejas no bolo


Quem detém o poder coloca as cerejas no bolo.
Olala,
Na política há coisas que marcam, que ficam. É inimaginável como alguns constrangimentos demoram a sumir da mente. Um deles, que ainda permanece na memória é o de encontrar quatro policiais de arma em punho toda a vez que abro aporta de minha casa. Ocorre que esta cena foi gerada há cerca de oito meses, quando, sem qualquer culpa, acabei sendo inspecionado por denúncias que não sei de onde partiram. Os policiais, cumprindo sua função, bateram à minha porta em busca de indícios de delitos, mas não encontraram nada. Queriam achar dinheiro, documentos, armas, drogas.

Esta cena, que pode ser comum a qualquer gestor público, gera traumas que só se esvair com o tempo.

Mas, há situações que também ferem a consciência e não estão ligadas a nenhuma investigação. Trata-se das insensibilidades no momento de comemorar conquistas.

Dias atrás, saiu o resultado anual do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) que mede o desempenho de alunos do Ensino Fundamental e Médio das escolas do país. Aponta os estados e níveis de ensino que avançaram ou recuaram. Fiz matéria sobre isto.

Pois, o RS acabou, nos últimos três anos, avançando. Atuando como diretor administrativo, fazendo e melhorando escolas, contribui especialmente na melhoria da infraestrutura que possibilitou, entre outros motivos, a elevação dos índices do RS.
Pois, o secretário de educação convidou uma equipe de assessores e diretores da Seduc para comemorar o feito. Eu assisti a distância e, confesso, senti a discriminação por não ter sido
Pense nisto, enquanto há tempo! 
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segunda-feira, 8 de setembro de 2014

IDEB mostra avanços no RS

Nota 10
IDEB revela que RS está no rumo certo.
Olala,Recebo a notícia divulgada pelo MEC na última sexta-feira, 5.9, dando conta que o Rio Grande do Sul avançou na avaliação do IDEB em todos os níveis avaliados.  

O IDEB é uma prova feita anualmente pelo governo federal  com provas de matemática e português para alunos da 4ª e 8ª séries (5º e 9º anos, respectivamente) do ensino fundamental e 3ª série do ensino médio de escolas públicas e privadas.

O resultado das provas apontou que o Rio Grande do Sul melhorou os índices. No Ensino Fundamental , o RS passou de 5,1, em 2011, para 5,5 em 2013 e nos anos finais do EF, de 3,8 para 3,9. Já no Ensino Médio, o RS que passou de 3,4 para 3,7 em 2013. Este é o melhor IDEB da rede estadual desde a criação do Índice, em 2005.

É no Ensino Médio que se verificam os melhores avanços especialmente quando se avalia a taxa de rendimento no Ensino Médio. Em 2011 o aproveitamento era de 66,3%, ou seja, um em cada três alunos que ingressavam neste nível de ensino se evadia ou repetia o ano. Agora  em 2013 este índice de aproveitamento é de 73,5%, com destaque para o 1º ano do Ensino Médio, que aumentou 9,5%.

O secretário de Educação Jose Clovis de Azevedo atribuiu aos investimentos feitos na área da Educação a melhora dos índices do IDEB, considerando à introdução da pesquisa no currículo escolar, a recuperação de espaços físicos de escolas, mais recursos para equipamentos e mobiliário, maior investimento na formação de professores e modernização tecnológica da rede a reestruturação curricular.

É inegável que o aumento de investimentos, um sólido programa de formação espraiado no Estado e que alcança todos os professores, a valorização através do reajuste salarial, as promoções e concursos, juntamente com as melhorias nas condições físicas escolas possibilitam este avanço.
Em educação, não há saltos, mas dependendo das políticas que o gestor implementa, os resultados recuam ou avançam.
ense nisto, enquanto há tempo!
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quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Cadê o cartaz do governador?

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Cartaz de Tarso entrou tarde na campanha.
Olala,
Estratégia eleitoral chama-se a atividade dos especialistas em marketing político. Quando se pensa em lançar um candidato a governador, logo se pensa no arsenal de propaganda necessário para que a campanha tenha êxito.

Há decisões que podem elevar ou rebaixar o candidato. Um candidato que sobre repentinamente também pode despencar na mesma velocidade. Se o marketing for bem feito, o candidato que tem virtudes só sobe.

Todo o bom marqueteiro pensa as estratégias de campanha e os materiais ao longo de toda a campanha.

É imperdoável que para eleger o governador Tarso os marqueteiros esqueceram de confeccionar cartazes de colagem e de rua com a imagem o logo e o número do governador. É um erro primário. Só lembraram disso na metade da campanha, alertados pela reclamação da militância. Alguns candidatos proporcionais se apressaram colando sua imagem a da majoritária e supriram , em p0arte, esta falha da coordenação da campanha a governador.

Fico me perguntando se os responsáveis pelo marketing queriam aplicar um golpe no governador. Confiaram apenas na internet, no rádio e na tevê. Como não perceberam que os programas na tevê não chegam ao interior do estado. Lá tem a parabólica que pega a propaganda do centro do país. E a internet, ainda que badalada, é um espaço eclético que não ajuda afirmar a imagem de um candidato.

Tarso percebeu o erro de sua equipe ao reclamar que não vê propaganda da majoritária espalhada pelo interior. Disse isso – aliás não deveria ter dito! – em comício realizado em Caxias do Sul onde atribuiu à militância o erro de não ver sua imagem espraiada no Estado.



Logo, o governador Tarso terá que determinar que seus marqueteiros retomem, no meio da campanha, materiais que foquem sua imagem e a de Olívio. E, assim, ele poderá retornar ao tipo das pesquisas rumo ao segundo turno. É a única forma que vejo neste momento para Tarso poder voltar ao Piratini.Pense nisto, enquanto há tempo!

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Dilma, Marina e Aécio

Dilma realista, Marina sonhadora e Aécio idealista. 
Olala,
Pediram-me para desenhar uma imagem que retrate o cenário eleitoral nacional há um mês da eleição de 5 de outubro.
Lá vai. O desenho ao lado mostra como vejo o pleito eleitoral no momento.
Dilma está assentada sobre bases sólidas construídas ao longo de três mandatos. Com eleitorado consolidado precisa crescer se quiser ganhar no primeiro turno.
Como adversária principal está Marina, a sobrevivente de uma chapa que perdeu Eduardo Campos no dia 13 de agosto. Ela e o  vice, Beto Albuquerque, navegam sobre o emocionalismo da morte de Campos. Como ex-integrante da base do presidente Lula, Marina é cria do próprio PT e se credenciou a ir longe depois que foi Ministra do Meio Ambiente, desertou e tornou-se candidata do PV a presidente, fez 20 milhões de votos e agora retorna com força identificada com a causa da sustentabilidade.
Como o eleitor brasileiro não é um sujeito  intelectual mas um ser passível de influências emocionais, Marina torna-se uma potencial alternativa, aparentemente despida de desgastes políticos e com pouca rejeição.
Aécio Neves, com seu discurso vago e sem precisar suas propostas, deve continuar naufragando até atracar nos limites históricos dos filiados ao PSDB de colégios fortes como São Paulo onde tem chance real de fazer o governador. Aliás, é visível notar que o PT, devido ao episódio do Mensalão, tem dificuldade de avançar com Dilma em SP, estado base dos mensaleiros.
O pastor Everaldo, como Emayel, esá sepulto no radicalismo de teses religiosas. Sobrevive em índices próximo ao chão. Aproveita para fazer pregação religiosa no programa eleitoral achando que o Estado deve deixar de ser laico.
É visível que viveremos dias futuros de dificuldade econômica gerados pela crise mundial. Com um PIB rebaixado precisamos de pulso forte no governo pra conduzir a travessia. E não será apostando numa presidente sem partido e, portanto, sem base de apoio, que garantiremos os avanços obtidos na última década. É meu desenho da situação.
Pense nisto enquanto há tempo!
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terça-feira, 2 de setembro de 2014

O efeito Marina

Marina ou Dilma, Dilma ou Marina?
Olala,
- O que está levando o eleitor brasileiro preferir Marina em vez de Dilma?

Embora estejamos a um mês da eleição, me arrisco a analisar o quadro eleitoral que está levando temos aos marqueteiros.

Tenho escrito anteriormente que o que se verifica nas eleições no país é um sentimento que nasce mais da emoção e menos da razão.

O fato de repentinamente o eleitor depositar a confiança em Marina revela uma vontade de mudar a política e aspirar um novo momento econômico. marina é empurrada para cima sobre o descontentamento gerado pela incerteza na economia que se apresenta em situação de recessão. O próprio governo, através de seus gestores e dados, atestam que estamos abrindo momentos de crise e dificuldades para o país.

Pesa sobre o governo Dilma o mesmo que aconteceu em Porto Alegre quando o PT governou por 16 anos a cidade. Um partido que permanece por três gestões à testa do governo sobre inevitável desgaste.

O PT é também contaminado nas últimas eleições pelo efeito gerado pelo Mensalão que continua como bandeira da oposição para impedir que o partido continue avançando no poder.

O eleitor brasileiro é um ser pouco engajado na luta política. Ele aparece publicamente porque o voto é obrigatório. Como não há tradição de participação democrática, os candidatos procuram o eleitor somente a cada eleição. Esta despolitização contribui para alimentar a volatilidade e instabilidade do eleitorado que oscila toda a vez que um fato novo surge.

Nossa política é frágil. Não temos reforma e os candidatos se obrigam a mendigar recursos privados para financiar as campanhas. Os fundos partidários não suportam os gastos e a corrida é sempre desigual. Há uma infinidade de siglas que funcionam como barganha visando fatias do poder. Com 32 partidos é impossível haver programas tão distintos.

A consequência desta situação é que cada vez menos surge a identidade partidária. Os partidos tornam-se camaleões da situação e mudam suas configurações programáticas com a chegada ao poder. E, sem fortalecimento partidário, as pessoas tendem a votar cada vez mais em pessoas e não em partidos ou programas.

Neste contexto situam-se a atual disputa nacional.

Pense nisto, enquanto há tempo!

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Senador aos 85 anos


Simon, depois de quatro mandatos, volta a disputar vaga.
Olala,
- Qual é o limite de idade para uma pessoa disputar cargo público?

No Rio Grande do Sul, uma situação inusitada levou o senador Pedro Simon a se candidatar pela quinta vez a senador. Cada um dos 26 estados brasileiros mais o distrito federal possuem três vagas de senador com mandato de oito anos sendo renovadas na proporção de 2 por 1 a cada eleição.

O fato do candidato a deptuado estdual  Beto Albuquerque ter sido convocado para vice nachapa de marina Silv, do PSB, ensejou a escolha de novo nome para a disputa ao senado no RS. O PMDB atraiu para si a tarefa da indicação do senador na coligação majoritária que tinha o PSB indicando o senador.

E escolha coube ao atual senador Pedro Simon, 84 anos. Aí recomeçam os cálculos para definir quem o Rio Grandedo Sul vai enviar para o Senado, já que estão na disputa o ex-governador Olívio Dutra, 71 anos, e o comunicador Lasier Martins, 72 anos além de outros cinco candidatos de outras coligações com limitadas chances de sucesso.

A Constituição brasileira estabelece como 30 anos a idade mínima para um candidato disputar o cargo de senador mas não fixa idade máxima para a disputa.

Seria de se supor que, na boa política e na boa democracia, houvesse o respeito à rotatividade nos cargos. Mas, a prática mostra que isso nem sempre acontece. Num Brasil onde a expectativa de vida tem avançado ano a ano, avança também o tempo de trabalho ativo. Isto faz com que também no trabalho, se admitam pessoas mais velhas. A vida útil de um trabalhador tende a ser mais longa e também as aposentadorias mais tardias. Em países da Europa ninguém se aposenta antes dos 60 anos, diferentemente do Brasil.

Como cada cargo público eletivo carrega consigo uma plêiade de outros cargos indicados pelo eleito é visível a disputa que se estabelece na disputa da vaga desenador que garante empregos por oito anos.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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