terça-feira, 29 de setembro de 2015

Dói no bolso e na consciência

Reduzir o uso do plástico preserva o ambiente.

Olala,
Achei original a campanha desenvolvida pela prefeitura de Edimburgo sobre a conscientização das pessoas para a redução do lixo plástico.
Numa cidade extremamente desenvolvida, onde a maioria dos adultos possui curso superior, foi encontrada uma maneira de conscientizar as pessoas sobre a redução do uso de  sacolas plásticas.
Todos sabem que,  quando a dor bate no bolso, as pessoas acionam o cérebro.

Pois, todo o estabelecimento que utilize embalagens plásticas é obrigado a cobrar do cliente toda a vez que leva produtos acondicionados em sacolas plásticas. Quando a gente passa no caixa, vem a pergunta: - Quer incluir a sacola na compara?

Para quem é de fora, logo estranha a pergunta. Mas, logo entende que a tática usada é a forma encontrada para fazer as pessoas lembrarem que é preciso não poluir o ambiente. Uma lei penaliza severamente os comerciantes que forem flagrados doando sacolas sem registrar o valor delas na nota fiscal.

Por causa destas campanhas, muitas pessoas acabam lembrando da necessidade da preservação a cada compra, ou levando de casa o recipiente que acondiciona as compras, ou pagando pelo lixo que levam junto com os produtos adquiridos.

No caso, o que prevalece não é o valor econômico, mas o valor ambiental nesta causa.
Penses nisto, enquanto há tempo.
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quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Parlamento sem povo

Sessão de 16.9.2015 teve galerias vazias.

Olala,
Há uma frase estampada em cimento na entrada do prédio da Assembleia Legislativa.
Desde a inauguração do prédio atual, em 1967, a epígrafe baliza o comportamento dos 55 legisladores gaúchos.

Mas, na história do parlamento, as votações que aconteceram no dia de hoje, 16.9.2015. aconteceram sem a presença de povo. Com um conjunto de matérias de interesse dos servidores, houve a proibição de presença nas galerias do Palácio Farroupilha. Não foi a primeira vez que as galerias estavam vazias em sessões de votação. Na vez anterior, também durante o governo de Antônio Britto, os deputados se trancaram no Plenarinho para privatizar patrimônio como a CRT.

Mas, em 180 anos de parlamento, o fato de a modernidade ainda contar com sessões sem povo, atesta que a democracia não vive períodos de maturidade. Há ainda escravidão nas relações entre legisladores e povo. O fato denuncia a fraqueza democrática.

Episódios como este atestam a fragilidade da ação dos legisladores. Quando uma lei é feita sem a presença do povo, por mais legal que seja, carece da legitimidade. Os parlamentares que se servem de regimentos que contrariam os princípios da Constituição acabam tomando um rumo contrário à civilização. A barbárie não existe entre nós, mas episódios como o que ocorreu na data de hoje no parlamento gaúcho dá conta de que algum resquícios dela ainda permanece vivo.
Pense nisto, enquanto há tempo.
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Day after na ALRS

Dia 15, acesso bloqueado.

Olala,
Depois de realizar um greve de uma semana, e de realizar diversas manifestações de descontentamento os servidores públicos estaduais voltaram à praça no último dia 15 de setembro. Desta vez, surpreenderam os deputados estaduais com o tancamento das sete entradas do acesso ao prédio do legislativo gaúcho. O ato de protesto impediu que os 55 parlamentares e assessores entrassem no edifício.

Neste dia estava prevista uma sessão plenária que votaria diversos projetos que mexem com os direitos dos servidores. Entre as matérias, um projeto que altera a previdência, com a fixação de uma pensão em valor igual à do INSS. Mas, há outros projetos que mexem com direitos do funcionalismo. 

A tática dos manifestantes de travar o acesso à Assembleia foi exitoso. O presidente da Assembleia cancelou as atividades neste dia.

No dia seguinte, 16, a AL pediu reforço policial e amanheceu cercada por policiais militares. Mais que isso, na madrugada foram colocados gradis de ferro cercando a casa do povo como se pode perceber na foto abaixo.

Dia 16, acesso trancado.

Com os servidores afastados, a Assembleia Legislativa decidiu colocar em votação as matérias polêmicas contestadas pelos servidores. Bancadas  como a do PT e do PSol avaliam se participam da sessão. Tudo indica que o plenário estará vazio de povo e com a presença apenas de deputados da base aliada ao governador. Veremos.
Pense nisto, enquanto há tempo.
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quinta-feira, 3 de setembro de 2015

A tática de Sartori

Atraso de salário leva funcionalismo a  decretar greve.

Olala,
O governador do Rio Grande do Sul José Ivo Sartori sentou na cadeira do governo alimentando a expectativa de um governo que viria para o palácio sem propostas definidas. Incrivelmente se elegeu tendo como proposta uma não proposta. Os seus adversários ocuparam o tempo expondo ideias concretas, mas não lograram êxito e o candidato sem proposta venceu a eleição.
Quando pediam para verbalizar o que iria fazer no governo, Sartori remetia a fala à gestão municipal onde, segundo ele, elegeu-se sem prometer e fez.

Aliás, alguma s afirmações foram feitas na campanha. Uma delas dizia que não aumentaria impostos. Que reforçaria a segurança pública e manteria as boas políticas em curso.

Eleito, Sartori tomou conhecimento da realidade do Estado e traçou uma tese: o Estado está quebrado. Para consolidar a tese, passou os primeiros meses viajando para o interior ao invés de cruzar fronteiras em busca de recursos para investimentos.

Aí veio a crise internacional, que atinge todos os países, inclusive o Brasil. O RS, como outros estados e municípios, deve à União e, se não honrar a renegociação, tem as contas bloqueadas. Sem perspectivas e em crise, Sartori viu também o ICMS minguar. Como consequência, atrasou o pagamento da folha enfurecendo o funcionalismo que revidou com greve.  

Tenho por mim que o governador Sartori, como filósofo de formação, está jogando com a opinião pública. Quer disseminar um clima de terra arrasada para facilitar a venda de empresas públicas e obter aval do Legislativo para aumentar o ICMS. Com estas medidas, ele irá ter fôlego para levar o governo até os últimos dias. Pense nisto, enquanto há tempo.
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quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Bilu acrobata

Bilu e o teste da altura.

Olala,
Dias atrás fiz uma postagem de foto no WZ que mostra a a interatividade entre meus filhos e um gato. A cena, na verdade, aconteceu há cerca de 25 anos, quando os guris anseiavam por ter algum bichinho em casa. E, aproveitando uma temporada de férias na praia do Farol da Solidão, os meninos tiveram a oportunidade de ser presenteados com a companhia do Bilu. O Bilu era um gato arteiro acostumado com a lida de campo, exímio caçador de ratos, mas também muito brincalhão.
O Bilu era a alegria das crianças na praia. Fofinho gostava de rosnar no aconchego ou se prestava para servir de totem vivo nas brincadeiras dos meninos. Acabado o verão de 1991, o gato foi devolvido ao dono onde viveu por mais alguns anos.

Sempre tive lembrança de cães e gatos. Acho que eles têm espaço e mobilidade próprios, sendo úteis para suprir necessidades de carinho entre os adultos. Um bichinho de estimação preenche o vazio das relações afetivas entre os humanos. Muitas pessoas preferem um cão ou um gato como relação afetiva. Ter que conviver com outra pessoa custa tolerância e paciência. O animal aceita todos os comandos do dono e, como se diz, torna-se, em alguns casos, o "melhor" amigo do homem.

Ter um animal de estimação exige cuidados. Todo o "amigo" precisa de cuidados e atenção. Dói perceber que há cães famintos perambulando de lixeira em lixeira nas zonas urbanas. Como os cães, percebo que há pessoas abandonadas sem condições de cuidar de si. Um cão abandonado denuncia o a existência de  dono abandonado.

Por isso, se você tem um cão ou um gato sob seu comando, não esqueça de tratá-lo com zelo e atenção, Sem desconhecer que ele é um animal e você uma pessoa. E, entre animais e pessoas, sempre prefira pessoas.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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terça-feira, 1 de setembro de 2015

O voo do Tiago



Tiago e a gaivota como referência.

Olala,
Estou curtindo por alguns dias a presença de meu filho Tiago. Ele tem 29 anos, formou-se em Administração, trabalhou durante cinco anos em empresa de consultoria no centro do país e  agora, está de mala e cuia para migrar para a Europa em busca de aperfeiçoamento profissional.

Quem é pai sabe que voar longe, como uma gaivota, faz parte do sonho dos jovens. Entendo que um filho nunca é propriedade dos pais e, me alegro por vê-lo sonhar. Acho que tem idade para isto. Todos os filhos deveriam ter a motivação de sair em busca de novos saberes, novas culturas, novos conhecimentos. Hoje o mundo está tão próximo que, partir para conquistá-lo ficou mais fácil.

No caso, o desafio do Tiago é inicialmente realizar um MBA na área de Administração. Classificado e inscrito na instituição Insead, com sede em Fontanebleu, França, ele fará o pós  em Singapura, na China, onde a universidade tem campus.

Tenho por mim que, a exemplo do outro filho Fernando que há cinco anos, também partiu para a Europa e escolheu a Escócia para viver, também o Tiago parte para só voltar eventualmente e em viagem de férias.

Dias atrás, quando falou aos colegas da universidade (UFRGS) onde se formou, reforçou que parte do Brasil com o objetivo de buscar aperfeiçoamento a fim de poder dar sentido à profissão e ajudar as empresas a resolver problemas. É o trabalho de quem buscou a consultoria como profissão.

A quem parte, só me resta desejar prosperidade. E, reafirmar que, se a utopia não for possível, continuo de braços abertos para acolher quem foi gerado para voar com a liberdade de um pássaro. É sempre desafiador poder mirar o imenso e infinito espaço do futuro e partir para uma direção, sabendo aonde quer chegar.
Então, só me resta a desejar boa viagem, meu filho. Volte sempre que puder.
Pense nisto, enquanto há tempo.
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