segunda-feira, 13 de maio de 2013

Árvores da discórdia



Árvores ou pessoas nas ruas. A polêmica gera
atrasos na mobilidade urbana na capital gaúcha.

Olala,

Tenho observado a polêmica do corte de árvores em vias públicas na capital para dar lugar a abertura de ruas e avenidas.

Porto Alegre, a capital dos gaúchos, cresceu a partir da ponta de um cone geográfico que dificultou a mobilidade das ruas e avenidas. Como há poucas saídas a fuga do centro urbano se dá através de poucas avenidas que diariamente ficam lotadas de veículos.

Não se trata de um caos viário, mas Porto Alegre já possui carros demais que deixam o tráfego lento demais gerando transtornos na mobilidade. Esta cidade só possui uma linha de metrô, mas que não serve os munícipes da capital e sim usuários de cidades da região metropolitana no eixo Norte, mais propriamente as cidades de Canoas, Esteio, Sapucaia, São Leopoldo e Novo Hamburgo.

A Prefeitura, visando alargar as vias, buscou orientação técnica que decidiu por retirar inúmeras árvores. A compensação pela retirada resultou no plantio de novas árvores no espaço da cidade. Mas, os ecologistas caíram em cima da Prefeitura e reagiram, acionando o MP e questionando a decisão via mídia e redes sociais.

O ex-prefeito Guilherme Villela, em artigo na imprensa, emitiu posição ficando em cima do muro.

Tenho por mim, que não há como avançar no desenvolvimento sem mexer na paisagem urbana. Não há como sustentar a supremacia das árvores com a melhoria das vias. É inconcebível que se atrase o desenho das ruas apenas porque há árvores intocáveis.

Pondero que, na minha atuação para melhorar o espaço escolar, também encontro esta resistência habitando as mentes de gestores escolares que nunca podam ou retiram árvores que vão avançando sobre paredes, muros, tubulações e ameaçando cair sobre alunos e professores nas escolas. mas, como dizer para uma diretora que ela deve cortar uma árvore?

Somente com uma reflexão sobre os bens da natureza e seus limites pode-se construir a consciência necessária para ponderar o que é certo e o que é errado quando se está construindo um tempo de civilização.

Pense nisto, enquanto há tempo!
.