terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Medalha para Evo

Solidariedade a Evo é homenagem justa.

Olala,
- Qual é o limite para uma pessoa expressar solidariedade?
Os indivíduos comuns vêem somente as pessoas que circundam ao seu redor. Para muitos, o mundo das relações sociais se limita aos familiares e amigos próximos. Para outros, o mundo vai além das relações familiares.

Num período em que a aldeia ficou mais global, onde o problema do indivíduo em particular depende das relações universalizadas, o olhar das pessoas avançadas extrapola seu pequeno círculo. Embora se reconheça que ninguém é universal se não valoriza o particular, não se pode desconhecer que olhar das pessoas modernas tem que ser global.

Neste olhar, vemos o que as pessoas são e fazem. Admiramos ou criticamos a partir dos seus atos.

O deputado Edegar Pretto (PT) resolveu homenagear o presidente boliviano Evo Morales, concedendo-lhe a medalha do Mérito Farroupilha. Bastou ele fazer passar por unanimidade na mesa diretora da casa, par que vozes contrárias se levantassem. Fazendeiros da campanha, deputados e formadores de opinião, usaram a mídia para contestar a comenda.

Estranho, pois a mesma medalha já foi concedida a Mário Soares, ex-presidente de Portugal, a José Mujica, ex-presidente do Uruguai, à apresentadora Ana Maria Braga, aos cantores Zezé di Camargo e Luciano e não houve contestações. Até um deputado federal, num lapso de insensibilidade declarou que se Evo vir ao Estado "deve visitar a cracolandia!".

Meu estado e país recebem o gás da Bolívia que ajuda a mover nossa economia, e receber o presidente Evo deve ser orgulho para nossos Estado. É no respeito e reconhecimento de um indígena que virou presidente que se situa a admiração e o prêmio que o deputado gaúcho deseja destacar. Justa e merecida homenagem.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Ops, inusitado para o mundo


Olala,
Ato inusitado faz mundo conhecer militante croata.
A mídia tem se servido de imagens inusitadas para atrair o interesse das pessoas. Num mundo cada vez mais sedento de inovações, o 'furo' jornalístico pode vir de variadas formas.

Imagine uma condecoração de um militante acontecendo em alguma parte deste planeta, onde as pessoas se postam perfiladas para registrar o recebimento de comenda.

O cenário armado para acontecer no final do ano é também um momento de mídia que ficaria restrito à comunidade local ou regional, não fosse um detalhe inesperado.

E o detalhe inesperado a impulsionar o fato para o mundo, não foi uma queda do palanque, uma torta ou sapato no rosto, uma cusparada, uma queda, mas o inusitado acontece porque a pessoa laureada, justamente no exato segundo de receber a comenda, diante dos fotógrafos e cinegrafistas, sente arriar as calças.

É isto que aconteceu com o militante de direitos humanos da Croácia, Svonimir Cicak, no último dia 9 de dezembro. Ninguém iria saber do fato não fosse o detalhe das calças ter caído na cerimônia.
Quando estudante de Jornalismo, aprendi com um professor que notícia acontece não quando um cachorro morde uma pessoa, mas quando uma pessoa morde um cachorro.

Logo, o normal e rotineiro não é fato. a inovação é que marca e vai pro mundo.
Pense nisto, enquanto há tempo.
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terça-feira, 8 de dezembro de 2015

A carta de Temer

Carta do vice, Temer, tumultua governabilidade do país

Olala,
Li, com atenção a carta de Temer, enviada à presidente Dilma na noite de ontem. Achei surpreendente as revelações feitas pelo vice-presidente.

A carta mostra um descontentamento na parceria feita entre PT e PMDB no comando do país. Temer aponta alguns fatos que mostram uma relação não pacificada na chapa vitoriosa da última eleição.

Entendo que o Temer e o seu PMDB aproveitaram o momento da baixa popularidade da presidente para alfinetar a relação. Não me parece certo que um vice-presidente utilize uma carta como instrumento para reclamar da chefe. A manifestação soa como o comportamento infantil de quem chora para barganhar algo.

A política, dizia Brizola, é a arte de engolir sapos. Dilma, que elogia permanentemente a conduta de Temer, deve se sentir traída com a declaração. Mas, para quem tem trajetória forjada nas acrobacias da ditadura, saberá superar com este miguelito colocado em sua rota.

Não tenho dúvida que a carta  fará um estrago ainda maior no embate entre os que defendem e os que querem o impeachment de Dilma. E, com certeza, a falta de lealdade do vice-presidente terá reflexos duradouros que estará presente na disputa de 2018. Já vaticinei que o PMDB entrará dividido neste processo e a carta não contribui para unificar as posições do partido.

Já vaticinei em artigo neste espaço expondo os movimentos que a ala dialogal do PMDB está construindo visando isolar Temer e sua turma. Para quem pretende ter vida longa na política, escrever uma carta pode significar gravar, em bronze, um posicionamento. Uma vez revelada a mensagem ao público, dura uma eternidade. E a carta mais atrapalha do que ajuda o país a encontrar as saídas.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Impeachment de Dilma

Cunha não tem moral para propor impeachment de Dilma.

Olala,
No dia de ontem o presidente da Câmara dos Deputado, Eduardo Cunha, resolveu dar início ao processo de impeachment do Governo Dilma.

A decisão soa como um revide político em virtude de neste dia os três deputados petistas que integram a Comissão de Ética terem se manifestado favorável ao andamento do processo contra Cunha na Câmara.

Um processo de impeachment colocado à mesa contra o atual governo (Dilma e Temer) neste momento não é bom para o país. Agravará ainda mais o clima de instabilidade política que vai minando a economia e gerando um clima de incertezas na vida nacional.

Os motivos para a fundamentação do impeachment não justificam tal medida. Chamam de "pedaladas fiscais" o uso, pelo Governo, de recursos provenientes do lucro dos bancos para aplicar em políticas sociais como habitação, educação, saúde e previdência. Dilma e Temer utilizaram sim verbas dos bancos públicos para aplicar em programas que beneficiam a população. Mas, embora estes recursos não tenham sido previstos na proposta orçamentária aprovada no Congresso, é razoável pensar que as verbas eram necessárias para não deixar milhões de brasileiros sem assistência. Além do mais, os recursos não foram utilizados em benefício próprio, mas da nação.

É igualmente estanho notar que o TCU tenha ignorado a alternativa emergencial tomada pelo governo para socorrer-se de recursos dos bancos, e resolvendo rejeitar as contas. Pôs lenha nas pretensões dos acusadores, especialmente na oposição.

Julgo que o processo de impeachment sofre vício de origem, eis que vem chamado por um parlamentar que declaradamente não tem conduta ética para propor a cassação de Dilma e Temer. Acho, sim, que Cunha utilizou-se do cargo  porque viu a água bater no pescoço e utilizou as armas que tem para tentar dar sobrevida ao cargo que ocupa e ao mandato.
Pense nisto, enquanto há tempo.
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MP ataca Tarso

 
Olala,
Governador Tarso Genro - Camila Domingues/Palácio Piratini
Juíza age com parcialidade ao punir ex-governador.
Não é possível ficar impassível diante da notícia. Opinar é uma faculdade que a Constituição me assegura no direito de opinião.
 
Refiro-me ao fato de o Ministério Público, por decisão da 3ª Vara da Fazenda Pública de Porto Alegre determinar o bloqueio dos bens do ex-governador Tarso Genro por não ter, durante sua gestão, concluído o processo de licitação do sistema de transporte intermunicipal de passageiros no Estado.

É, no mínima, estranha a decisão da juíza, pois o governador apenas deu andamento a um processo que teve início em 2002 e, como não havia tempo hábil para realizar a licitação, resolveu renovar o prazo das concessões para exploração do serviço. A decisão administrativa impediu que houvesse um caos no transporte de passageiros entre cidades do Estado.

A juíza Andréa Terre do Amaral resolveu punir o cidadão Tarso e mais outras três pessoas, (o ex-secretário de Transportes, o atual secretário de Transporte e dirigente do DAER) e determinou o bloqueio de bens. O valor do bloqueio soma R$ 1 milhão de reais. E acusou os réus de improbidade administrativa.

Ora, é visível que nenhum gestor consegue realizar uma licitação de tal envergadura, concluindo o processo licitatório em quatro anos apenas. Veja-se o que acontece em Porto Alegre que  há anos as renovações acontecem sem que se conclua nova licitação do transporte coletivo.

Ademais, mandar punir o governador Tarso é atribuir unicamente a ele o ônus por não ter realizado a licitação. É desconhecer que desde 2002 quando o processo licitatório se iniciou, dois outros governadores também manipularam o processo da licitação. A Rigotto e a Yeda, a juíza nem fez referência.

Tarso agiu dentro do princípio da razoabilidade, instruindo o processo e se não pôde conclui-lo foi porque não foi reeleito. Mas, tomar este fato para imputar um pena ao ex-governador sequestrando seus bens é medida extremada da Justiça.
Pense nisto, enquanto há tempo.
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quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Notícia como mercadoria

MP pode favorecer veículos privados em investigações?

Olala,
Quero levantar aqui uma questão já apontada pelo colega Juremir Machado da Silva em sua coluna no Correio do Povo. Pode o Ministério Público levar a tiracolo ou subsidiar-se, em suas ações, de um jornalista vinculado a um grupo de comunicação privado sem que haja providenciado licitação específica?

Todos sabemos que uma matéria jornalística cumpre um papel social de informar e formar multidões. Um furo jornalístico é também uma mercadoria que rende dividendos ao veículo que torna a mensagem pública. Quando o Ministério Público negocia pautas com um veículo comercial ou com seu repórter investigativo, não estaria dando publicidade ao veículo? O MP, ao favorecer uma empresa privada, não estaria incorrendo em infração? Será que houve processo licitatório "vendendo" a pauta para o grupo RBS? Os outros veículos de comunicação não mereceriam o mesmo convite do MP?

Como jornalista e agente público, entendo que um órgão público não pode realizar sua ações esquentando a pauta apontada por um grupo privado de comunicação. O favorecimento ao grupo RBS soa como uma relação que pode estar revelando uma perigosa promiscuidade na relação de independência que se requer de um órgão de investigação criminal.

Não me parece correto e nem republicano, como aborda Juremir, que o MP, como agente fiscalizador da lei, dê guarida a jornalistas privados como Grizzoti, para invadir domicílios e devassar a vida de pessoas. Afinal, num Estado Democrático de Direito, é prudente que se preserve o segredo de justiça nas investigações. Não foi o que se observou na devassa feita na casa do parlamentar Jardel que, foi surpreendido com filmagens e fotos de seu domicílio e exacrado publicamente hora após os agentes do MP terem invadido sua casa. 

Todos sabem do drama do ex-jogador do Grêmio em abandonar e se curar do vício das drogas. Eleito deputado, e, aparentemente inexperiente na função pública, o cidadão não merece ser publicamente linchado da forma como foi.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Poderes no Brasil

Pode o MP cassar o poder de um deputado?

Olala,
Tenho testemunhado como muitos brasileiros ligados na política, o comportamento das instituições  que respondem pela sustentação do estado democrático.

Pelo modelo escolhido no Brasil, temos três poderes de Estado: Executivo, Legislativo e Judiciário. Mas, recentemente, a partir da Constituição de 1988, o Brasil, diferentemente dos demais países, criou o Ministério Público que teve atribuições turbinadas ampliando sua atuação de fiscalização e denúncia de crimes vinculados ao meio ambiente, consumidor, patrimônio histórico, turístico e paisagístico; pessoa portadora de deficiência; criança e adolescente, comunidades indígenas e minorias ético-sociais. Mas, 25 anos após, a fiscalização do órgão avança sobre a ação política denunciando e prendendo políticos acusados de corrupção.

Entendo que o poder conferido ao Ministério Público que invoca o direito da defesa da Constituição e a defesa da coletividade não pode se exceder em suas ações. Ao levar para a cadeia sumariamente parlamentares que foram sufragados pelo voto para exercer a democracia, entendo que não pode o MP, como poder ilegítimo de Estado, encurtar mandatos e determinar prisões na forma com têm feito atualmente.

Um parlamentar se submete periodicamente ao crivo do voto. Um promotor não. Ambos são homens públicos. O primeiro tem delegação legítima e o segundo apenas legal. Logo, a ação dos promotores, como dos juízes e desembargadores, num estado democrático, não podem avançar as atribuições constitucionais sobre quem tem o crivo da eleição como o meio de permanecer ou não na atividade pública. Em nome da independência dos poderes, o MP não pode ter a liberdade de avançar sobre senadores, deputados, governadores, prefeitos e vereadores que tem sua atividade e permanência deliberadas por instâncias próprias.  A propósito sugiro ler os argumentos do Mauro Santayana.

S.M.J., não cabe ao MP a prerrogativa de cassar um deputado, determinando seu fim político. Cabe ao próprio parlamento que o político integra a prerrogativa de definir, pelas instâncias internas constituídas, suspender ou não a atividade do parlamentar. Um MP pode indiciar mas quem cassa um parlamentar numa democracia é o eleitor com sua arma, o voto.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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terça-feira, 24 de novembro de 2015

Você ainda usa cheque?

Cheque caiu de uso e deu lugar a transações eletrônicas.

Olala,
Você reparou como certas inovações se perdem com o tempo? O que era inovação num tempo, desaparece noutro. Tomo por exemplo o uso de tecnologia envolvida na movimentação de dinheiro.

A troca de mercadorias têm sido o meio de negociar do passado, Durou muito tempo. Quem fabricava vassouras trocava por quem tinha comida, roupas, ferramentas, etc. Os romanos inventaram a moeda que já movimentava os vendilhões do templo na época de Cristo, e vendiam suas mercadorias em troca do metal.

As moedas ainda sobrevivem. Com elas, surgiram as cédulas de papel ainda muito usadas. As operações financeiras com dinheiro vivo são cada vez menores. Cada vez menos utilizam-se volumes de dinheiro para pagar ou receber valores. O dinheiro em espécie decresceu de uso.

No tempo da informatização, surgiu a tecnologia das transferências eletrônicas onde a pessoa não necessita mais ir até o banco. É através de programas via internet que o cidadão já pode pagar as contas do computador e do celular. Os bancos adequaram a tecnologia permitindo que a pessoa realize inúmeras operações a partir do aparelho celular.

A facilidade de operação das contas bancárias desde a palma da mão, trouxe economia de tempo, eliminou as intermináveis filas nos bancos e conferiu maior segurança no transporte e manuseio de dinheiro. Hoje todo o cidadão que possua um celular pode chegar no seu banco e solicitar os programas que permitem movimentar dinheiro à distância. Seguindo o dito "time is money", é previsível que outras inovações ainda venham a facilitar a vida das pessoas.
Pense nisto, enquanto há tempo.
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sexta-feira, 20 de novembro de 2015

A Julie do Face


Olala,
Face e a fantasia que esconde a realidade.
Todo mundo põe crédito no Facebook. Exageradamente é o programa de comunicação da modernidade. As pessoas dão Bom Dia, Boa Tarde, Boa Noite no Face. Se expõem completamente, revelando facetas de personalidade que não seriam possíveis sem o Face.

Eu costumo desconfiar do Face. Ele é, em geral, o veículo do 171. No Face as pessoas mentem e revelas aquilo que não são.

Em geral, as imagens postadas no Face são falsas. E tem pessoas que cai na ilusão destas falsidades.
Tenho um amigo que resolveu investir numa relação via Face. Viu uma bonita foto ilustrando a abertura da página do Face e se atirou. Depois de muitos cliques, troca de mensagens, em geral, cifradas,  imaginando mil e uma fantasia, resolveu marcar encontro. Contou que, no dia e hora marcada, lá foi ele para o restaurante todo perfumado em busca do primeiro encontro da "amada" virtual. Ao chegar, depois de alguma espera, e, para desapontamento do amigo, foi abordado por um transexual de nome Julie.  Justamente a Julie, pessoa de rosto suave e conversa mansa que dialogara no celular. Uma decepção.

Por situações como essa desconfio do Face. As fotos que as pessoas publicam não revelam a realidade. Tenho por mim que deveria ter uma pasta obrigatória no Face onde as pessoas deveriam postar a realidade. Na pasta deveria ser obrigatório as pessoas postarem o currículo real e imagens reais das pessoas.

Mas, como dissuadir as pessoas a acreditarem que o Face não pode ser instrumento de ilusão. Tem pessoas que se nutrem de sonhos, ilusões e ocupam boa parte da vida imersas em fantasias sem descobrir o sentido da vida. Mas, quem sou eu para exigir rigor  e disciplina para a atual geração.
Pense nisto enquanto há tempo. Tá ligado!
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Cibernéticos


Olala,
Celular estimula individualismo.
Olho ao meu redor e vejo as pessoas cada vez mais plugadas. Ciberneticamente plugadas nos seus smart phones e ipeds que quase não dão mais bola para o que se passa ao redor.

As gerações presentes já estão se viciando no uso das tecnologias que já crescem as clínicas de desintoxicação em virtude da dependência eletrônica.

Há um ano resolvi presentear um grupo de estudantes intercambistas do Japão para uma viagem a pontos turísticos no Estado. Programei com ele visitar a região de Caxias e as belezas naturais de Cambará e São Francisco. Minha surpresa foi a reação dos estudantes. Em toda a viagem de dois dias não fizeram mais do que dez perguntas. Saíram municiados de tablete em punho e câmeras fotográficas e viajaram o tempo todo mergulhados na máquina sem ao menos olhar a paisagem. E não foi por falta de paisagens.

Chego a conclusão que as gerações modernas estão mergulhando cada vez mais na dependência eletrônica e esquecendo de curtir aquilo que a vida tem de mais simples.

Até meus amigos acabam ficando furiosos porque, quando estou de férias, não conseguem se comunicar comigo porque vou descansar num local onde felizmente o celular não tem sinal ainda.

Tem pessoas que não são nada sem o celular. Experimente retirar a maquininha da mão de seu filho por um ou dois dias e verá como ele se sente. O celular, que já carrega junto, todos os programas antes restritos ao computador de mesa, traz o mundo para dentro do indivíduo. A dependência é tanta que ninguém mais s abe o número do telefone do filho ou da mulher porque ele está no celular. A tecnologia, ao mesmo tempo que significa avanços, deixa as pessoas mais preguiçosas e dependentes.
Pense nisto, enquanto há  tempo!
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quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Atentados em Paris


Olala,
População está insegura com atentados recentes em Paris.
Os atentados que mataram mais de 129 pessoas e deixaram mais de uma centena de feridos em Paris no último dia 13 de novembro, recordam a tragédia do 11 de setembro nos Estados Unidos quando um grupo de extremistas decidiram se vingar cometendo atrocidades contra civis.

É estranho notar que o ódio seguido de morte seja a alternativa encontrada por jovens fanáticos de origem árabe, que acreditam cumprir sua missão se sacrificando ou matando multidões. Servem-se de táticas de guerra, emboscadas e atentados contra países que se opõem às ditaduras de países árabes.

Sacrificar  e vitimar inocentes não pode ser o expediente que alguns utilizem para indicar o caminho para resolver conflitos. O radicalismo, através do método da violência, é condenado pela civilização. Os atos de brutalidade que assistimos são expressão mais próxima da tirania e da barbárie.

Devemos considerar também que boa parte dos conflitos existentes no campo de batalha é resultado de políticas armamentistas que buscam, pela violência, sufocar conflitos que deveriam ser solucionados pela via do diálogo. A guerra do Iraque e do Irã gerou um contencioso de insatisfação armada nestes países que acabou gerando radicalismos em exércitos clandestinos que revidam agressões imperialistas. Ou seja, as potências militares mundiais também têm parte no processo de geração de exércitos rebeldes e homens-bomba.

Neste cenário, é possível ver crescer as políticas armamentistas e de segurança, públicas e privadas, ativando ainda mais o clima de medo e insegurança nas nações. E a indústria armamentista ganha impulso de ambos os lados, faturando alto com o comércio de armas.

Sobre as reações aos ataques, convém conferir também o que dizem reféns franceses do Estado Islâmico.

Decididamente não estamos em tempo de paz.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Paica e Cícero

Você sabe o que é serifa?

Olala,
Dia desses tive que explicar aos colegas de trabalho o que significa a Lei da Paica e do Cícero.
Tenho percebido que muitos jornalistas formados a partir da era da informática abandonaram os princípios que regem a estética das produções gráficas. Hoje fica mais fácil criar impressos utilizando os recursos de programas de editoração eletrônica. Mas, para que se chegasse a eles, foi necessário passar pela cultura da tipografia de Gutenberg pioneiro da imprensa.

Durante mais de dois séculos, a comunicação baseou-se na tipografia e litografia para produzir mensagens, livros, documentos, atrás e leis. Bem antes das gravações eletrônicas em áudio e vídeo, lá estava o impresso em papel em forma de mensagem.

Não há como negar os passos históricos que marcam os avanços da tecnocomunicação. A gurizada de hoje se espanta e surpreende com o uso de tecnologias que há três ou quatro décadas eram consideradas inovações. No tempo do linotipo, da rotogravura, da redação escolhendo os tipos na caixa baixa e alta, do fotolito revelado em sais, das telhas em alto e baixo relevo, do cauchú banhado de tinta, saiam os impressos em série cuja mão de obra os neojornalistas ignoram.

Numa época em que não é mais necessário escrever para comunicar, onde as mensagens circulam mais abundantemente cifradas através das mídias sociais, encontramos cada vez amis pessoas sem memória ou sem consciência da ´história que fez parte de um tempo recente.
Pense nisto, enquanto há tempo.
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sábado, 7 de novembro de 2015

A tragédia de Mariana

Olala,
Distrito de Bento Rodrigues é arrasado com lama da barragem.
O rompimento da barragem de rejeitos da mineradora Samarco, controlada pela Vale e pela anglo-australiana BHP, causou uma enxurrada de lama tóxica que arrasou várias casas do distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, na Região Central de Minas Gerais. O fato ocorrido dia 5 de novembro merece ser tratado com atenção pelas autoridades.

É praticamente certo que há bem mais dos seis mortos como anunciados incialmente. Em acidentes deste tipo, tanto a imprensa como autoridades não divulgam a quantidade de vidas que se perderam porque é preciso identificar cada vítima antes de inclui-la nas listas. Pela dimensão da tragédia, nos próximos dias, saberemos qual é a real dimensão de vidas que se perderam.

O rompimento da barragem carregando consigo um mar de lodo tóxico, o lixo das mineradoras, preocupa exatamente pelo perfil do líquido que irá avançar em toda a extensão do Rio Doce que cruza o estado de Minas Gerais, avança sobre o Espirito Santo e desemboca no mar. É bem provável que as vinte cidades que se abastecem da água do Rio Doce acabem sofrendo também as consequências deste desastre pois ficarão impedidas de captar água por muito tempo. Os metais pesados de cor achocolatada causarão também uma morte de peixes e de toda a biodiversidade ao longo do rio. As consequências também são econômicas pois a população de ribeirinhos que vivem da pesca artesanal ficarão impedidos de pescar, tendo que mudar de atividade econômica.

Resta ver como as autoridades vão se comportar ante tamanha tragédia ambiental. Seguramente por ser uma tragédia gerada pela irresponsabilidade de uma grande empresa, ninguém será preso pelo flagrante crime ambiental gerado. Os autores estarão ocultos ou invisíveis, aguardando penas econômicas brandas. A mídia focará sempre nas referências a Samarco e deixará ilesa a Vale. Vale a pena conferir. Pense nisto enquanto há tempo!
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sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Pobres e ricos


Olala
Como está distribuída a riqueza do planeta? Você sabia que 1% da população mundial tem patrimônio médio de US$ 760 mil dólares anuais em investimentos. São 34 milhões de pessoas, ou seja, 0,7% da população detém o mesmo que os 99% restantes da população mundial.
Os dados vêm do Credit Suisse, uma confiável instituição financeira mundiail.

No Brasil, a renda média doméstica triplicou entre 2000 e 2014, aumentando de US$ 8.000 dólares por adulto para US$ 23.400, segundo o relatório. A desigualdade, no entanto, ainda persiste no país, que possui um padrão educativo desproporcional, e ainda a presença de um setor formal e outro informal da economia, aponta o relatório.

É impactante perceber tamanha desigualdade com um de cada 100 habitantes do mundo ter tanto quanto os 99 restantes. E 0,7% da população mundial monopoliza 45,2% da riqueza total e os 10% mais ricos têm 88% dos ativos totais.

Ainda que o número dos muito ricos (aqueles que têm um patrimônio igual ou superior aos US$ 50 milhões tenha perdido aproximadamente 800 pessoas desde 2014 por conta da força da moeda norte-americana frente ao resto das grandes divisas, o número de ultrarricos (aqueles que têm US$ 500 milhões de dólares ou mais aumentou. Por país, quase a metade dos muitos ricos vive nos EUA (59.000 pessoas), 10.000 deles vivem na China e 5.400 vivem no Reino Unido.

E a expectativa é de que com a indústria mundial em crescimento, a riqueza seguirá com sua trajetória de ascensão. O número de pessoas com um patrimônio superior a um milhão de dólares crescerá 46% nos próximos cinco anos. Toda a riqueza mundial crescerá até 2020 a um índice de 39%. Na Espanha, o número de pessoas com patrimônio superior a um milhão de dólares chegou em 2015 a 360.000 pessoas, 21% a menos do que no mesmo período em 2014.

A concentração de riqueza torna desiguais as oportunidades de desenvolvimento dos países. Quando a renda é concentrada, sobra sofrimento e miséria.
Pensem nisso, enquanto há tempo!
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quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Trem livre

Trem circula entre carros e  ônibus em Edimburgo.

Olala
Alguns símbolos públicos revelam se uma coletividade está ou não segura. A segurança é, ao mesmo tempo, uma sensação formada a partir de imagens e fatos vividos quotidianamente pela pessoa.

Quando um indivíduo vai no serviço e ouve os colegas falarem de assaltos, quando se vai para casa ao término de uma jornada e, ligando a TV, se busca relaxar, mas encontra um desfile de atrocidades noticiadas, quando se observa que os carros estacionados nas vias públicas portam sensores que piscam, quando se olha as casas todas postas em condomínios fechados e murados, protegidos por cercas eletrônicas, cães e câmeras de vídeo... atesta-se que estamos num ambiente inseguro.

Reproduzo, nesta coluna, uma imagem colhida noutro ambiente distante daqui. Ela é de uma cidade do norte da Europa, Edimburgo, com quase 500 mil habitantes. Nela, como em outras cidades, pude constatar a sensação de segurança.

Tomo como exemplo, o espaço do trem que circula pelo centro da cidade. Só se percebe a existência do serviço ao constatar a aproximação do veículo movido a eletricidade, se aproxima. Não há qualquer cerca ou proteção que delimite o trajeto feito pelo trem sobre os trilhos nas vias da cidade.  A rede de ônibus conhecidos como double deker e taxis se encarrega de captar o transbordo de usuários nas viagens curtas.

As pessoas portam um cartão para ter acesso ao trem. E o passaporte intransferível é o salvo conduto do usuário. Vez por outra, por amostragem, um fiscal confere se o passageiro está munido de cartão. Se estiver sem bilhete, fica impedido de utilizar, por um tempo, o serviço. Há o respeito às normas.
Sinal de pessoas educadas.
Pense nisto, enquanto há tempo.
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Refugiados

Famílias inteiras fogem de guerras e buscam a Europa. 

Olala,
A incapacidade dos organismos mundiais disciplinarem a rebeldia de governos contra povos revela genocídios e êxodos. O oriente próximo localizado no sul asiático tem sido palco da instabilidade política que pôs milhares de cidadãos em fuga. Há também países conflagrados da África que evadem habitantes. Cerca de 3 milhões de pessoas migraram fugindo da violência patrocinada por exércitos de milícias  capitaneadas por governos e organizações rebeldes.

A consequência de um estado beligerante se manifesta nas comunas de exilados que rompem fronteiras e batem às portas dos países em busca de socorro. Famílias inteiras deixam para trás seus bens e propriedades e fogem buscando abrigo para salvar suas vidas. É impressionante notar que boa parte das pessoas que buscam o exílio são jovens. Indivíduos na plena força de trabalho.

A ajuda das organizações humanitárias não dá conta de acolher a todos. Dia-após-dia a mídia retrata casos de tragédias coletivas na desesperada fuga por água e terra.

Em três tempos diferentes que viajei à Europa, pude constatar a afluência de estrangeiros que cresceu no continente. Nos aeroportos e fora deles percebe-se uma variedade de cidadãos não autóctones. As vestimentas, a cor da pele, a fala revelam as múltiplas nacionalidades formando a populações dos países europeus.

Imagino que boa parte destes migrantes acabam sustentando os pilares da economia europeia. Como são mão de obra barata, acabam se inserindo no emprego de serviços braçais como cozinheiros, faxineiros e serviçais em tarefas complementares nas empresas.

O que é problema para os exilados, pode ser a salvação dos hóspedes. No caso dos países da Europa que têm aumentado o exército de mão-de-obra disponível.
Pense nisto, enquanto há  tempo.
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Cercamento da Redenção


Olala,
Ideia de cercamento revela insegurança na cidade. 

Vez por outra surge a discussão sobre cercamento de praças, monumentos e bens públicos.

Em Porto Alegre, a cidade que me acolhe debate sobre a conveniência de cercar ou não o Parque da Redenção ou Parque Farroupilha. Uma vasta área de quatro hectares fortemente arborizada, com lago, área central com espelho d'água artificial, chafariz, jardins temáticos, espaço para caminhadas. Há também em parte do parque, o auditório Araújo Vianna, quadras de esporte, parques de brinquedos, sanitários e uma área comercial.

O parque quase bicentenário,  é ladeado por vias movimentadas como a João Pessoa e a Osvaldo Aranha e na José Bonifácio a cidade se encontra nos finais de semana com as feitas agroecológica nos sábados e o Brique aos domingos. Não há um só porto alegrense que não vá ao local ao menos uma vez por mês.

A discussão sobre o cercamento de uma praça revela o clima de insegurança pública vivido pela coletividade. O clima de falta de segurança é reforçado pela fala do prefeito da cidade que reivindica a presença da Força Nacional de Segurança Pública para auxiliar a Brigada Militar no serviço de policiamento ostensivo na capital.

Governos e sociedade têm que trabalhar com ações que afastem a criação de cercas e muros. Uma sociedade se declara livre não pelos conceitos mas pela liberdade de ir e vir nos espaços. E mais do que isso, pelas imagens de pessoas consideradas cidadãos. As cercas conotam a presença de indivíduos carentes e excluídos.
Pense nisto, enquanto há tempo.
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terça-feira, 29 de setembro de 2015

Dói no bolso e na consciência

Reduzir o uso do plástico preserva o ambiente.

Olala,
Achei original a campanha desenvolvida pela prefeitura de Edimburgo sobre a conscientização das pessoas para a redução do lixo plástico.
Numa cidade extremamente desenvolvida, onde a maioria dos adultos possui curso superior, foi encontrada uma maneira de conscientizar as pessoas sobre a redução do uso de  sacolas plásticas.
Todos sabem que,  quando a dor bate no bolso, as pessoas acionam o cérebro.

Pois, todo o estabelecimento que utilize embalagens plásticas é obrigado a cobrar do cliente toda a vez que leva produtos acondicionados em sacolas plásticas. Quando a gente passa no caixa, vem a pergunta: - Quer incluir a sacola na compara?

Para quem é de fora, logo estranha a pergunta. Mas, logo entende que a tática usada é a forma encontrada para fazer as pessoas lembrarem que é preciso não poluir o ambiente. Uma lei penaliza severamente os comerciantes que forem flagrados doando sacolas sem registrar o valor delas na nota fiscal.

Por causa destas campanhas, muitas pessoas acabam lembrando da necessidade da preservação a cada compra, ou levando de casa o recipiente que acondiciona as compras, ou pagando pelo lixo que levam junto com os produtos adquiridos.

No caso, o que prevalece não é o valor econômico, mas o valor ambiental nesta causa.
Penses nisto, enquanto há tempo.
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quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Parlamento sem povo

Sessão de 16.9.2015 teve galerias vazias.

Olala,
Há uma frase estampada em cimento na entrada do prédio da Assembleia Legislativa.
Desde a inauguração do prédio atual, em 1967, a epígrafe baliza o comportamento dos 55 legisladores gaúchos.

Mas, na história do parlamento, as votações que aconteceram no dia de hoje, 16.9.2015. aconteceram sem a presença de povo. Com um conjunto de matérias de interesse dos servidores, houve a proibição de presença nas galerias do Palácio Farroupilha. Não foi a primeira vez que as galerias estavam vazias em sessões de votação. Na vez anterior, também durante o governo de Antônio Britto, os deputados se trancaram no Plenarinho para privatizar patrimônio como a CRT.

Mas, em 180 anos de parlamento, o fato de a modernidade ainda contar com sessões sem povo, atesta que a democracia não vive períodos de maturidade. Há ainda escravidão nas relações entre legisladores e povo. O fato denuncia a fraqueza democrática.

Episódios como este atestam a fragilidade da ação dos legisladores. Quando uma lei é feita sem a presença do povo, por mais legal que seja, carece da legitimidade. Os parlamentares que se servem de regimentos que contrariam os princípios da Constituição acabam tomando um rumo contrário à civilização. A barbárie não existe entre nós, mas episódios como o que ocorreu na data de hoje no parlamento gaúcho dá conta de que algum resquícios dela ainda permanece vivo.
Pense nisto, enquanto há tempo.
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Day after na ALRS

Dia 15, acesso bloqueado.

Olala,
Depois de realizar um greve de uma semana, e de realizar diversas manifestações de descontentamento os servidores públicos estaduais voltaram à praça no último dia 15 de setembro. Desta vez, surpreenderam os deputados estaduais com o tancamento das sete entradas do acesso ao prédio do legislativo gaúcho. O ato de protesto impediu que os 55 parlamentares e assessores entrassem no edifício.

Neste dia estava prevista uma sessão plenária que votaria diversos projetos que mexem com os direitos dos servidores. Entre as matérias, um projeto que altera a previdência, com a fixação de uma pensão em valor igual à do INSS. Mas, há outros projetos que mexem com direitos do funcionalismo. 

A tática dos manifestantes de travar o acesso à Assembleia foi exitoso. O presidente da Assembleia cancelou as atividades neste dia.

No dia seguinte, 16, a AL pediu reforço policial e amanheceu cercada por policiais militares. Mais que isso, na madrugada foram colocados gradis de ferro cercando a casa do povo como se pode perceber na foto abaixo.

Dia 16, acesso trancado.

Com os servidores afastados, a Assembleia Legislativa decidiu colocar em votação as matérias polêmicas contestadas pelos servidores. Bancadas  como a do PT e do PSol avaliam se participam da sessão. Tudo indica que o plenário estará vazio de povo e com a presença apenas de deputados da base aliada ao governador. Veremos.
Pense nisto, enquanto há tempo.
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quinta-feira, 3 de setembro de 2015

A tática de Sartori

Atraso de salário leva funcionalismo a  decretar greve.

Olala,
O governador do Rio Grande do Sul José Ivo Sartori sentou na cadeira do governo alimentando a expectativa de um governo que viria para o palácio sem propostas definidas. Incrivelmente se elegeu tendo como proposta uma não proposta. Os seus adversários ocuparam o tempo expondo ideias concretas, mas não lograram êxito e o candidato sem proposta venceu a eleição.
Quando pediam para verbalizar o que iria fazer no governo, Sartori remetia a fala à gestão municipal onde, segundo ele, elegeu-se sem prometer e fez.

Aliás, alguma s afirmações foram feitas na campanha. Uma delas dizia que não aumentaria impostos. Que reforçaria a segurança pública e manteria as boas políticas em curso.

Eleito, Sartori tomou conhecimento da realidade do Estado e traçou uma tese: o Estado está quebrado. Para consolidar a tese, passou os primeiros meses viajando para o interior ao invés de cruzar fronteiras em busca de recursos para investimentos.

Aí veio a crise internacional, que atinge todos os países, inclusive o Brasil. O RS, como outros estados e municípios, deve à União e, se não honrar a renegociação, tem as contas bloqueadas. Sem perspectivas e em crise, Sartori viu também o ICMS minguar. Como consequência, atrasou o pagamento da folha enfurecendo o funcionalismo que revidou com greve.  

Tenho por mim que o governador Sartori, como filósofo de formação, está jogando com a opinião pública. Quer disseminar um clima de terra arrasada para facilitar a venda de empresas públicas e obter aval do Legislativo para aumentar o ICMS. Com estas medidas, ele irá ter fôlego para levar o governo até os últimos dias. Pense nisto, enquanto há tempo.
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quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Bilu acrobata

Bilu e o teste da altura.

Olala,
Dias atrás fiz uma postagem de foto no WZ que mostra a a interatividade entre meus filhos e um gato. A cena, na verdade, aconteceu há cerca de 25 anos, quando os guris anseiavam por ter algum bichinho em casa. E, aproveitando uma temporada de férias na praia do Farol da Solidão, os meninos tiveram a oportunidade de ser presenteados com a companhia do Bilu. O Bilu era um gato arteiro acostumado com a lida de campo, exímio caçador de ratos, mas também muito brincalhão.
O Bilu era a alegria das crianças na praia. Fofinho gostava de rosnar no aconchego ou se prestava para servir de totem vivo nas brincadeiras dos meninos. Acabado o verão de 1991, o gato foi devolvido ao dono onde viveu por mais alguns anos.

Sempre tive lembrança de cães e gatos. Acho que eles têm espaço e mobilidade próprios, sendo úteis para suprir necessidades de carinho entre os adultos. Um bichinho de estimação preenche o vazio das relações afetivas entre os humanos. Muitas pessoas preferem um cão ou um gato como relação afetiva. Ter que conviver com outra pessoa custa tolerância e paciência. O animal aceita todos os comandos do dono e, como se diz, torna-se, em alguns casos, o "melhor" amigo do homem.

Ter um animal de estimação exige cuidados. Todo o "amigo" precisa de cuidados e atenção. Dói perceber que há cães famintos perambulando de lixeira em lixeira nas zonas urbanas. Como os cães, percebo que há pessoas abandonadas sem condições de cuidar de si. Um cão abandonado denuncia o a existência de  dono abandonado.

Por isso, se você tem um cão ou um gato sob seu comando, não esqueça de tratá-lo com zelo e atenção, Sem desconhecer que ele é um animal e você uma pessoa. E, entre animais e pessoas, sempre prefira pessoas.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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terça-feira, 1 de setembro de 2015

O voo do Tiago



Tiago e a gaivota como referência.

Olala,
Estou curtindo por alguns dias a presença de meu filho Tiago. Ele tem 29 anos, formou-se em Administração, trabalhou durante cinco anos em empresa de consultoria no centro do país e  agora, está de mala e cuia para migrar para a Europa em busca de aperfeiçoamento profissional.

Quem é pai sabe que voar longe, como uma gaivota, faz parte do sonho dos jovens. Entendo que um filho nunca é propriedade dos pais e, me alegro por vê-lo sonhar. Acho que tem idade para isto. Todos os filhos deveriam ter a motivação de sair em busca de novos saberes, novas culturas, novos conhecimentos. Hoje o mundo está tão próximo que, partir para conquistá-lo ficou mais fácil.

No caso, o desafio do Tiago é inicialmente realizar um MBA na área de Administração. Classificado e inscrito na instituição Insead, com sede em Fontanebleu, França, ele fará o pós  em Singapura, na China, onde a universidade tem campus.

Tenho por mim que, a exemplo do outro filho Fernando que há cinco anos, também partiu para a Europa e escolheu a Escócia para viver, também o Tiago parte para só voltar eventualmente e em viagem de férias.

Dias atrás, quando falou aos colegas da universidade (UFRGS) onde se formou, reforçou que parte do Brasil com o objetivo de buscar aperfeiçoamento a fim de poder dar sentido à profissão e ajudar as empresas a resolver problemas. É o trabalho de quem buscou a consultoria como profissão.

A quem parte, só me resta desejar prosperidade. E, reafirmar que, se a utopia não for possível, continuo de braços abertos para acolher quem foi gerado para voar com a liberdade de um pássaro. É sempre desafiador poder mirar o imenso e infinito espaço do futuro e partir para uma direção, sabendo aonde quer chegar.
Então, só me resta a desejar boa viagem, meu filho. Volte sempre que puder.
Pense nisto, enquanto há tempo.
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segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Ansonia

Relíquia importada revelava status e poder.

Olala,
Nos anos áureos da colonização italiana no Rio Grande do Sul, alguns bens de consumo eram vistos como símbolo de status. Num tempo em que as pessoas só dominavam ferramentas rudes para desbravar a mata, quem conseguisse comprar uma máquina, somava tecnologia e orgulho.

Neste cenário, um instrumento muito cobiçado era o relógio suíço. Alguns imigrantes - homens - ostentavam um relógio de bolso que guardavam em casa ou utilizavam nas festas pendurado a uma corrente sempre visível sobre o paletó. Era uma joia tentando revelar o desejo de opulência ou, quem sabe, o "riccordo" de uma terra distante que ficou para trás.

Mas havia uma marca de relógios de parede chamada Ansonia, produzidos na Pensilvânia, EUA, que também atiçavam as mentes dos membros de famílias italianas do final do século XIX. Ter um relógio desta marca em casa era sinal de poder. Quase todas as casas tinham um.

Mas, por que os relógios instigavam os "gringos"? Talvez pela necessidade de medir o tempo. Um tempo que deveria ser desafiador a cada dia, a cada hora e minuto.

Lembro do tique-e-taque constante a martelar minha mente no silencio da madrugada ou a badalar o quarto, a meia e a hora cheia operadas pelo prodigioso relógio.

O relógio de parede acionado diariamente através de uma chave que ativava uma espiral perdeu espaço com o advento do relógio digital, movido a pilha. Menos sonoro, mas igualmente pontual,  o relógio marca diabo "Made in China" desbancou o centenário Ansonia  que hoje ilustra silencioso a parede onde hibernou por anos. Osa tempos mudam e os instrumentos e joias acompanham este aggiornamento. Pense nisto enquanto há tempo.
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quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Engavetamento político

Desejo do eleitor determina reeleição.

Olala,
Meus quase trinta anos de militância política me ajudaram a ver os perfis da ação pública de parlamentares e gestores públicos. Nos parlamentos a construção política se dá a partir das ações de mandato e nos governos, municipal, estadual e federal se dá a partir das ações da gestão.

Como militante petista, tenho avaliado a caminhada política feita por diversos companheiros e companheiras que, em algum tempo desta história, foram guindados à representação de mandatos parlamentares.

A representação política para ser continuada depende de algumas variáveis. Uma delas refere-se à identidade de sentimento com o eleitor. O político tem que identificar o que rola na cabeça de cada eleitor e, se sua plataforma de ações dialoga com este sentimento, ele tem mais chance de seguir no parlamento.

Tenho percebido que muitos mandatos acabam sendo engavetados em ações burocratizadas. Um político que fixa sua ação apenas na institucionalidade, em tarefas administrativas e não dá produz ações que estejam assentadas no desejo do eleitor, tende a enfraquecer o mandato.

Do ponto de vista eleitoral e, tendo presente que um político sempre precisa, de tempo em tempos, passar pelo aval do eleitor, como estabelece a democracia brasileira, é sempre importante que todo o político saiba dosar qual o tempo utiliza para atividades burocráticas e de rua. Ou seja, precisa, mais do que nunca, ter um pé na luta e outro no parlamento. E, ter projetos que dialoguem com o sentimento da população.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Servidores ativos e inativos no RS



IBGE mostra 1,6 servidor por 100 habitantes no Brasil.
Olala,
Quantos são os servidores ativos e inativos no RS?
O Portal da Transparência enumera que é servidor ativo ou inativo. Você pode verificar por exemplo o nome data de ingresso e cargo de todos os atuais burocratas do Estado. Pelos dados do portal em maio de 2015 existem 148.347 matrículas ativas que incluem servidores que possuem contratos temporários com o poder Executivo no Estado. Há servidores que possuem duas matrículas. Os inativos somam 146.229 matrículas considerando que um servidor pode ter duas matrículas.

No Portal há também uma tabela com as remunerações iniciais e finais inerentes a cada cargo.  Pelos dados observa-se que o cargo melhor remunerado no Executivo é o de auditor, fiscal de tributos estaduais e defensor público cujo valor inicial é de R$ 19.122,61 e valor final de R$ 30.471,11. O valor é superior ao do governador que é de R$ 25.322,25 e o de vice-governador e de secretário de Estado que é de R$ 18.991,69 em valores finais.

Qual é o custo desta máquina?
As tabelas do Portal também apontam que o Estado gastou em 1.7.2015, R$ 573.010.197,00 com o pagamento de servidores ativos e R$ 630.916.198,00 com servidores inativos. Conforme dados do IBGE  o RS possui 11.259.166 habitantes e 372.011 servidores ativos e inativos.

Os servidores vinculados à Secretaria da Educação representam 67,68% dos servidores e a Brigada Militar 15,39% dos servidores, mas respondem respectivamente por 45,32%  e 21,64%  dos gastos com folha. A Secretaria da Fazenda que responde por 1,28% dos vínculos, consome 6,31% da folha.

Estes dados revelam a necessidade de pensar o Estado a partir dos investimentos no servidor. Um estado forte se constrói com a valorização do servidor, estímulo às carreiras e prestação de serviço qualificado. O governador, ao eleger o excesso de servidores como motivo para o fracasso do Estado, atesta que está agravando a crise.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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Sartori e a crise


Servidores protestam em frente ao
Palácio pelo atraso de salário.
Olala,
Tenho acompanhado os movimentos políticos do governador Sartori que, desde que foi eleito tem feito a pregação da falência do Estado.

Não tenho dúvida que a tática utilizada pelo governador foi a de disseminar pelo Estado um clima de terra arrasada para que a população que o colocou no Piratini possa aceitar um cheque me branco para operar mudanças profundas na estrutura do Estado.

Uma vez consolidada a situação de crise, fica mais fácil para o governante sensibilizar os deputados da base aliada e a população de que fica mais fácil se desfazer de patrimônio público, arrochar salários, subir impostos e extinguir leis que garantem benefícios aos servidores.

Atualmente o governo corre solto nesta direção. Os salários já estão sendo pagos com atraso e, não se surpreendam se logo ali não virá a proposta de não pagar nada ao final do mês.

Já opinei anteriormente que o Estado do Rio Grande do Sul judicializou sua relação com os servidores. Isto é, jogou para os precatórios o crédito devido aos servidores pelo não pagamento de salários, ações trabalhistas, dívidas decorrentes de vantagens ou direitos não pagos e buscados na Justiça pelos servidores.

Não interessa ao servidor jogar para as calendas gregas um crédito que deveria ser pago imediatamente. Hoje, cada servidor tem créditos na forma de precatórios ou RPVs que não sabe quando vai receber. É a dívida interna do Estado.

Paralelo a esta situação, não vejo mobilização dos servidores e da sociedade que possa contestar esta prática abusiva que conspira contra o serviço público.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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terça-feira, 4 de agosto de 2015

A dívida pública


Estado deve e servidor não recebe. Cadê a justiça?
Olala,
Cresci ouvindo meus avós e pais falando mal do governo. Filho de descendentes de italianos, demorei a entender porque a lamúria tomava conta dos meus genitores.

Lendo a história do processo colonizatório, percebi que os imigrantes foram maltratados pelo governo provincial. Deserdados e considerados como estranhos no Brasil, foram jogados em terras dobradas de mata áspera da região serrana onde tinham que provar a sobrevivência. Não se pense que receberam as terras de graça como é hoje. Na época, o antigo Incra que se chamava Inspetoria de Terras do governo provincial tinha a tarefa de demarcar sumariamente os lotes que eram vendidos aos colonos. E, em prazos definidos, de até 25 anos, todos acabaram pagando pela terra. Imaginem as promissórias devidas ao Governo nos primeiros anos de colonização. Cada um se via acuado longe da sua pátria, tendo que provar que sabia honrar o compromisso e pagar a dívida.

Para quem não acredita, é só ir até o Memorial do RS e consultar o Livro Tombo que registra os valores pagos por cada colono assentado nas linhas da Serra.

Hoje, os tempos são diferentes. Um gringo da Serra está no Governo e quem está dando o calote é o Governo. Ao aprovar lei que isenta o Estado do pagamento de dívidas com os servidores, o Governo desonra sua relação com os cidadãos. Perde o crédito. Fico pensando o que aconteceria se o devedor fosse o cidadão.

Quando o Estado não dá o exemplo, e não paga o que deve, estamos diante de um dilema: ou a lei é injusta e precisa ser mudada ou o Estado é gerenciado na ilegalidade.
Pense nisto, enquanto há tempo.
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segunda-feira, 27 de julho de 2015

Linchamentos

Linchamentos revelam falência de órgãos de segurança. 

Olala,
Tem crescido nos últimos dias os casos de linchamentos sumários de pessoas que cometem pequenos delitos. Casos se multiplicam em cidades gaúchas em índices superiores aos da normalidade.
O fato de uma população agir com as próprias mãos tentando implantar um sistema de justiça paralela acusa a enfermidade dos órgãos de segurança e justiça institucionalizados.

O curioso é que o aumento de mortes geradas por linchamentos se dá justamente num momento em que as prisões de delinquentes são afrouxadas e detentos do semiaberto são liberados para as ruas.
Como as cadeias brasileiras, em geral, não são um espaço de ressocialização, fica mais cômodo às autoridades judiciárias e ao aparato carcerário devolver à população os indivíduos que não se adequam á normas e leis.

Nas cidades brasileiras das grandes metrópoles são altos os investimentos em segurança. Toda a pessoa de bem se sente insegura para o trânsito na rua e na residência que necessita ser toda cercada com grades, cercas e monitoramento eletrônicos, cães e câmeras de segurança. Nossas cidades são um atestado vivo da insegurança pública e revelam o tardio estágio civilizatório em que nos encontramos. Aliás, outro sinal de que o risco está nas ruas revela-se no crescente surgimento nos últimos anos de casas comerciais tipo shoppings, totalmente fechadas ou nas habitações em forma de condomínio fechado. Do jeito que a coisa vai, a rua está sendo um território cada vez menos reservado às pessoas livres, numa situação que demonstra a existência de insegurança social.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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sexta-feira, 24 de julho de 2015

Recalls

Recalls são arma das montadoras para atrair consumidores.

Olala,
Não sei se você percebe, mas as montadoras de veículos tem usado uma técnica publicitária muito sutil para trazer os consumidores de volta às revendas. Vez por outra, anunciam um recall nos veículos vendidos, obrigando os consumidores a retornar aos locais de compra ou a oficinas autorizadas para trocar insignificantes componentes dos veículos.
O curioso é que os recalls acontecem somente com veículos de alto padrão, nunca atingindo a frota básica das montadoras.

Tenho desconfiança que o fato de chamar os donos dos veículos de volta às oficinas para trocar uma borracha, um parafuso ou uma porca seja um bem elaborado golpe publicitário e uma estratégia de mercado para atrair as revisões dos veículos às oficinas. Um amigo meu me disse que quando chegou com sua Landroover para t rocar a borracha do teto móvel, como mandava o recall, os mecânicos constataram a necessidade de melhorias como a troca de pneus e do óleo. O que deveria ser uma simples inspeção de um carro novo, tornou-se uma revisão forçada que levou a custos não programados para o dono.

Defendo que toda a montadora que produz veículos seja punida por colocar no mercado produtos que geram defeitos em série. Ou seja, para uma revenda chamar um recall deveria ser punida por ter permitido jogar no mercado um carro com defeito. Afinal, o consumidor merece respeito e, em nome do lucro, a indústria automobilística não pode agir deliberadamente atormentando os consumidores que de boa fé compraram um produto acabado e completo.

O recall é um atestado de incompetência, ainda que ele seja invocado para sinalizar maior segurança para condutores e usuários do bem.
Pense nisto, enquanto há t empo!
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Dogs e Cats

Cães e gatos têm coleira e selo de identificação do dono.

Olala,
Em minha andança pelo Reino Unido tenho percebido a forte relação que os ingleses têm com animais. Especialmente com cães e gatos. Andando pelas ruas e praças das cidades encontra-se muitas pessoas transitando com seu anima de estimação.

Um cão ou um gato faz o papel de conselheiro tranquilizando seu dono (ou dona) e tornando mais tranquila a rotina. Especialmente pessoas solitárias, as vezes idosas, buscam no animal de estimação um amigo fiel e companheiro capaz de preencher os momentos de tédio e de rotina intensa da vida urbana.
Mas, o que mais percebi no comportamento entre animais e pessoas é que os bichinhos são tratados com atenção especial. Não vi nenhum cachorro solto perambulando pelas ruas como se encontra em nossas cidades brasileiras. Na Escócia cada cão é identificado com coleira e um selo que indica o endereço do dono. Se por algum motivo o animal é extraviado os agentes públicos são acionados para devolvê-lo ao dono.

Não percebi também fezes lançadas ao longo das praças porque todo o dono de animal em trânsito nos espaços públicos se faz acompanhar de sacolas para recolher as fezes do animal. O abandono frequente de cães leva a notificações dos proprietários e a multas severas.

Imagino que a relação das pessoas com animais de estimação se torna diferente de país para país. Há culturas, como a chinesa, que se serve de cães e gatos para o preparo de pratos típicos. E, em muitas cidades brasileiras, o cão acompanha moradores de rua para aquecer os donos em noites frias.
São sinais visíveis que manifestam estágios que sinalizam a barbárie ou a civilização.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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O bituqueiro

Servidor designado a juntar baganas jogadas por turistas.

Olala,
Tive a oportunidade de conviver por alguns dias com o povo da Escócia. mais propriamente com a população de Edimburgo, a capital. A Escócia é um dos países vinculados ao Reino Unido e integrante da União Europeia que abriga uma população de 5 milhões de pessoas.

Na última década, o país passou a ser buscado como referência para trabalho e oportunidade de vida.

Andando pelas ruas da capital percebe-se que se está num país de costumes muito diferentes dos cultivados no Brasil.

As pessoas são mais frias, distantes e reservadas. Todos bem vestidos, refletem o semblante de gente que não é castigada pelas agruras de um sol tropical. A população possui estatura alta, cabelos loiros e olhos verdes.

Meu filho, que acaba de  se formar contador, depois de cinco anos no país, conta que as pessoas estranham o tão frequente contato afetivo com beijos, abraços e aperto de mão característicos da população latina.

Nos parques e vias públicas, muitos estrangeiros. Imigrantes ou turistas. Hoje a Escócia possui metade da população jovem formada por asiáticos de países do Sul ou do Leste, muitos evadidos de seus países em decorrência de guerras ou de crises econômicas.

No centro da cidade, nota-se a limpeza ímpar das ruas. Mas, para conservá-las devido aos maus hábitos dos turistas de jogar lixo na rua, existem os "bituqueiros" sempre a postos para recolher as baganas de cigarro jogadas ao longo das vias. Nestes detalhes, nota-se o conceito civilizatório de um povo.
Pense nisto, enquanto há  tempo.
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segunda-feira, 29 de junho de 2015

As asas de um filho


O voo do filho Fernando.

Olala,
Não sei como um filho se sente ao concluir um curso superior. Eu tive este raro momento comemorado por três vezes. Dois bacharelados e uma licenciatura. Uma situação rara em meu país e um privilégio.

Cheguei à formatura não por força própria, mas pela ajuda de tantas pessoas que contribuíram para que eu chegasse lá. Com certeza, nem de longe pude agradecer a todos os que me ajudaram a conhecer mais, aprender mais para mais servir durante minha vida ativa.

Hoje, às vésperas da aposentadoria, sinto como foi importante ter apostado no aprendizado escolar como forma de ser alguém mais útil à sociedade. Confesso que o impulso primeiro veio na construção de minha personalidade possibilitado pela convivência familiar e com os amigos mais próximos. A sociedade e o poder público possibilitou que eu pudesse praticar aquilo que aprendi. E. no local onde atuei, senti que fui útil.

Agora, no próximo dia 10 de julho, vou festejar a formatura de um dos meus filhos, o Fernando. Ele fez o caminho de volta do tataravô Francesco, cruzou o Atlântico e foi parar em Edinburgo, na distante Escócia. É no velho continente que ele foi parar em busca de melhores condições de vida e de trabalho. Mas encontrou uma Europa em crise, como tantos outros países. Gradua-se em administração e finanças.

Vou marcar presença na condição de pai porque um pai sempre tem que acompanhar os passos dos filhos. Não para criar barreiras, mas para apoiar e partilhar o voo de quem consegue criar asas e voar. Todo o pai fica feliz quando vê seu filho subindo mais um degrau na vida. Valeu, Fernando, bom voo.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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sexta-feira, 26 de junho de 2015

Civilização e barbárie


Olala,
Delinquência é produzida socialmente.
Ouvindo hoje os comentaristas políticos da Rádio Gaúcha, percebi que carregaram na crítica à família e à escola, como dois entes sociais responsáveis pela conduta deformada de milhares de pessoas que agem na delinquência.

Comentavam o fato de que no último ano, no RS, a Brigada Militar efetuou mais de 5 mil detenções que levaram os indivíduos à prisão. Alguns indivíduos levados a múltiplas reincidências o que demonstra falhas no sistema penal e carcerário.

Mas, o que me indignou e me motivou a responder - inclusive aos comentaristas por whattapp - foi o fato de que as considerações sobre a violência recaem unicamente sobre a família e a escola.

Defendo que um indivíduo não nasce delinquente, mas se torna delinquente pelo meio social em que vive.

O binômio família/escola não é o único responsável pela degradação dos indivíduos. Devem ser agregados outros dois fatores na responsabilização desta situação: a sociedade e o poder público.

Pois bem, se um indivíduo nasce bom, vai para a escola acumular conhecimento, porque só estes dois ambientes o tornam delinquente. Não. Há que ser responsabilizada a sociedade com suas organizações, que não percebe o crescimento do jovem/adulto como força produtiva para o bem. E, grande parte da delinquência é gerada pelas empresas que não empregam e pela falta de políticas públicas, dos governos nos três níveis, que não geram espaços de inserção qualificada dos cidadãos.

O dia que a família/escola/empresas/governos assumirem pra valer o investimento na criança e no jovem começaremos a colher um aumento da segurança social.

Pedir mais policiais e mais cadeias é um sinal de que a sociedade avança mais no rumo da barbárie e menos na civilização. Pense nisto enquanto há tempo!

Inovações

Moto faz 500 km com água e ar, diz notícia.

Olala,
Depois de muito tempo, encontrei o amigo e advogado João Maglia. Ele esteve um tempo na burocracia em Brasília e atualmente me contou está com um projeto inovador. Dizendo ser de uma leva de cientistas modernos, mostrou-me uma pasta com seus inventos voltados para a energia de motores.

Inicialmente me confidenciou que no Brasil, ser cientista, é habitar um círculo marginal, onde "poucas autoridades acreditam na gente".
Contou que tem inventado máquinas capazes de gerar motores com um décimo do gasto dos sistemas convencionais que tem os derivados do petróleo como base de combustão. Disse-me que seus inventos já foram patenteados em outros países.

Ele me apresentou um sistema utilizado em fazendas do Centro Oeste onde os silos de secagem de grãos estão sendo movidos a motores que utilizam como base o ar e a água. "O governador Blairo Maggi tem uma fazenda que é toda movida com esta revolucionária energia. Inclusive seus tratores", confidenciou.

Dias atrás, a mídia noticiou que um paulista de Itu também inventou um sistema que permite que uma moto faça até 500 km somente com o uso de combustão a partir da água e do ar.

Lembro que notícia semelhante foi veiculada há três décadas por uma descoberta feita por um "cientista" do interior do RS que inventou um motor de carro movido a água. Sem falar nos anúncios mundiais de uso da energia elétrica na produção de carros que nunca chegam ao Brasil.

Por estas informações cumulativas ao longo de minha vida, chego à conclusão que há poderosos interesses econômicos impedindo que o desenvolvimento chegue mais rápido e barato para todos.
Pense nisto enquanto há tempo!
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segunda-feira, 22 de junho de 2015

Eles por Elas

Símbolo da campanha da ONU.

Olala,
Em setembro de 2014, o Conselho das Nações Unidas lançou uma campanha que visa conscientizar os homens sobre o problema que afeta milhares de mulheres. Chamado de Heforshe, a campanha não chega a ser novidade no Sul do Brasil onde o deputado Edegar Pretto em seu primeiro mandato em 2013 criou a Frente Parlamentar de Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres.

A campanha do deputado teve apoio de lideranças políticas, sindicais, dos movimentos sociais, ídolos do esporte e movimentos sociais. Um livro aprofundando a temática e relatando casos, denominado Relatório Lilás é anualmente editado pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do RS.

No cenário brasileiro, onde a democracia só consagrou o direito de voto às mulheres em 1934, vemos a força feminina lentamente ganhando espaço na sociedade. O machismo institucionalizado prevalece e as mulheres ainda são vítimas da segregação em espaços da vida política, jurídica e nas organizações sociais.

Mas, é seguramente no espaço doméstico, familiar, que a mulher sofre os maiores dissabores. A violência que atinge as mulheres faz uma vítima a dada dois minutos no Brasil e, em Estados como o Rio Grande do Sul, que possuem estatísticas registrando os casos, há uma agressão à mulher a cada 22 minutos. A grande maioria dos casos de violência que atingem as mulheres tem como causadores familiares e pessoas próximas das vítimas.

Pensar no avanço civilizatório é também pensar na igualdade de gênero e no respeito entre as pessoas, independente do sexo. E, mais do que tudo, na criação de oportunidades iguais para homens e mulheres.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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