domingo, 28 de fevereiro de 2010

A morte do secretário Eliseu



Brasil ocupa o 14º lugar em mortes violentas no mundo. Veja ranking AQUI.


Olala,
Estava em atividade política no interior do Estado quando fui acordado na madrugada com a notícia do assassinato do secretário de Saúde da Prefeitura de Porto Alegre, Eliseu Santos.

- Alô! É o Daniel?
Atendi e, mais uma vez, disse que não! Ocorre que o número de meu celular pertenceu, no passado, ao chefe de gabinete do então deputado estadual Eliseu Santos. Como se sabe, o secretário foi deputado estadual até ser requisitado por Fogaça para ser seu vice na eleição à capital. E o Daniel era seu chefe de gabinete.

A Vivo repassou o número dele para mim. Não foram poucas as ligações que recebi, em seis anos, dizendo que não sou o Daniel. Possivelmente a última tenha sido a que me acordou na madrugada de sábado com a notícia trágica.

Quanto ao crime, ele se situa no rol das mortes brutais que se sucedem num estado onde a insegurança do cidadão é uma regra. Não é normal aceitar que um cidadão que ocupa o cargo de secretário municipal tenha que ir armado para a igreja.

Dados apontam que nossa cidade é insegura e desprotegida. E não podemos aceitar como normal que morram tantas pessoas, notáveis ou não, vitimadas a cada dia. Sou daqueles que acreditam que a enfermidade de uma sociedade se revela também a partir das mortes violentas de seus habitantes. Atualmente em Porto Alegre morrem, por ano, de forma violenta, mais pessoas do que em toda a Irlanda, por exemplo.

Motivos? Muitos. A impunidade, a lentidão da justiça, a inexistência de policiamento ostensivo, a viulnerabilidade social, a corrupção...

Os vestígios deste crime são muitos. O criminoso abandonou a vítima caída e se mandou deixando para trás um rastro de sangue. Espera-se que o culpado pela violência seja identificado, julgado e punido.

Pense nisto, enquanto há tempo!
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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Big Brother e ociosidade


Incrível. Globo diz que 76 milhões de brasileiros se ligam no BBB. Você acredita?

Olala,
Tenho assistido, vez por outra, o programa Big Brothers da Globo. Se bem que, quando ligo a tevê meu filho me persuade a desligá-la, dizendo que ela acrescenta pouco na informação necessária a uma pessoa.

De certa forma ele tem razão. Ele, midiático na internet, integra uma geração de jovens que se informam através da leitura ou da internet onde buscam o conhecimento a partir deste meio moderno.

Como sou jornalista, não posso prescindir de espiar o que acontece na janela do mundo.

Na espiada eventual do BBB percebi que o "talk-show" dos "heróis" do Pedro Bial não passa de um grupo de desocupados representando ou encenando estórias marcadas pela tomada de decisões. A vida é marcasda por competições e quem errar mais, acaba naufragando.

No jogo de sorte e azar, sai-se melhor quem consegue representar melhor perante o público. Não sei se é manobra, mas impressiona que numa decisão para a eliminação, 76 milhões de ligações acabem sendo feitas para o programa para decidir quem sai ou quem fica.

Somos 180 milhões. Ora, há muitos bobos por este país afora que decidem queimar dinheiro ligando para a Globo, pagando R$ 3,00 mais impostos por ligação, só para opinar. Tem que ter armação neste teatro.

Em todo o caso, num país onde as pessoas são estimuladas a decidir por algo que não leva a nada, num cassino televisivo, concluo que nossa caminhada civilizatória tem ainda muito a conquistar.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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Por que o abotoamento masculino é pela direita?


Abotoamento de roupas revela que tradição perpassa séculos.

Olala,
Tenho percebido que até nas roupas que usamos se revela a cultura do passado. Multicoloridas e multiformes, as vestimentas que os civilizados colocam sobre a pele revelam traços de culturas passadas.

Aposto que você não sabe porque o abotoamento das roupas masculinas e femininas é feito de maneira diferente. Olhe para a roupa que você veste agora. Veja que se você é homem o botão está sempre à sua direita e a casa à esquerda. Já, no caso das mulheres, é o contrário.

Ora, isto revela uma tradição cultural que é passada de geração a geração e você nem se deu conta.

A roupa masculina possui o botão do lado direito porque, quando os botões foram inventados era comum os homens, eles próprios vestirem-se. Já as mulheres que usavam botões =- e as vezes da cabeça aos pés - eram vestidas por outras mulheres ou por costureiros homens. Então, a mão que mais operava era a direita. Facilitava mais.

A moda pegou e foi se alongando séculos afora. Embora, hoje, tanto homens como mulheres vistam suas roupas, permenece o costume de fabricar as vestimentas com os abotoamentos diferentes entre os sexos.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Pisos nacionais


Trabalhadores se mobilizaram e foram a Brasília reivindicar um piso nacional unificado.

Olala,
Nas vésperas da eleição presidencial passada, o governo federal andava em busca de motivos que servissem para mobilizar os trabalhadores. Entendendo que a categoria dos educadores está presente em todas as partes do país, Lula deu sinal verde para criar o piso salarial profissional nacional para os professores.

Logo, algumas entidades como a CNTE correram para mobilizar os sindicatos e trabalhadores e chamá-los à luta pela defesa do Piso.

O Artigo 206 da Constituição Federal assegura, entre outros itens, que o ensino será ministrado com base em princípios como a valorização dos profissionais do ensino, garantindo, na forma da lei, planos de carreira para o magistério público, com piso salarial profissional e ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos."

Através do deputado federal Carlos Abicalil, ex-presidente da CNTE, foi proposta e aprovada a Lei 11.738/2008 (Lei do Piso). A Lei fixa valores para serem seguidos por municípios, Estados e União no pagamento de professores.

Mas, cinco Estados contrários à Lei, entraram com Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no STF visando se eximir do cumprimento da Lei. Até hoje o Supremo não julgou o mérito da medida.

Neste meio tempo, prefeitos e governadores também passaram a pressionar Lula. Da pressão nasceram desdobramentos: o Governo Federal criou um decreto estabelecendo reajustes menores que os previstos para o Piso. Retira, o reajute com base ao índice do custo/aluno do Fundeb que elevaria o piso para R$ 1.312,00.

Aguarda-se o mérito do julgametno no STF, mas começo a acreditar que o Governo Federal não está apostando num piso nacional unificado que resgate a dignidade do trabalhador em educação.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

O Salário Mínimo como piso nacional


Salário Mínimo existe no país desde 1940 e ajudou a garantir a sobrevivência de muitas famílias.

Olala,
Tenho refletido sobra a necessidade de se fixar um piso salarial nacional para categorias específicas de trabalhadores.

Foi nas reformas do mundo do trabalho operadas pelo então governador Getúlio Vargas, no Estado Novo, que surge a necessidade de garantir aos trabalhadores uma remuneração mínima digna. Mas, foi somente em 1940 que ele teve valores fixados valendo para todas as regiões do ṕaís.

O Salário Mínimo tornou-se a referência básica para garantir a dignidade do trabalho e, na época, se apresentou como uma alternativa à exploração da mão de obra.

Na Constituição de 1988 é reafirmado que todo o trabalhador passa a ter direito ao salário mínimo e que seja "capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social".

É a mesma Constituição cidadã, como disse Ulisses Guimarães, no momento da promulgação, que garantiu estender a todos os agricultores com mais de 65 anos(homens) e 60 anos(mulheres), uma pensão equivalente a um salário mínimo de referência.

Na época de sua implementação houve uma chiadeira geral dizendo que a medida iria por em risco as empresas. Com o tempo, percebeu-se que a medida contribui, e muito, para manter a economia ativa e dar um mínimo de sobrevivência a milhões de famílias brasileiras.

Pense nisto, enquanto há tempo!
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Mobilização pelas 40h no país


CUT ocupou os corredores do Congresso para pedir aprovação das 40h semanais para trabalhadores.

Olala,
Estive me Brasília para fazer lobby em favor de uma proposta de emenda constitucional que visa implementar, no país, o regime de carga horária de 40h semanais.

A CUT e outras cinco centrais sindicais realizaram uma vigília no Congresso Nacional visando pressionar os deputados para a redução de 44h para 40h da jornada semanal dos trabalhadores do país.

Tramitam no Congresso diversas emendas tratando do assunto que deve ser pauta das deliberações do semestre que antecede as eleições.

Os empresários também estavam lá. Evidentemente contrários à medida. As centrais sindicais argumentam que a redução da carga horária permite, segundo estimativas do Dieese, abrir cerca de dois milhões de empregos e permite mais tempo ao trabalhador para o lazer e à família, como ocorrem em vários países onde as 40h já é lei. Junto com a redução jornada semanal 40h, o custo da hora-extra passa a ser aumentados dos atuais 50% para 75% do valor da hora normal.

As mobilizações da CUT e das demais centrais aconteceram na recepção dos deputados no Aeroporto e nas dependências do Congresso Nacional. Centenas de dirigentes sindicais, em coro, bradavam: “Reduz pra 40 que o Brasil aumenta e o empresariado aguenta” e outras palavras de ordem como “Primeiro o pré-sal, o Carnaval e depois as 40 horas”.

As centrais sindicais se encontram novamente com as lideranças partidárias da Câmara dos Deputados na próxima terça, dia 9, para buscar definir uma data para a votação da PEC que reduz a jornada semanal de trabalho para 40 horas. O presidente da Câmara acordou com o líder do PT que vai acertar a data de votação da matéria.

A realidade mostra que somente com pressão os deputados criam as leis. E, neste momento, a pressão é por redução da carga horária na jornada semanal do trabalhador.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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Veja AQUI, texto de Expedito Solaney, secretário de Políticas sociais da CUT nacional sobre o significado da redução da jornada para 40 horas.
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