quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Cuba acaba o bloqueio dos EUA

Obama e Castro acordam o fim do bloqueio.

Olala,
Nasci ouvindo frases desabonatórias a Cuba. A ditadura e parte da Igreja semearam o terror e o ódio contra o socialismo cubano. A imprensa também caminhou nesta mesma lógica por séculos. O inimigo sempre foi retratado como se morasse numa ilha do caribe. o imperialismo norte-americano usou de todos os meios para rebaixar Fidel e sua ilha negando tudo o que vinha do arquipélago.

Até os gibis do Walt Disney entraram em cena criando os "metralhas", homens fardados com a roupa de Fidel, vindos de uma ilha, e sempre dispostos a estrepulias voltadas ao mal. Cresci num ambiente cultural que prega ódio a Cuba.

Rebelado com tal bombardeio, resolvi participar das CEBs (Comunidade Eclesial de Base) nos anos setenta para compreender porque um país tão pequeno sofria tanto bombardeio. Resisti às investidas da ditadura de meu país que mandava silenciar todos aqueles que se levantassem contestando o regime. Eles queriam um capitalismo puro que consolidasse os privilégios seculares das elites. Os tentáculos desta repressão se alongaram para o período da abertura política dos anos 80 onde, na Universidade era censurado apenas por dar guarida a textos de Paulo Freire e Leonardo Boff. Mas, a história continua e os radicais capitalistas também se vão.

Como eles, também envelheço e assisto, agora, a aproximação de Cuba aos Estados Unidos. Depois da queda do muro de Berlim, entendo que não faz mais sentido manter muros entre as nações. Os bloqueios econômicos como o praticado pelos Estados Unidos desde 1963 já não se sustentava. Muitos países - incluindo o Brasil - aliado dos Estados Unidos, já negociava abertamente com Cuba. Então, entendo que o levante do bloqueio e a sinalização de Obama no reatamento de relações diplomáticas com Cuba é mais um gesto que, com certeza, beneficia a poderosa economia norte-americana que viu a oportunidade de ampliar sua base comercial.

Se a medida será boa para os cubanos, só o tempo  irá contar.
Pense nisto, enquanto há tempo"
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quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Sobre assenso de massas


Neoliberalismo gera individualismo na população. 
Olala,

Polemizei com colegas de diversas matizes o que significa hoje mobilização de massa. Já escrevi neste espaço que vivemos tempos em que há o refluxo das mobilizações, com o desaparecimento dos atos unitários ou coletivos dos movimentos sociais.

Disse e já escrevi que o Brasil ficou mais distante de uma revolução proletária. E razões não faltam para esta assertiva. O descenso das massas é decorrente de dois fatores, ao meu ver: primeiro é resultado concreto das políticas neoliberais iniciadas nos anos 90 e que, vieram acompanhadas do fim do muro de Berlim e da abertura de Cuba à sociedade de consumo. Ficou mais difícil defender a revolução proletária e os princípios do socialismo numa sociedade embebida pelo transformismo que preconiza melhorias sem reformas estruturais pela base.

Segundo, a existência de governos populares como o de Lula e Dilma, que garantem benefícios sociais como casa, universidade, bolsa família, e associados a uma situação de baixo desemprego, geram condições impróprias para a mobilização de massa.

Sabe-se que o Brasil ainda vive uma situação inferior a muitos países, com índices elevados de analfabetismo, falta de infraestrutura indicadores sociais não compatíveis com o mundo desenvolvido, mas aceleramos a caminhada na última década.

Embora alguns sonhem com revoluções, a realidade hoje é outra e demanda táticas e estratégias que já não se apoiam em grandes manifestações.

Pense nisto, enquanto há tempo!

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terça-feira, 16 de dezembro de 2014

2030 é o pico populacional

Gráfico do IBGE mostra população estabilizada em 2030.



Olala,

Tenho observado os dados do IBGE que apontam para uma redução gradual da taxa de natalidade no Brasil nos próximos anos. Segundo o IBGE, no ano de 2030 o Brasil terá estabilzado sua população e começará a ter mais idosos do que nascimentos.

Quais os reflexos desta situação?

Inicialmente é preciso dizer que com menos nascimentos, reduz a mão-de-obra e os salários tendem a subir. A falta de trabalhadores irá empurrar para baixo o desemprego e possibilitará que mais pessoas possam acessar o mercado de ttrabalho. Mas, o que temos observado em países onde a população´há anos é negativa, é o ingresso de cada vez mais tecnologia visando compensar a falta de mão de obra.

Não pense o jovem que este alento futuro irá facilitar a vida. Haverá uma seleção cada vez mais rigorosa para os melhores empregos o que exigirá, sem dúvida formação qualificada. Quem não se preparar para o futuro de competição terá emprego mas será em locais de pouca remuneração e em espaços vulneráveis.

Outra consequência será a estabilização da cosntrução civil. Ainda temos carência por habitação, mas chegará o tempo em que não haverá mais necessidade de construir novas moradias tendo em vista a falta de compradores. As novas moradias serão mais seletivas e melhores do que os atuais "pombais" feitos atualmente.

E, nas cidades do interior, assistiremos aumentar as cidades fantasmas porque o fenômeno da urbanização nos grandes centros será inevitável, a exemplo do que acontece onde a população é negativa. Menos pessoas, teremos menos consumo e economia menos forte. A qualidade primará sobre a quantidade.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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