segunda-feira, 16 de março de 2015

Ruas em descenso


Manifestações desta semana foram contra a corrupção.
Olala,
A manifestação de ontem, em todo o país demonstrou a insatisfação do povo brasileiro com os índices de corrupção. É visível que as notícias tornadas públicas recentemente e que tratam de influências das empresas no financiamento dos partidos é motivo de revolta do eleitorado.

No dia 13 de março foram às ruas os militantes que apoiam o projeto de Lula/Dilma.

Ontem foram os "coxinhas" aqueles que não tem identidade com projetos políticos. E mais tantos outros militantes do projeto defendido por Aécio, e derrotados no último pleito. Seria um terceiro turno editado fora de época.

Estavam na rua também milhares de brasileiros chamados pelas redes sociais e pelo interesse da grande mídia que, via de regra, defende o grande capital.

Tenho por mim que o verde e amarelo de ontem, bem como o vermelho do dia 13, é um movimento que não se sustenta. Uma primeira chamada fundamentada no calor da pauta - a corrupção - anima as pessoas a irem para as ruas, mas, em seguida, certamente tende a esfriar. E, com certeza tanto os que apoiam Lula Dilma como os que são contra sentirão que no Brasil de hoje não há mais espaço para protestos contínuos. Realizar atos com o sentido de virar a mesa da legalidade, pedindo o impeachment, não faz sentido. No momento em que os brasileiros colocarem a cabeça no travesseiro e medirem o que está acontecendo nos últimos anos, especialmente a favor dos menos favorecidos, entenderão que vale a pena continuar insistindo nas atuais políticas, inclusive, as que determinam uma faxina geral no combate à corrupção.
Por estas e outras, pense nisto enquanto há tempo!

quarta-feira, 4 de março de 2015

Nova Alca (II)

ALCA pode voltar com sucateamento da Petrobras.

Olala,
Há mais de duas décadas, empresários de multinacionais reunidas em suas entidades em Washington decidiram unificar as ações de intervenção nos países periféricos. Do encontro, nasceram as regras do chamado Consenso de Washington.

Uma das medidas práticas dos empresários estrangeiros foi a criação da ALCA (Associação de Livre Comércio das Américas).  Pretendiam - os empresários das transnacionais -  obrigar os países a aceitar regras de flexibilização econômica, permitindo lucrar com os investimentos e vendas nos países em desenvolvimento. Mas, o Brasil resistiu e a população se opôs à ALCA. O movimento social  organizado, com o apoio de Lula em 2002 conseguiu afastar a ALCA e disciplinar como o capital estrangeiro deve operar no Brasil. Firmaram-se regras protecionistas sintonizadas com a soberania.

Isto ficou claro nos investimentos feitos na Petrobras. Até Lula, a Petrobras mandava construir plataformas for do país, exploração de poços eram entregues a empresas estrangeiras. Com Dilma, a Petrobras teve seu capital aberto através da venda de ações e da concessão de exploração de poços. Mas, preservou-se o limite das concessões para que os recursos oriundos da atividade petrolífera fossem convertidos em benefícios sociais para os brasileiros.

O recente envolvimento da Petrobras no escândalos da Lava Jato colocam em risco a empresa. E, o sucateamento da estatal pode levar ao rompimento das regras já acordadas pelo atual governo. Uma falência da estatal fatalmente significará uma violação da nossa soberania.

Temo que os mentores do Consenso de Washington retornem pelas portas de um novo governo neoliberal como Foi FHC e queiram se apossar da Petrobras tornando-a privada e operando para levar para fora do país o lucro gerado pelo Pre-sal.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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