terça-feira, 7 de dezembro de 2010

DDT e Assentamentos


Sebastião Pinheiro coordenou estudo sobre os efeitos do DDT em Assentamento.


Olala,
Quando as primeiras famílias de acampados chegaram ao assentamento de Capela de Santana não sabiam o que iriam encontrar pela frente. Havia uns descrentes com a terra chata e úmida e duvidando que dali pudesse sair algum tipo de produção. Afinal, boa parte eram descendentes das esgotadas fronteiras agrícolas do Alto e Médio Uruguai onde as terras são dobradas e de difícil mecanização.

Um obstáculo foi invisível e não foi percebido pelos assentados. Trata-se do depósito de produtos clorados como DDT(diclo-rodifinil-tricloroetano) e Aldrin espalhado pelos galpões. O produto era utilizado para combater pragas no cultivo de cana de açúcar, matéria prima que servia a um mega empreendimento que seria erguido no local.

Pois, alguns assentados, acabaram tendo o contato com os resíduos tóxicos o que motivou um estudo coordenado pelo agrônomo Sebastião Pinheiro da UFRGS. Alunos seus, em 1996, estudaram os efeitos do nocivo produto como estudo de caso. Como as efeitos do veneno se dão a longo prazo, não se conhece a conclusão dos estudos e se a pesquisa ainda está ativa na Universidade. Passadas duas décadas, não se sabe se o contato com os produtos tóxicos teve algum prejuízo entre os trabalhadores assentados.

Pense nisto, enquanto há tempo.
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