domingo, 3 de junho de 2012

Lanche em aviões

 Bastou as classes B e C viajarem para que a alimentação fosse suspensa nos voos.

Olala,

Quando as classes B e C ascendem, os ricos ficam desconfortáveis.

Tenho, de vez em quando, andado de avião. No passado, este meio de transporte estava mais restrito a executivos e pessoas abastadas. Geralmente das classes A e B.

Aí veio o governo Lula e criou políticas de distribuição de renda que permitiram as classes C e D ascender. Veio a concorrência das empresas aéreas e mais gente passou a andar de avião.

Os aeroportos foram surpreendidos com tanta gente viajando e ainda se engalfinham em obras para atender tanta gente.

O curioso é perceber como as companhias aéreas passaram a cortar benefícios durante as viagens. O onze de setembro adicionou itens de segurança nos aeroportos e aviões e as companhias aéreas passaram a se degladiar na redução de custos das passagens.

Um sinal desta disputa no ar é percebida durante os voos. Há companhias que suprimiram completamente o serviço de bordo. O lanche servido na viagem já não existe. Nem mesmo um copo d’água pra arrefecer a garganta seca gerada pelo ar pressurizado.

È constrangedor ser abordado no avião por um comissário que lhe apresenta um cardápio que cobra R$ 5,00 por um copo de água. Uma guerra pela redução de custos que expõe os trabalhadores aeronautas e passageiros.

Entendo que a ANAC deveria disciplinar e padronizar que itens mínimos disponibilizados pelas companhias aéreas em viagens, evitando expor os usuários e aeronautas a constrangimentos no comércio a bordo. E já ouvi comentário de que os próprios comissários passam a receber comissão da empresa quando conseguem empurrar boas vendas para os passageiros.

Quando a classe C sobe ao céu, a ganância do capital é tão vorás que, também lá, acaba explorada. Lamentavelmente.

Pense nisto, enquanto há tempo!
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