Nível de vida de países da Europa atraiu milhares de imigrantes da África, do leste e da Ásia.
Olala,
Em dez dias não é possível fazer uma radiografia de um lugar. Porém, em dez
dias é possível fazer algumas considerações sobre um lugar.
Como relatei anteriormente, tive a oportunidade relâmpago de visitar quatro
países europeus. Na visita fiz questão de conversaqr com as pessoas para
construir um briefing mínimo. Não se trata de um relato científico, mas de impressões
de viagem de um turista.
Passei no Reino Unido, na França, na Itália e na Espanha.
Em todos, a mesma preocupação: qual é o tamanho da crise e quando ela irá
cessar. A Europa dos dias atuais está convulsionada. Empresas estão perdendo
capital, a economia está estagnada, pessoas desempregadas, aumento dos custos
sociais e incertezas.
No Reino Unido, que mantém moeda própria e não aderiu à globalidade do
tratado de Schengen como os demais países da União Europeia, respira-se ainda
um clima de tranquilidade. Com menos inchaço migratório que os países do
Mediterrâneo, ostentam níveis de vida mais elevados.
Na França vi muitos
migrantes,
especialmente africanos e asiáticos, como não tinha visto em 2000 quando passei
por Paris. Este contingente de pessoas fez aumentar a disputa por vagas no
mercado de trabalho preterindo os cidadãos do pais.
Na Itália, a economia está estagnada com as empresas paralisadas e sem
perspectivas de ativação a curto prazo. Cidades do interior sofrem mais e veem
seus profissionais migrarem em busca de melhores dias. A cidade de Seren del
Grappa, me dizia um amigo, não vê obras há dois anos. O clima é de espera
enquanto vê aumentar o número das pessoas que pedem socorro público para
continuar vivendo.
Na Espanha, o desemprego atinge cifras perigosas. O governo, como os demais,
corta benefícios sociais, adia a idade pagar aposentadorias e efetua cortes nos
salários.
Mas, apesar da Europa estar em crise, observa-se que o nível das pessoas tem
melhores condições de superar desafios. A maioria, de classe média, terá
melhores condições de atravessar o turbilhão que se abate sobre as economias
ricas.
Pense nisto, enquanto há tempo.
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