Manifestantes enfrentam autoridades e desafiam governos,
exigindo mudanças.
Olala,
Tenho avaliado com cuidado a crescente manifestação de pessoas nas ruas. De
forma articulada através dos meios sociais, multidões de pessoas, especialmente
jovens, estão enchendo praças e ruas das principais cidades brasileiras em
protestos.
O que há por trás destas manifestações? Há um sentimento de rebeldia contra
a ordem estabelecida que cobra pelo transporte, que vê a corrupção não sendo
punida, que entende como abusivos os gastos com estádios preparando o país para
a Copa, que vê a burocracia cara, que reclama contra o alto custo de vida,
contra a opressão, por reforma política, por liberdades de gênero,...
O país sempre assistiu a manifestações pacíficas. Multidões foram às ruas por
diretas já, pelo
impeachment de Collor, mas tais manifestações, diferentemente
das atuais, foram ordeiras e pacificas. Tínhamos a UNE do Lindbergh Farias e a voz do
Osmar Santos como condutores dos atos.
O que assistimos ultimamente mostra a falta de lideranças e a presença de
massas errantes sem líderes, gerados pelo espontaneísmo que avançam ruas afora e
deixam um rastro de destruição. Ônibus são incediados, carros e vitrines
danificadas, contêineres de lixo chutados e incinerados numa fúria que revela a
insensatez e depõe contra o caráter pacifista dos atos.
Acho que em meio aos atos, há muita gente que, não tendo qualquer identidade
com os projetos de governo, decidem apelar pelas manifestações como meio de
abrir espaço de crescimento. Quanto mais cinzas, mais caos, mais espaço para
crescimento.
Diferentemente das manifestações de países civilizados, onde há negociação
nos protestos, aqui parece difícil a formação de mesas para dialogar porque os
interlocutores estão difusos nas partes envolvidas. Por isso, ainda vamos
demorar para sair do cenário que nos aproxima mais da barbárie do que da
civilização.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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