terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

O Piso do magistério

Reajuste de 8,32% é menor que o valor do aumento de 15% do Fundeb.

Olalá,
Retomo o debate sobre a questão do piso profissional salarial do magistério, já que acaba de sair o índice de 8,32% que eleva o piso para R$ 1.697,39 para uma jornada de 40h e de R$ 848,69 para 20h.

Considerando a inflação do período que chega a 6%, o percentual do piso representa ganho real de 2,32% nos vencimentos.

Mas, o maior problema é gerado nos estados e municípios que possuem vantagens de carreira que amplificam o valor final do vencimento já que o piso é base para os cálculos. Como se sabe, no RS e em outros 21 Estados onde não se cumpre a plenitude da Lei do Piso, restam dívidas em forma de precatório, devidas aos servidores.

O fato de o piso ter valor menor fixado em nível nacional se é um alento para quem não quer mexer na carreira, é, aos mesmo tempo, um dilema para quem não tem carreira e quer ter um vencimento maior no final do mês.

Entendo que a União fez prevalecer o bom senso. Nem os 15% estimados pelo cálculo do crescimento do Fundeb, nem os 6% do INPC.  Já opinei sobre isto.

Continuo insistindo que o debate sobre o piso não pode ser regionalizado. Ele nasceu como um tema nacional visando equilibrar os vencimentos dos professores do país. E, defendo que o tema não seja discutido separadamente do debate nacional sobre carreira e jornada. O tripé piso-carreira-jornada tem que estar no mesmo nível de discussão. E em nível nacional. Sem esta isonomia construída por governos e entidades de classe, não há salvação.

Enquanto o tema for tratado apenas á luz das legislações estaduais ou municipais, não se terá avanços na ideia de se chegar á tão sonhada dignidade profissional do magistério.

Pense nisto, enquanto há tempo.
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