Central reinou única por dez anos, até 1993. |
Olala,
Tenho acompanhado de perto os movimentos da classe trabalhadora em meu país. Desde antes da formação do Partido dos Trabalhadores na década de 80, tive a oportunidade de ser estimulado a resistir a ditadura militar, através de militância nos núcleos de base da Igreja. Reunia com companheiros secretamente em espaços de formação ouvindo Leonardo Boff, José Comblin, Orestes João Stragliotto, Antonio Cecchin, Carlos Mesters, João Batista Libânio, com suas teorias libertadoras.
Havia, na época, um compromisso da Igreja Católica com o compromisso com os pobres, especialmente estimulada pelos documentos papais de Paulo VI que havia visitado Medelín, na Colômbia e convocou os cristãos da América Latina a focar a “opção preferencial pelos pobres”.
Pois, foi alimentado e cevado nestas teorias que fui introduzido nas lutas de classe, tendo a peculiar preferência de representar e defender os interesses da classe trabalhadora. Na dialética de Marx, a sociedade vive em permanente conflito entre os interesses das elite burguesa dominante e os interesses da classe produtiva, os trabalhadores. O embate destas duas frentes produz a vitalidade social evitando a estagnação e o conservadorismo.
Foi nesta lógica que surgiu, em 1983, a Central Única Dos Trabalhadores, três anos após o surgimento do Partido dos Trabalhadores. A ferramenta de luta política foi única até a criação de novas centrais a partir de 1991.
Atualmente a CUT, segundo dados do TEM representa 1/3 dos trabalhadores sindicalizados e há outras nove centrais sindicais. Por isto, não é mais possível dizer que a CUT é a única representante da classe trabalhadora.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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