sábado, 17 de outubro de 2009

A sunga do Suplicy


Depois do cartão vermelho, Suplicy ataca de superhomem servindo como garoto-propaganda para uma rede de tevê


Olala,

Acabo de ler mais uma notícia que ilustra o folclórico político de nosso país. Vem do senado. Trata-se de mais uma informação que certamente ocupará a pauta de nossos senadores durante a semana. Desta vez, aderindo às agenda de um programa de tevê, o senador aceita percorrer os corredores do Senado vestido de Sunga vermelha, igual ao cartão vermelho que já utilizou na tribuna.

Como conhecedor do marketing, não tenho dúvida que o gesto do senador correrá o país e servirá para que mais uma vez o senado seja focado com suas estrepulias.

O episódio, como outros, receberá a censura de seus pares e, invocando o decoro, um senador será chamado a elaborar um parecer que será encaminhado à Comissão de Ética e votado. Certamente o autor da cuecada não será punido. No máximo advertido.

Fatos como este furam a agenda política e viram notícia. Gerados por quem deveria zelar pela seriedade no trato da política, acabam desviando a atenção necessária para o foco de outras importantes questões em debate no Congresso Nacional. É o jogo de cena, o circo romano, o ópio cultivado como método para evitar que a população e seus representantes reflitam sobre temas cruciais como os ligados às pautas política, trabalhista, econômica e social que demandam regulamentação no Congresso.

A soma dos episódios folclóricos e tétricos tornados públicos recentemente envolvendo os senadores, levam a conclusão de que nosso país não necessita de um parlamento bicameral. Temos 83 senadores para dar suporte ao princípio da representação federativa. Mas com tantos atos secretos e obscuros e com tão pouca produtividade útil ao país, ficamos em dúvida se o Senado deveria existir.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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