O voo do filho Fernando. |
Olala,
Não sei como um filho se sente ao concluir um curso superior. Eu tive este raro momento comemorado por três vezes. Dois bacharelados e uma licenciatura. Uma situação rara em meu país e um privilégio.
Cheguei à formatura não por força própria, mas pela ajuda de tantas pessoas que contribuíram para que eu chegasse lá. Com certeza, nem de longe pude agradecer a todos os que me ajudaram a conhecer mais, aprender mais para mais servir durante minha vida ativa.
Hoje, às vésperas da aposentadoria, sinto como foi importante ter apostado no aprendizado escolar como forma de ser alguém mais útil à sociedade. Confesso que o impulso primeiro veio na construção de minha personalidade possibilitado pela convivência familiar e com os amigos mais próximos. A sociedade e o poder público possibilitou que eu pudesse praticar aquilo que aprendi. E. no local onde atuei, senti que fui útil.
Agora, no próximo dia 10 de julho, vou festejar a formatura de um dos meus filhos, o Fernando. Ele fez o caminho de volta do tataravô Francesco, cruzou o Atlântico e foi parar em Edinburgo, na distante Escócia. É no velho continente que ele foi parar em busca de melhores condições de vida e de trabalho. Mas encontrou uma Europa em crise, como tantos outros países. Gradua-se em administração e finanças.
Vou marcar presença na condição de pai porque um pai sempre tem que acompanhar os passos dos filhos. Não para criar barreiras, mas para apoiar e partilhar o voo de quem consegue criar asas e voar. Todo o pai fica feliz quando vê seu filho subindo mais um degrau na vida. Valeu, Fernando, bom voo.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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