sexta-feira, 26 de junho de 2015

Civilização e barbárie


Olala,
Delinquência é produzida socialmente.
Ouvindo hoje os comentaristas políticos da Rádio Gaúcha, percebi que carregaram na crítica à família e à escola, como dois entes sociais responsáveis pela conduta deformada de milhares de pessoas que agem na delinquência.

Comentavam o fato de que no último ano, no RS, a Brigada Militar efetuou mais de 5 mil detenções que levaram os indivíduos à prisão. Alguns indivíduos levados a múltiplas reincidências o que demonstra falhas no sistema penal e carcerário.

Mas, o que me indignou e me motivou a responder - inclusive aos comentaristas por whattapp - foi o fato de que as considerações sobre a violência recaem unicamente sobre a família e a escola.

Defendo que um indivíduo não nasce delinquente, mas se torna delinquente pelo meio social em que vive.

O binômio família/escola não é o único responsável pela degradação dos indivíduos. Devem ser agregados outros dois fatores na responsabilização desta situação: a sociedade e o poder público.

Pois bem, se um indivíduo nasce bom, vai para a escola acumular conhecimento, porque só estes dois ambientes o tornam delinquente. Não. Há que ser responsabilizada a sociedade com suas organizações, que não percebe o crescimento do jovem/adulto como força produtiva para o bem. E, grande parte da delinquência é gerada pelas empresas que não empregam e pela falta de políticas públicas, dos governos nos três níveis, que não geram espaços de inserção qualificada dos cidadãos.

O dia que a família/escola/empresas/governos assumirem pra valer o investimento na criança e no jovem começaremos a colher um aumento da segurança social.

Pedir mais policiais e mais cadeias é um sinal de que a sociedade avança mais no rumo da barbárie e menos na civilização. Pense nisto enquanto há tempo!

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