segunda-feira, 27 de julho de 2015

Linchamentos

Linchamentos revelam falência de órgãos de segurança. 

Olala,
Tem crescido nos últimos dias os casos de linchamentos sumários de pessoas que cometem pequenos delitos. Casos se multiplicam em cidades gaúchas em índices superiores aos da normalidade.
O fato de uma população agir com as próprias mãos tentando implantar um sistema de justiça paralela acusa a enfermidade dos órgãos de segurança e justiça institucionalizados.

O curioso é que o aumento de mortes geradas por linchamentos se dá justamente num momento em que as prisões de delinquentes são afrouxadas e detentos do semiaberto são liberados para as ruas.
Como as cadeias brasileiras, em geral, não são um espaço de ressocialização, fica mais cômodo às autoridades judiciárias e ao aparato carcerário devolver à população os indivíduos que não se adequam á normas e leis.

Nas cidades brasileiras das grandes metrópoles são altos os investimentos em segurança. Toda a pessoa de bem se sente insegura para o trânsito na rua e na residência que necessita ser toda cercada com grades, cercas e monitoramento eletrônicos, cães e câmeras de segurança. Nossas cidades são um atestado vivo da insegurança pública e revelam o tardio estágio civilizatório em que nos encontramos. Aliás, outro sinal de que o risco está nas ruas revela-se no crescente surgimento nos últimos anos de casas comerciais tipo shoppings, totalmente fechadas ou nas habitações em forma de condomínio fechado. Do jeito que a coisa vai, a rua está sendo um território cada vez menos reservado às pessoas livres, numa situação que demonstra a existência de insegurança social.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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sexta-feira, 24 de julho de 2015

Recalls

Recalls são arma das montadoras para atrair consumidores.

Olala,
Não sei se você percebe, mas as montadoras de veículos tem usado uma técnica publicitária muito sutil para trazer os consumidores de volta às revendas. Vez por outra, anunciam um recall nos veículos vendidos, obrigando os consumidores a retornar aos locais de compra ou a oficinas autorizadas para trocar insignificantes componentes dos veículos.
O curioso é que os recalls acontecem somente com veículos de alto padrão, nunca atingindo a frota básica das montadoras.

Tenho desconfiança que o fato de chamar os donos dos veículos de volta às oficinas para trocar uma borracha, um parafuso ou uma porca seja um bem elaborado golpe publicitário e uma estratégia de mercado para atrair as revisões dos veículos às oficinas. Um amigo meu me disse que quando chegou com sua Landroover para t rocar a borracha do teto móvel, como mandava o recall, os mecânicos constataram a necessidade de melhorias como a troca de pneus e do óleo. O que deveria ser uma simples inspeção de um carro novo, tornou-se uma revisão forçada que levou a custos não programados para o dono.

Defendo que toda a montadora que produz veículos seja punida por colocar no mercado produtos que geram defeitos em série. Ou seja, para uma revenda chamar um recall deveria ser punida por ter permitido jogar no mercado um carro com defeito. Afinal, o consumidor merece respeito e, em nome do lucro, a indústria automobilística não pode agir deliberadamente atormentando os consumidores que de boa fé compraram um produto acabado e completo.

O recall é um atestado de incompetência, ainda que ele seja invocado para sinalizar maior segurança para condutores e usuários do bem.
Pense nisto, enquanto há t empo!
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Dogs e Cats

Cães e gatos têm coleira e selo de identificação do dono.

Olala,
Em minha andança pelo Reino Unido tenho percebido a forte relação que os ingleses têm com animais. Especialmente com cães e gatos. Andando pelas ruas e praças das cidades encontra-se muitas pessoas transitando com seu anima de estimação.

Um cão ou um gato faz o papel de conselheiro tranquilizando seu dono (ou dona) e tornando mais tranquila a rotina. Especialmente pessoas solitárias, as vezes idosas, buscam no animal de estimação um amigo fiel e companheiro capaz de preencher os momentos de tédio e de rotina intensa da vida urbana.
Mas, o que mais percebi no comportamento entre animais e pessoas é que os bichinhos são tratados com atenção especial. Não vi nenhum cachorro solto perambulando pelas ruas como se encontra em nossas cidades brasileiras. Na Escócia cada cão é identificado com coleira e um selo que indica o endereço do dono. Se por algum motivo o animal é extraviado os agentes públicos são acionados para devolvê-lo ao dono.

Não percebi também fezes lançadas ao longo das praças porque todo o dono de animal em trânsito nos espaços públicos se faz acompanhar de sacolas para recolher as fezes do animal. O abandono frequente de cães leva a notificações dos proprietários e a multas severas.

Imagino que a relação das pessoas com animais de estimação se torna diferente de país para país. Há culturas, como a chinesa, que se serve de cães e gatos para o preparo de pratos típicos. E, em muitas cidades brasileiras, o cão acompanha moradores de rua para aquecer os donos em noites frias.
São sinais visíveis que manifestam estágios que sinalizam a barbárie ou a civilização.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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O bituqueiro

Servidor designado a juntar baganas jogadas por turistas.

Olala,
Tive a oportunidade de conviver por alguns dias com o povo da Escócia. mais propriamente com a população de Edimburgo, a capital. A Escócia é um dos países vinculados ao Reino Unido e integrante da União Europeia que abriga uma população de 5 milhões de pessoas.

Na última década, o país passou a ser buscado como referência para trabalho e oportunidade de vida.

Andando pelas ruas da capital percebe-se que se está num país de costumes muito diferentes dos cultivados no Brasil.

As pessoas são mais frias, distantes e reservadas. Todos bem vestidos, refletem o semblante de gente que não é castigada pelas agruras de um sol tropical. A população possui estatura alta, cabelos loiros e olhos verdes.

Meu filho, que acaba de  se formar contador, depois de cinco anos no país, conta que as pessoas estranham o tão frequente contato afetivo com beijos, abraços e aperto de mão característicos da população latina.

Nos parques e vias públicas, muitos estrangeiros. Imigrantes ou turistas. Hoje a Escócia possui metade da população jovem formada por asiáticos de países do Sul ou do Leste, muitos evadidos de seus países em decorrência de guerras ou de crises econômicas.

No centro da cidade, nota-se a limpeza ímpar das ruas. Mas, para conservá-las devido aos maus hábitos dos turistas de jogar lixo na rua, existem os "bituqueiros" sempre a postos para recolher as baganas de cigarro jogadas ao longo das vias. Nestes detalhes, nota-se o conceito civilizatório de um povo.
Pense nisto, enquanto há  tempo.
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