Linchamentos revelam falência de órgãos de segurança. |
Olala,
Tem crescido nos últimos dias os casos de linchamentos sumários de pessoas que cometem pequenos delitos. Casos se multiplicam em cidades gaúchas em índices superiores aos da normalidade.
O fato de uma população agir com as próprias mãos tentando implantar um sistema de justiça paralela acusa a enfermidade dos órgãos de segurança e justiça institucionalizados.
O curioso é que o aumento de mortes geradas por linchamentos se dá justamente num momento em que as prisões de delinquentes são afrouxadas e detentos do semiaberto são liberados para as ruas.
Como as cadeias brasileiras, em geral, não são um espaço de ressocialização, fica mais cômodo às autoridades judiciárias e ao aparato carcerário devolver à população os indivíduos que não se adequam á normas e leis.
Nas cidades brasileiras das grandes metrópoles são altos os investimentos em segurança. Toda a pessoa de bem se sente insegura para o trânsito na rua e na residência que necessita ser toda cercada com grades, cercas e monitoramento eletrônicos, cães e câmeras de segurança. Nossas cidades são um atestado vivo da insegurança pública e revelam o tardio estágio civilizatório em que nos encontramos. Aliás, outro sinal de que o risco está nas ruas revela-se no crescente surgimento nos últimos anos de casas comerciais tipo shoppings, totalmente fechadas ou nas habitações em forma de condomínio fechado. Do jeito que a coisa vai, a rua está sendo um território cada vez menos reservado às pessoas livres, numa situação que demonstra a existência de insegurança social.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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