quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Trem livre

Trem circula entre carros e  ônibus em Edimburgo.

Olala
Alguns símbolos públicos revelam se uma coletividade está ou não segura. A segurança é, ao mesmo tempo, uma sensação formada a partir de imagens e fatos vividos quotidianamente pela pessoa.

Quando um indivíduo vai no serviço e ouve os colegas falarem de assaltos, quando se vai para casa ao término de uma jornada e, ligando a TV, se busca relaxar, mas encontra um desfile de atrocidades noticiadas, quando se observa que os carros estacionados nas vias públicas portam sensores que piscam, quando se olha as casas todas postas em condomínios fechados e murados, protegidos por cercas eletrônicas, cães e câmeras de vídeo... atesta-se que estamos num ambiente inseguro.

Reproduzo, nesta coluna, uma imagem colhida noutro ambiente distante daqui. Ela é de uma cidade do norte da Europa, Edimburgo, com quase 500 mil habitantes. Nela, como em outras cidades, pude constatar a sensação de segurança.

Tomo como exemplo, o espaço do trem que circula pelo centro da cidade. Só se percebe a existência do serviço ao constatar a aproximação do veículo movido a eletricidade, se aproxima. Não há qualquer cerca ou proteção que delimite o trajeto feito pelo trem sobre os trilhos nas vias da cidade.  A rede de ônibus conhecidos como double deker e taxis se encarrega de captar o transbordo de usuários nas viagens curtas.

As pessoas portam um cartão para ter acesso ao trem. E o passaporte intransferível é o salvo conduto do usuário. Vez por outra, por amostragem, um fiscal confere se o passageiro está munido de cartão. Se estiver sem bilhete, fica impedido de utilizar, por um tempo, o serviço. Há o respeito às normas.
Sinal de pessoas educadas.
Pense nisto, enquanto há tempo.
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