quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Cercamento da Redenção


Olala,
Ideia de cercamento revela insegurança na cidade. 

Vez por outra surge a discussão sobre cercamento de praças, monumentos e bens públicos.

Em Porto Alegre, a cidade que me acolhe debate sobre a conveniência de cercar ou não o Parque da Redenção ou Parque Farroupilha. Uma vasta área de quatro hectares fortemente arborizada, com lago, área central com espelho d'água artificial, chafariz, jardins temáticos, espaço para caminhadas. Há também em parte do parque, o auditório Araújo Vianna, quadras de esporte, parques de brinquedos, sanitários e uma área comercial.

O parque quase bicentenário,  é ladeado por vias movimentadas como a João Pessoa e a Osvaldo Aranha e na José Bonifácio a cidade se encontra nos finais de semana com as feitas agroecológica nos sábados e o Brique aos domingos. Não há um só porto alegrense que não vá ao local ao menos uma vez por mês.

A discussão sobre o cercamento de uma praça revela o clima de insegurança pública vivido pela coletividade. O clima de falta de segurança é reforçado pela fala do prefeito da cidade que reivindica a presença da Força Nacional de Segurança Pública para auxiliar a Brigada Militar no serviço de policiamento ostensivo na capital.

Governos e sociedade têm que trabalhar com ações que afastem a criação de cercas e muros. Uma sociedade se declara livre não pelos conceitos mas pela liberdade de ir e vir nos espaços. E mais do que isso, pelas imagens de pessoas consideradas cidadãos. As cercas conotam a presença de indivíduos carentes e excluídos.
Pense nisto, enquanto há tempo.
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