terça-feira, 16 de março de 2010
Filhos para o mundo
O desafio maior dos pais é o de preparar os filhos para que sejam cidadãos do mundo.
Olala,
Dá um nó na garganta e os olhos lacrimejam quando se quer falar sobre partidas. Especialmente quando as partidas são de pessoas que se ama, pessoas próximas e queridas da gente. A partida sempre gera emoção. Não tem como um pai ou uma mãe não se emocionar toda a vez que um filho sai de casa para seguir seu destino. A vida é feita de partidas.
Quando a gente casa, sempre sonha em ser eternamente feliz. Os filhos vêm e fazem a alegria da gente. Eles crescem e a gente envelhece com eles. Eles, sedentos por ganhar e conquistar o mundo e a gente correndo para se consolidar como referência positiva. A gente malha diariamente visando suprir a família de condições. Todos se ajudam repassando valores e estrutura para que cada um siga seu caminho.
O tempo passa, os filhos crescem e, pouco a pouco, eles vão moldando seus sonhos e construindo a liberdade. A gente fica feliz em perceber que eles passam a caminhar e a decidir com independência. Tomam decisões, às vezes estranhas aos nossos olhos, mas determinadas e convictas.
Temos dois filhos: o Tiago e o Fernando. O Ti e o Nando, como chamamos na intimidade. Duas ricas pessoas que orgulham nossa família.
O Tiago, 23 anos, administrador formado, atua em empresa intenacional de consultoria em São Paulo, para onde foi residir. O Fernando, 19 anos, partiu para buscar um aperfeiçoamento em inglês, na Europa. Com passaporte italiano na mão, embarcou na terça (16.3) em Porto Alegre para desembarcar às 9h de quarta (17.3) em Edinburg, na Escócia. Diz que vai aprender o inglês que não conseguiria aperfeiçoar aqui pagando valores elevados em escolas de língua. Quer ter o inglês afiado para escolher bem a universidade. Tem idade para isto.
É o mundo que gira para quem tem condições de se mover nele. Nesta aldeia global, onde as distâncias e oportunidades são modernamente encurtadas, todos somos cidadãos do mundo. Ainda bem que inventaram esta poderosa máquina chamada internet que dá para a gente se comunicar e matar a saudade. Embora reconheçamos que nada substitui o calor de um abraço ou um beijo de quem amamos.
Que bom que a gente sente saudades de quem parte. Domar a saudade é parte do desafio da existência.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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Um comentário:
ahhh, que linda demonstração de afeto, caro Somma.
feliz família!
abraço
:)
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