domingo, 22 de maio de 2011

CPERS


Cpers tem eleição dia 28 de junho.

Olala,
Na condição de professor da rede pública estadual concursado tenho a felicidade de integrar uma categoria de pessoas que tem entidade de classe. Poucos servidores, dos muitos que atuam no serviço público, têm carreira. E, muitos com vínculos precarizados estão sem carreira, acabam não entendendo bem a importância de se associar ao sindicato da classe.

Desde a Consitituição de 1988, os servidores públicos podem constituir sindicatos. O Cpers-sindicato é a entidade de representação dos professores e funcionários que atuam nas escolas públicas estaduais. Há cerca de 83 mil associados, uma das maiores bases sindicais desta categoria no Brasil. Somente a Apeoesp tem cadastrados mais associados do que o Cpers.

De três em três anos ocorrem eleições na entidade. Em 28 de junho próximo se dará mais uma eleição. Tudo indica que haverá três chapas. Uma representando a atual direção, com Rejane de Oliveira disputando a reeleição, outra chapa com Simone Goldschmidt e outra com a tradicional representação do movimento Pó-de-Giz.

Embora esteja afastado do sindicato e atuando hoje na esfera governamental, julgo que o associado deverá avaliar o comportamento e a construção histórica feita pelo sindicato no momento de definir seu voto.

Entendo que todo o sindicato, como instância de representação de classe trabalhadora, deve garantir a autonomia e a independência como princípio para se fortalecer na permanente mobilização da categoria. Não interessa à classe trabalhadora que os sindicatos sejam atrelados aos governos. Quando isto acontece, os próprios governos passam a ser enfraquecidos. Se os sindicatos são chapa-branca, ou seja, se são adesistas e fundem seus interesses com os dos governos, perde o governo e perde a classe trabalhadora.

Por isso, é preciso manter os sindicatos combativos, vivos e vigilantes, para garantir que a luta de classes preconizada por Marx continue ativa. Onde isto não acontece, os avanços são menores.
Pense nisto, enquanto há tempo.
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