terça-feira, 19 de agosto de 2014

Sentimento de perda

Somente um pai presente gera imagens como a do filho de Eduardo Campos.

Olalá,
Não sei se dá para medir, mas fica visível que quando uma família está unida, o sentimento de perda de um dos membros gera situações comoventes.

Na última semana assistimos à partida prematura do Eduardo Campos, esposo e pai de cinco filhos, numa escala de dois a vinte anos.

Foi dolorido ver os filhos do militante político esperar pela angustiante chegada do pai depois do acidente aéreo onde pereceram também outras seis pessoas.

Deu para perceber que, talvez pela condição econômica e pela necessidade de preservar a herança política do neto de Miguel Arraes, a família de Eduardo Campos tenha  se beneficiado de condições de vida e emprego, como poucas famílias.

Mas, há um sentimento que não discrimina pessoas quando um ente querido se vai. A morte reduz os sentimentos à humildade da condição humana e nos faz iguais na dor.
Pude captar a serenidade e o semblante triste, mas não desesperador, de um filho de Eduardo no momento em que, rente ao caixão onde estão restos do pai, estende os braços e por momentos deseja perpetuar seu calor.

Somente um pai que marcou a vida de um filho é capaz de um gesto tão simples e, ao mesmo tempo, tão profundo que registra a partida de alguém que marcou a vida de um filho. Senti orgulho daquele gesto porque revelou um sentimento que deveria ser comum entre humanos.

Não tenho dúvidas, que se teve abreviada a  carreira política, Eduardo Campos deixou um legado que orgulha quem ainda acredita no valor da família.
Pense nisto, enquanto há tempo!
.

Nenhum comentário:

Postar um comentário