domingo, 2 de maio de 2010

1º de Maio


Ato diante da secretaria da saúde chamou atenção dos desvios de recursos pelos governos municipal e estadual.


Olala,
Tenho participado das atividades de 1º de Maio na capital promovidas pela CUT e CGTB. Na sexta-feira, 30, os trabalhadores concluíram uma vigília em frente às entidades de representação empresarial chamando atenção para a necessidade de implantação, no país, das 40 horas semanais de trabalho. Depois, uma caminhada percorreu o centro, passando pelo Palácio Piratini de Yeda e concluíndo no prédio da Secretaria Municipal de Saúde da Capital.
No dia 1º, sábado, um ato no Parque da Redenção, conclui as comemorações do Primeiro de maio.

Não foram atos massivos. Apenas uma pequena parte dos trabalhadores se fez presente.

Sei que, neste domingo, a Força Sindical que neste ano buscou colar sua atividade na Igreja, realizando uma missa com o Pe. Zezinho e a presença do Arcebispo de Porto Alegre, também não teve sucesso de público nos atos de 1º de maio.

A CTB realizou ato em Caxias e também não reuniu muita gente.

Avaliando as fracas manifestações do 1º de maio no RS, é possível fazer algumas considerações:
1. As centrais sindicais, divididas, não tem poder de mobilização popular;
2. Os trabalhadores têm dificuldade de se sentir categoria e, como tal, classe trabalhadora. Sentem-se empregados.
3. A falta de lutas unificadas entre as centrais dificulta a motivação para os atos;
4. O profissionalismo dos dirigentes, encastelados nas entidades, perderam contato com as bases e seu convite já não mobiliza as bases;
5. Atos em ano eleitoral ficam enfraquecidos pelas contaminação político-partidáia;
6. Há aqueles que acreditam que só se justificam mobilizações de trabalhadores quando estes tem reivindicações fortes a fazer. No Brasil, o governo Lula favoreceu os trabalhadores com programas sociais e, como tal, desaparecem os motivos para lutar. É nos momentos de angústia que a classe trabalhadora se manifesta.

Prefiro achar que o marasmo e a conformidade de dirigentes e trabalhadores é resultado da política neoliberal semeada há anos no Brasil que cada vez mais faz o indivíduo se afastar da luta coletiva para ingressar nas alternativas individuais.
Será o triunfo do individualismo sobre o solidarismo?
Pensem nisto enquanto há tempo!
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