domingo, 31 de outubro de 2010

Tiririca e a soberania


Humorista Tiririca foi o deputado mais votado na eleição de 2010.

Olala,
Faz três décadas que o país vive a abertura política e conquistou a democracia. Conquistamos o direito de votar desde prefeito a presidente. O eleitor pode usar a urna, a cada dois anos, para decidir quem integra os poderes Executivo e Legislativo para governar o Estado. Somente o Judiciário ainda convive com a legalidade mas está despido de legitimidade pois não passa pelo crivo das urnas.

Das urnas emana a soberania. O povo tem poder e ganha força para dar sua versão sobre a prática política que quer ver aplicada no país.

Então, no eleitor está a soberania do voto. Qualquer tentativa de destruir esta soberania será vista como um atentado à democracia.

Há dias, os edis juízes do TSE de São Paulo, que não passaram pelo crivo popular, anunciaram o desejo de impedir a diplomação do deputado federal Francisco Everardo Oliveira Silva, o popular Tiririca. O humorista foi o deputado mais votado do país com 1,3 milhões de votos, carregando consigo mais três deputados. Ele integrou a coligação Juntos por São Paulo (PR/PT/PRB/PCdoB/PtdoB)e levou consigo, na carona, outros quatro deputados.

A tentativa de cercear o direito de mandato de Tiririca expressa a vontade de não respeitar a democracia. Não acredito que tenham êxito as tentativas de impedir que se anule o desejo do eleitor. Ao longo da história, urna tem sido soberana para garantir personagens como Clodovil, Juruna, Timóteo e tantos outros.

Tiritica pode ter sido um voto debochado de desprezo mas foi um voto legítimo. Foi a mesma soberania que 20 milhões de eleitores encontraram para votar em Marina Silva e outros tantos votaram em branco ou anularam o voto. E seria um absurdo se os juízes, que não passam pelo crivo da legitimidade popular, resolverem atentar contra a democracia e cassarem a diplomação de Tiririca. Não acredito que isto vá acontece.
Pense nisto, enquanto há tempo.
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