Atraso de salário leva funcionalismo a decretar greve. |
Olala,
O governador do Rio Grande do Sul José Ivo Sartori sentou na cadeira do governo alimentando a expectativa de um governo que viria para o palácio sem propostas definidas. Incrivelmente se elegeu tendo como proposta uma não proposta. Os seus adversários ocuparam o tempo expondo ideias concretas, mas não lograram êxito e o candidato sem proposta venceu a eleição.
Quando pediam para verbalizar o que iria fazer no governo, Sartori remetia a fala à gestão municipal onde, segundo ele, elegeu-se sem prometer e fez.
Aliás, alguma s afirmações foram feitas na campanha. Uma delas dizia que não aumentaria impostos. Que reforçaria a segurança pública e manteria as boas políticas em curso.
Eleito, Sartori tomou conhecimento da realidade do Estado e traçou uma tese: o Estado está quebrado. Para consolidar a tese, passou os primeiros meses viajando para o interior ao invés de cruzar fronteiras em busca de recursos para investimentos.
Aí veio a crise internacional, que atinge todos os países, inclusive o Brasil. O RS, como outros estados e municípios, deve à União e, se não honrar a renegociação, tem as contas bloqueadas. Sem perspectivas e em crise, Sartori viu também o ICMS minguar. Como consequência, atrasou o pagamento da folha enfurecendo o funcionalismo que revidou com greve.
Tenho por mim que o governador Sartori, como filósofo de formação, está jogando com a opinião pública. Quer disseminar um clima de terra arrasada para facilitar a venda de empresas públicas e obter aval do Legislativo para aumentar o ICMS. Com estas medidas, ele irá ter fôlego para levar o governo até os últimos dias. Pense nisto, enquanto há tempo.
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