segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Elton, morto pela Brigada


Polícia militar gaúcha usa armas proibidas durante desepejos, como no último fim de semana onde um sem-terra morreu baleado por Espingarda calibre 12

Olala,

Um governo frágil é conhecido pelas arbitrariedades que cometecontra a cidadania. Na último sexta, 21.8, a força pública gaúcha, atendendo a um pedido da Justiça, decide realizar um despejo na Fazenda Southall, ocupada por 180 pessoas, a maioria famílias sem-terra que pressionam o govenro por assentamento.

A fazenda se localiza há alguns quilômetros de São Gabriel e já foi ocupada várias vezes. É simbolo de resistência e de contestação devido ao cálculo de produtividade. O MST e o Incra diz que é improdutiva e os fazendeiros contestam os dados.

Pois bem, a Brigada Militar executa mais um plano de desocupação da área. Desta vez, recruta cerca de 500 homens e ruma de madrugada para surpreender os ocupantes da fazenda. Os policiis adentram as terras de um assentamento que faz divisa com a Southall e surpreendem os sem-terra ao amanhecer. O tumulto gera uma resistência, mas a força pública é superior e rende os ocupantes.

No conflito, a Polícia militar gaúcha, já não porta apenas escudos, cassetetes ou armas com balas de borracha como manda a lei, mas inclui, nas ações de despejo, armas letais. Armas de grosso calibre como espingardas calibre 12, estão entre o arsenal da Brigada. Nos efetivos armados, soldados cumprem ordens. E ordens apontam para os disparos contra os ocupantes.

No tiroteio, o sem-terra Elton Brum da Silva, 44 anos, casado e pai de duas crianças, recebe um tiro pelas costas. Socorrido chega morto ao hospital da cidade.

Mais uma vítima da luta pela terra. Justamente exatos 19 anos da morte de um soldado a golpe de foice durante conflito no centro da capital gaúcha. Na época a vítima da Brigada virou mártir e recebeu monumento em praça da capital. Agora, se houver equidade, nova praça deve lembrar o sem-terra morto. É uma forma de lembrar os gaúchos de que, neste Estado, os conflitos sociais ainda fazem vítimas.
Pense nisto, enquanto há tempo.
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Há exatos 18 anos, em agosto de 1990, um grupo de

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