sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Greve do serviço público estadual


Cpers decidiram pela greve a partir do dia 15 de dezembro.

Olala,
Várias categorias de servidores tomaram a decisão de unificar a luta contra o desmonte das carreiras patrocinado pelo governo Yeda. Depois de três tentativas frustradas de aprovar pacotes na Assembléia, a governadora encaminhou um conjunto de projetos de lei que mexem radicalmente com as carreiras de Estado. Entre os projetos está uma alteração da Constituição que acaba com as vantagens por tempo de serviço, a criação de um teto salarial como referência fixado em R$ 1.500,00 para professores com 40h, o fim da licença prêmio, o congelamento de salários com a vinculação de reajustes baseados no superávit de impostos, a extinção do Plano de Carreira do Magistério, entre outros.

Estes projetos tramitam na Assembleia e dia 15.12 vencem os 30 dias, o que habilita que os deputados votem. As medidas atendem às demandas feitas pelo Banco Mundial que condicionou à aprovação das medidas para liberar um empréstimo de US$ 1,1 bi, em duas etapas. Metade da verba Yeda recebeu e a outra metade depende da aprovação dos projetos.

Nunca aconteceu que os servidores tiveram que apelar para uma greve no final do ano, às vésperas do Natal. Esta situação foi provocada porque o governo está apostando no suporte parlamentar da bancada de apoio na Assembleia para consolidar o pacote de maldades contra os servidores. Veja o parecer jurídico sobre os projetos.

Agora é tudo ou nada. Se conseguirmos barrar o pacote, Yeda não terá mais tempo para encaminhar as medidas, já que o ano eleitoral impede aprovação de projetos que tenham repercussão financeira repassada para o governo do sucessor. É por isso que os servidores públicos estaduais, unificados, decidiram enfrentar Yeda e os deputados governistas. O que está em jogo é a sobrevivência do serviço público no Estado. E Yeda sabe que, com seus deputados está jogando a última cartada. Afinal,como diz o provérbio do francês Montaigne, quem está à beira de um precipício só há uma maneira de andar para a frente: é dar um passo atrás.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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