quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Piratini joga com servidores


Professores acampados na praça pressionam deputados a não aprovar projetos de YedaOlala,
Ninguém de sã consciência admite que o governo Yeda tem respeito com os servidores.

O processo de votação dos projetos do funcionalismo na Assembleia revela uma artimanha própria dos déspotas investidos de poder.

Imagine que todos os governos sempre têm uma base de apoio no Parlamento. No caso da Yeda, elegeu-se com um leque amplo de partidos que lhe deu maioria parlamentar ao longo do mandato. Mas, curiosamente, a maioria parlamentar, a um ano antes da eleição acaba balançando. Obriga os articuladores do governo a realizar acrobacias políticas visando garantir a sustentação do apoio na Assembleia.

Yeda acredita que a Assembleia é o local onde passa a sustentação de seu governo no ano final de mandato.

mas, o fato de ter adiado em três vezes consecutivas a votação de matérias encaminhadas pelo Executivo à Assembleia, revela que a base de sustentação não tão monolítica como parecia. Uma coisa parece certa: a governadora está jogando com a resistência dos servidores. Acampados na Praça da Matriz os servidores não vão arredar o pé, até ver o resultado da votação na Assembleia. Querem conferir o voto dos deputados olho-no-olho.

Depois de três tentativas, com retirada de quorum de parte da base aliada, os projetos podem entrar em votação na terça, último dia da legislatura ordinária, ou na quarta, com chamada extraordinária do Executivo, que daria um rendimento extra aos deputados.

E os deputados sabem que o voto contrário aos interesses do funcionalismo pode revelar uma derrota antecipada da eleição que acontece em 3 de outubro do ano que vem.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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