terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Uma carta suicida


Pode ser difícil, mas o maior desafio do ser humano é acreditar que vale a pena lutar pela vida.

Olala,
Li alguns trechos da carta escrita e deixada pela artiz Leila Lopes, 50 anos, encontrada morta no início do mês, em seu apartamento, no centro de São Paulo.

Achei um desserviço à humanidade revelar publicamente as razões do suicídio da atriz. Polêmica a mensagem revela algo que a modernidade deixou de prezar: o valor da vida.

Não se pode achar normal que uma pessoa, aos 50 anos, tenha concluído seus objetivos de vida e encontre na morte a saída para seus projetos. É uma covardia fugir da vida desta maneira.

Pensar que a escolha por uma existência se dá sobre milhões de possibilidades e, de repente, o fim na escolha trágica se dá tão solitariamente. A cabeça de uma pessoa que acaba buscando esta saída deve estar em parafuso, anormal, doente.

O mais estranho é que familiares da vítima acabam revelando á imprensa o conteúdo trágico e as justificativas de alguém que manifestou fraquezas na vida.

Somos feitos para viver, para resistir á toda a tentativa de abreviação da vida. Lutamos incessantemente para não ser atingidos pelas moléstias abundantes e tentadoras. Mas, sinceramente não podemos aceitar como normais as razões de um suicida. Elas são anormais, doentias.

Todos devemos admirar e prezar o curto espaço de tempo que temos à disposição da existência. Fazer com que seja o mais útil possível. O tempo só existe para quem vive. Eu quero sempre lutar e ter razões para viver.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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