terça-feira, 2 de setembro de 2014

O efeito Marina

Marina ou Dilma, Dilma ou Marina?
Olala,
- O que está levando o eleitor brasileiro preferir Marina em vez de Dilma?

Embora estejamos a um mês da eleição, me arrisco a analisar o quadro eleitoral que está levando temos aos marqueteiros.

Tenho escrito anteriormente que o que se verifica nas eleições no país é um sentimento que nasce mais da emoção e menos da razão.

O fato de repentinamente o eleitor depositar a confiança em Marina revela uma vontade de mudar a política e aspirar um novo momento econômico. marina é empurrada para cima sobre o descontentamento gerado pela incerteza na economia que se apresenta em situação de recessão. O próprio governo, através de seus gestores e dados, atestam que estamos abrindo momentos de crise e dificuldades para o país.

Pesa sobre o governo Dilma o mesmo que aconteceu em Porto Alegre quando o PT governou por 16 anos a cidade. Um partido que permanece por três gestões à testa do governo sobre inevitável desgaste.

O PT é também contaminado nas últimas eleições pelo efeito gerado pelo Mensalão que continua como bandeira da oposição para impedir que o partido continue avançando no poder.

O eleitor brasileiro é um ser pouco engajado na luta política. Ele aparece publicamente porque o voto é obrigatório. Como não há tradição de participação democrática, os candidatos procuram o eleitor somente a cada eleição. Esta despolitização contribui para alimentar a volatilidade e instabilidade do eleitorado que oscila toda a vez que um fato novo surge.

Nossa política é frágil. Não temos reforma e os candidatos se obrigam a mendigar recursos privados para financiar as campanhas. Os fundos partidários não suportam os gastos e a corrida é sempre desigual. Há uma infinidade de siglas que funcionam como barganha visando fatias do poder. Com 32 partidos é impossível haver programas tão distintos.

A consequência desta situação é que cada vez menos surge a identidade partidária. Os partidos tornam-se camaleões da situação e mudam suas configurações programáticas com a chegada ao poder. E, sem fortalecimento partidário, as pessoas tendem a votar cada vez mais em pessoas e não em partidos ou programas.

Neste contexto situam-se a atual disputa nacional.

Pense nisto, enquanto há tempo!

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