Siglas diferentes, programas similares. |
Tenho percebido que alguns candidatos se apoiam em campanhas que escondem o partido. Nos manifestos e propagandas, preferem literalmente esconder o partido ao qual estão filiados.
Esta
estratégia acaba desacreditando a construção partidária e tenta fugir da
vinculação do candidato para este ou aquele partido.
Por que
isto acontece? Já escrevi que a estrutura partidária brasileira é
excessivamente inchada, formada por 32 partidos, mas que acabam se escondendo
no momento da eleição.
Numa
campanha eleitoral vale tudo para sensibilizar o eleitor.
Como a
imagem dos partidos, em geral, não é confiável, as candidaturas procuram
esconder os partidos e apostam em clichês
novos centrados nas pessoas. Uma tática que, em geral dá certo, num tempo em que
os partidos sofrem descrédito popular.
Mas, para
onde caminham as táticas que enfraquecem os partidos?
Tenho
comigo que as grandes democracias sempre são assentadas em partidos fortes.
Poucos e representativos. A pluralidade partidária confunde, atrapalha, ofusca
a mente do eleitor. Ele fica anestesiado com tantas siglas e, como em geral, não
possui formação política, não sabe diferenciar o que muda de um PP para um
PSol. Devido aos escândalos que se processam no país, o eleitor tende a
generalizar todos os partidos e a descrê-los como alternativa política.
Neste
cenário, crescem os aventureiros, os personalistas, os nacionalistas ou aqueles
que sabem vender imagens de uma política cada vez mais desarticulada dos
partidos. São fórmulas que se bem servem para chegar ao poder, apresentam
deficiências na hora de negociar e flexionar princípios programáticos. Todos
querem a boa política, mas será que ela é possível sem o fortalecimento dos
partidos?
Pense
nisto, enquanto há tempo.
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