quinta-feira, 31 de março de 2016
Fui sorteado
Olala,
Acabei sorteado. Foi na tarde de ontem em plena via pública e à luz do dia. Estava a caminho da palestra do Ciro Gomes na UFRGS.
Andando a passos largos pois estava quase atrasado, o punguista encostou ao meu lado, pegou n meu braço e lascou:
- Uma informação?!
E mostrando uma arma no bolso, afirmou:
- É um assalto. Fique tranquilo e passe a carteira e o celular.
Adivinha qual minha reação?
Em fração de segundos, estava consolidada mais uma ocorrência de assalto a mão armada em pleno centro da capital.
Fico me perguntando se tivesse reagido. O punguista até não era tão porrudo. Mas, confesso, diante de uma arma, não há reação. É por casos como este que defendi o fim do desarmamento. Armas só podem estar nas mãos de policiais.
Não sei o que teria acontecido se tivesse reagido. É bem provável que eu não estivesse aqui escrevendo estas linhas. Ou, quem sabe estaria sequelado num leito de hospital. Ou, numa hipótese distante, teria chamado atenção de populares e despertado em algum lugar perdido algum segurança para prender o elemento.
A propósito, depois de ser roubado, percorri várias ruas do centro mas não vi nenhum policial militar em serviço.
Ao registrar a ocorrência, deparei com o relato de uma universitária também efetuando registro semelhante. Perguntei ao escrivão que registrou a ocorrência se o B.O. bateria no sistema integrado de segurança. Ele me disse que o registro é uma precaução da pessoa e um registro que fica reservado ao distrito policial. Ou seja, como a competência de garantir segurança nas ruas é da Brigada Militar, é previsível que o meu registro apenas ajude a compor mais um dado numa triste estatística da violência urbana que atinge a capital gaúcha.
Pense nisto, enquanto há tempo.
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