segunda-feira, 2 de maio de 2016
Esquivel, Nobel da Paz
Olala,
Não são muitas as pessoas que tem a felicidade de poder trocar impressões com uma pessoa sábia como Adolfo Péres Esquivel. Ele esteve mais uma vez no Brasil, desta vez alertando os brasileiros sobre os riscos de termos a nossa democracia ferida. Ele esteve com a presidente Dilma Rousself, com políticos, atos e encontros que reafirmaram suas ideias.
Argentino, é o único Prêmio Nobel da Paz oriundo da América Latina obtendo a láurea em 1980.
A pregação de Esquivel está voltada para a defesa dos Direitos Humanos. Ele defende que a democracia não subsiste se os direitos humanos fundamentais forem violados. A democracia só existe com a garantia de direitos assegurada pela cidadania. Ele explicou que quando os povos são privados de ter casa, comida, escola, atendimento à saúde, previdência, segurança, a democracia é enfraquecida.
Ele disse que estes direitos têm relação com as políticas governamentais que podem ser mais democráticas ou mais neoliberais. O Neoliberalismo quer direitos consagrados para as minorias e a democracia quer direitos para todos.
Esquivel citou casos de governos nacionais como o de Honduras e Paraguai que sofreram interrupção de forma brusca, com os governos entregues aos neoliberais. Lá, depois do golpe, avançou a repressão às mulheres, à imprensa e aos movimentos sociais.
Sobre a situação vivenciada no Brasil, ele disse que o país corre risco de sofrer um golpe brando, se a presidente for destituída pela via indireta do parlamento. Disse que a soberania nacional tem que respeitar a via do voto como caminho para mudanças. Lembrou que onde as regras democráticas foram rompidas, o povo especialmente os mais pobres, passaram a sofrer mais depois das mudanças.
Ele defendeu também as instituições democráticas de Estado, chamando atenção para o aparato do Judiciário que não sofre controle social e, embora seja legal, não é legítimo. Disse que esta condição leva membros deste poder a tomar decisões injustas, que atentam contra os princípios democráticos.
O que acontecerá no Brasil, ainda saberemos. Esquivel na sabedoria de seus 84 anos, nos advertiu.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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