sábado, 5 de junho de 2010
Etanol no RS
Gestores do etanol no RS convenceram agricultores a plantar mamona para produzir etanol. Mas, cadê o produto?
Olala,
Há cinco anos que o governo Lula anunciou a redenção da produção brasileira de combustível limpo a partir do Etanol.
Nos últimos anos, o Brasil se desenvolveu e com ele veio a demanda por energia. Forma construídas hidrelétricas - abundantes no Brasil - estações eólicas foram levantadas, e uma infinidade de outras alternativas baseadas na energia limpa foram buscadas no país. Cana, carvão, madeira, milho, soja, mamona...
No Rio Grande do Sul surgiram os defensores do etanol a partir da mamona. O governo federal autorizou recursos para investimentos a fundo perdido, nesta alternativa energética. Isto aconteceu há quatro anos. Agricultores da Região Celeiro foram convencidos a plantar mamona. Muitos trocaram as terras da soja para a nova e exótica planta. Enquanto isto, mentores dos projetos foram construindo galpões e escritórios, verdadeiras estações para "administrar" os recursos. Tudo feito na boa intenção. Comenta-se que o Governo Federal investiu cerca de R$ 2 milhões na tacada inicial.
Mas, sem o devido planejamento, veio a primeira colheita. Os agricultores achavam que as colheitadeiras sacar as frutas secas do pé de mamona. Ledo engano: as sementes necessitam ser colhidas alternadamente e é preciso a ação de mão-de-obra treinada. Resultado: não havia pessoas dispostas a trabalhar na safra da mamona. Foi, então, que o "exército de reserva dos assentamentos" foi buscado para colher a safra.
As sementes da mamona foram colhidas e depositadas em silos. Mas, aí era necessário armazenamento em condições. Sem infraestrutura para a transformação das sementes, as mesmas foram remetidas para unidades fora do Estado. As informações são confusas, mas dão conta de que a primeira safra de mamona no Estado evaporou sem gerar lucro para os agricultores.
Seria importante que, para contestar estas informações, os gestores dos projetos do etano no Estado, aparecessem publicamente para mostrar a viabilidade deste empreendimento. Três anos após a primeira colheita, foi-se o dinheiro e restam dúvidas sobre o resultado do empreendimento. Espera-se que não se repita o mesmo que ocorreu com o projeto do Proálcool.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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