domingo, 26 de setembro de 2010
Candidatos da Mídia
Eleitor tem que tomar cuidado com candidatos fabricados pela Mídia.
Olala,
Tenho observado e escrito sobre a influência do quarto poder, a Mídia, na democracia. Acredito que a Mídia tem mais poder político que os outros três poderes de Estado (Executivo, Legislativo e Judiciário). Desde que se propagou com o rádio, a tevê e agora as mídias associadas à internet, a Mídia tem provocado uma mudança nos métodos e estratégias de quem pretende servir à democracia.
É, talvez, por isto, que muitos políticos, através de suas famílias, têm obtido concessões de canais de rádio ou tevê, tendo aí, um poderoso espaço para semear idéias.
A Mídia no Brasil sempre esteve associada aos interesses das elites, lucrou e fez da atividade uma forma de obter dinheiro como qualquer outra mercadoria. Aqui, diferentemente das demais democracias, a Mídia tem sido espaço para enriquecer e não para prestar serviço gratuito. É por isso que o liberalismo econômico associado ao governo central concentrou os canais em poucos grupos que ganham dinheiro explorando o serviço.
Por trás dos grandes grupos estão pessoas, estão políticos. Vez por outra surgem os surpreendentes candiatos como novidade produzida pela mídia. E obtém sucesso.
No Rio Grande do Sul, temos os fenômenos produzidos pela mídia. Em geral, duram apenas um ou dois mandatos porque não resistem à dinâmica imposta pelas relações estabelecidas pelo parlamento. Entram facilmente, mas perdendo o canal, acabam desistindo de concorrer.
Lembram da Maria do Carmo (PP), do Sérgio Jokymann(PDT), do Adroaldo Streck(PP? O Blog do jornalista Weissheimer cita outros: Cândido Norberto (Ex-PL), Paulo Santana (Ex-ARENA e PDT), Mendes Ribeiro (Ex-PMDB), Daudt (Ex-PMDB), Ruy Carlos Ostermann (Ex-PMDB), Roberto Brauner (ex-PTB, PMDB), Paulo Borges (DEM), Sérgio Zambiasi (PTB), Todos, todos eles, utilizaram-se do espaço de uma concessão pública para fazer proselitismo político/partidário.
Agora a novidade produzida pela Mídia chama-se Ana Amélia. O estrago que candidatos fabricados pela mídia fazem é enorme. Escrevo hoje para alertar: não se surpreendam se, uma vez eleita, daqui a oito anos, esta senhora não aparecer em público para dizer que política não é seu chão, a exemplo do que afirmou, o outro senador que os gaúchos colocaram em Brasília há oito anos e que, findo o mandato, pindurou as chuteiras dizendo que se decepcionou com a política.
Pense nisto, enquanto há tempo.
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