quarta-feira, 25 de julho de 2012

Sindicalismo da AE


AE sindical tem posição crítica em relação aos governos. 

Olala,

Tive a oportunidade de participar do Cecut e do Concut.
No Cecut a AE-sindical e independentes assinou tese conjunta com o grupo dissidente da CSD denominado "A CUT Pode Mais". Pela tese obtivemos 4 dirigentes na direção central da CUT-RS. Como nossos delegados (22) não foram suficientes para legitimar uma das vagas, a AE-sindical declinou da possibilidade negociada na chapa , por acordo, de estar na direção executiva da CUT-RS, permitindo que as 4 vagas fossem dadas, pela legitimidade, ao grupo dissidente da CSD, majoritário na tese.

No Concut, nossa relação foi diferente. No Concut a AE marcou posição nas discussões e compôs o chapão com a Artsind, a CSD, OT e MCS. O grupamento da “CUT Pode Mais”, capitaneado pela Rejane, do Cpers, levou 49 delegados do RS, lançou uma chapa de oposição e fez 179 votos, não conseguindo ultrapasssar a cláusula de barreira de 20% para lograr vaga na executiva. Marcou posição no encontro e sinalizou a possibilidade de, no futuro, construir uma chapa de oposição na entidade.

Leio que a CSD nacional emite nota orientando os dirigentes do RS a desligarem da DS todos aqueles que não se enquadram na CSD. Pela nota, fica claro que a Rejane terá que definir sua relação política. Rejeitada pela CSD terá dificuldade dentro da DS, devido a sua postura excessivamente crítica ao governo Tarso. Entendo que o movimento que a Rejane está fazendo é para construir um campo sindical formado por descontentes do PT, do Psol e Pstu e independentes. Nesta barca, ela que contar com a AE.

Julgo que a AE tem que manter a autonomia e a independência para atuar no meio sindical, não se atrelando ao adesismo açucarado do apoio aos governos, nem ao radicalismo inconsequente e destruidor dos projetos de Dilma e Tarso.

Com sabedoria, a AE tem as condições de conduzir sua posição com o equilíbrio necessário na luta política e sindical avançando na direção da defesa dos direitos dos trabalhadores.

Pense nisto, enquanto há tempo!

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segunda-feira, 23 de julho de 2012

Mensagens-isca

Ricos no Brasil não são exemplo de moralidade.

Olala,

È impressionante como os espertos andam por todo o lugar. Contaminaram os ambientes, inclusive os instrumentos das redes sociais.

A gente acha que a maldade só se concentra em alguns locais, mas ela está disseminada na cultura, nas manifestações do povo em todos os ambientes e lugares.

Dias atrás, falando com amigos estrangeiros, eles observaram que o mau exemplo é prática comum para as pessoas ricas no Brasil. As classes A e B, ai invés de influenciar pelo bem comportamento, acabam sendo os patrocinadores do péssimo exemplo. Poderíamos imaginar que quem é abastado, não tem necessidade de roubar. Mas, os exemplos mostram o contrário. Mesmo na opulência encontramos a corrupção, a ganância e a usura como método.

 Talvez seja esta a diferença maior que encontramos entre os ricos brasileiros e os ricos de outros países. A impressão que se tem é que os ricos daqui são menos cultos do que os outros.  Uma recente pesquisa apontou que os ricos são mais corruptos que os pobres. Então, se é para esperar o exemplo de cima, pode-se não educar as gerações.

 Mas, há também os espertos que insistem em lograr os internautas. Quantas vezes você já recebeu os insistentes spans com apelos como "abra a mensagem e veja o prêmio", "você é o 999.999 usuário. Abra e receba o prêmio". "Veja suas fotos aqui". "Desaparecido. Ajude a encontrar o fulano de tal". "Confira seu saldo bancário". "Renove o cadastro, clicando aqui". "Suas pendências no SPC". "Seus amigos enviam mensagens". "Re-..."...

 Tenho por mim que mensagem não solicitada, não deveria ser enviada. Do jeito que vai, chegará o dia em que, ao abrir um correio eletrônico, passamos mais tempo deletando mensagens, do que lendo assuntos úteis.
Pense nisto, enquanto há tempo!

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Sinésio, 98 anos


Olala,

Recebo email do sobrinho Zé Luiz, informando que seu avô e meu tio, Sinésio Sommacal morreu na última quarta-feira. O Sinésio foi uma pessoa simples mas geniosa.

Terceiro filho de uma família italiana, nasceu em Farroupilha onde viveu seus primeiros anos de infãncia e juventude junto aos oito irmãos.

impulsionado pelo espírito aventureiro da terra nova que embalou seu avô Francesco, na cruzada do Atlântico no distante 1877, Sinésio Sommacal, em 1959, juntou-se ao amigo Antonio Rizzo e rumou para colonizar e desbravar terras novas no Oeste catarinense. Fixou-se na região de Chapecó, onde radicou-se com a esposa Aurora e filhos na localidade de Guatambu do Sul.

Com pouca instrução mas como muita cultura, Sinésio foi protagonista da construção de peças artísticas como a do relógio de madeira que está exposto hoje no Museu de Pedra de Farroupílha. Em terras catarinenses dedicou-se inicialmente a adminsitrar um moinho de trigo que foi completamente concumido pelo fogo no início da década de 70.

Tive a oportunidade de conhecer meu tio erm, dois encontros. Na primeira vez, há quinze anos, encontrei-o forte e lúcido. Na segunda vez, neste ano encontrei-o debilitado e acamado.

Com expressão dialeta ("Bem Chapai!") suspirada intermitentemente quando acordava durante a noite, levou a vida até os 98 anos sendo acolhido pelos filhos, netos e bisnetos ao longo de quase um século.
Uma vida vivida intensamente.
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Celular 24h (III)


Celular 24h prolonga indevidamente a jornada de trabalho.

Olalá,

Depois do celular, a jornada de trabalho não é mais a mesma.

Desde que virei servidor em cargo público no Executivo, recebi um celular moderno que transita documentos on line, opera mensagens em video, foto, texto e som e também faz e recebe e faz ligações a toda a parte do planeta.

Não sei se isto é bom, mas o celular está gerando uma situação diferenciada e peculiar no mundo do trabalho. Quando você recebe um celular, passa a ficar plugado o dia todo. Por mais que seus colegas gestores sejam ponderados, sabendo que você tem um celular, vão tentar lhe ligar fora do horário da sua jornada de trabalho.

Tenho por mim que, para que a pessoa tenha garantido o direito ao descanso diário ou semanal, o celular não deveria ser usado fora do horário de trabalho. Você já notou que o celular acrescenta tempo à sua jornada sem que você receba um centavo a mais por isso. Sou daqueles que evita ligar fora do horário de trabalho.

Só costumo ligar extemporaneamente em emergências, mas não é isso que a maioria das pessoas fazem. Cada vez mais as pessoas se acostumam a dispor do celular para demandar das pessoas 24 horas do dia. Esta questão já está preocupando alguns dirigentes de categorias profissionais, entendendo que falta regulamentação que garanta a remuneração adicional para quem porta celular além da jornada.

Não é justo que um empresário disponha do serviço de um empregado 24h do dia, sem que esta disponibilidade integral seja compensada. Com o celular, cada vez mais fica difuso o conceito de jornada de trabalho. Para quem opera um celular duatne o dia todo, não seria conveniente que o trabalhador fosse compensado por esta disponibilidade?

Pense nisto, enquento há tempo!
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Celular 24h (II)

Operadoras oferecem conversação contínua com tarifa reduzida para plugar usuários.

Olala,

Tenho comentado anteriormente sobre as vantagens do celular. Revelei que ele é retrato de um mundo em evolução e acompanha todo o indivíduo que quer viver o aggiornamento.

Mas, o celular carrega também alguns vícios.

Se você tem um segredo, já não pode contá-lo no celular, mesmo que do outro lado esteja uma pessoa confidente. O celular, como o telefone comum, passou a ser um espaço público. É ilusão achar que pode haver segredos depois da criação do celular.

Dias atrás, para juntar os pontos, uma mulher de amigo, ligou para mim para seber se o amigo tinha estado comigo. Presumo que ela se serviu do celular para fazer uma enquete, precaver-se e preparar um inquérito no retorno do amigo. Aliás, por causa da existência do celular, acabou-se o anonimato, a surpresa e o segredo pessoal.

O celular é revelador de intimidades. As mulheres que o digam. As operadoras devem ser gratas ao gênero feminino. Já percebeu quanto tempo elas gastam por ligação! Dia destes, passei uma viagem inteira de hora nol ônibus ouvindo as confidênias de duas mulheres ao celular conversando sobre as mais variadas amenidades. Elas nem perceberam que no coletivo todos ouviam. Mas, como eram duas falando, uma falava mais alto que a outra. Sem pudor!

É curioso, mas, para prender as pessoas ao celular, as operadores inventaram a tal de ligação contínua pagando tarifa única. Este benefício que dá a oportunidade da pessoa ficar plugada o dia todo na ligação, acaba viciando as pessoas. Cada vez mais o celular passa a fazer o papel de confidente, de amigo, de socorro para quem anda carente.

Por fim, numa sociedade em evolução, o celular é um mal necessário.
Pense nisto, enquento há tempo!
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terça-feira, 17 de julho de 2012

Celular 24h (I)

Celular, o mundo em suas mão com um toque.


Olalá,

Faz tempo que possuo celular. Iniciei com a máquina nos primeiros tempos, quando ela era lenta e pesada. Quase do tamanho de um tijolo. Na época, as teclas eram parecidas com a de um telefone digital. A bateria era precária e precisava ser carregada de duas em duas horas ou tinha que adormecer no carregador para segurança.

Era uma época em que poucas pessoas podiam ter o caro aparelho. Quando comprei entendi que estava acessando a modernidade, entrando na revolução tecnológica. Era jornalista e trabalhava com a informação.

Mal sabia eu que aquele pequeno prodígio eletrônico viria a ser, um dia, o computador básico.

Passadas três décadas, o celular está nas mãos de metade da população de meu país. Um item indispensável no porte de cada um.

Certo dia, esqueci o celular em casa e me senti perdido. Nem o telefone de minha mulher eu lembrava. Tudo estava anotado no celular. Até parece que minha memória fora transferida para o chip do aparelho. Experimente deixar o seu em casa e verás como faz falta!

Não há como negar que no espaço de três décadas, o celular evoluiu a ponto de concentrar todas as informações que um ser humano necessita. Através dele pode-se obter informações que antes eram acessíveis somente por rádio, TV, computador, jornal, revista... E não precisa fazer força para chegar à informação digital. Basta um toque sensível no "blu tot", como diz meu filho, e tudo estará à sua mão.

Dia desses, no estádio, a moça ao meu lado, ao invés de olhar com os próprios olhos o jogo que acontecia no campo, fitava a telinha do celular e curtia os lances mais detalhados do que eu.

É a modernidade nas nossas mãos.
Pense nisto, enquento há tempo!
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quinta-feira, 5 de julho de 2012

Três e um fusca

Três bêbados pilotando um fusca.

Olala,

Um amigo meu me contou que, certa vez, três parceiros cuja sina não encontrou rumo na vida, resolveram dar uma banda com o carro. O carro, no caso, era um fusca meio velho mas que roncava como um inferno.

A campirada envolvia a passagem por uma BR até chegar a um bordel onde pretendiam passar algumas horas entregues nos braços de algumas chinas.

Já na estrada, pé no fundo e o besouro se arrastando. De repente avistam um carro da Polícia estacionado no acostamento. Os neurônios do vivente que está no volante, não restiste e deseja espargir o orgulho, parando bem onde está o policial. Botando a cabeça para fora do carro, dispara:

- O seu guarda, é uma batida?

- Não!, responde o guarda.

- Ainda bem, porque hoje esqueci a carteira, diz o condutor.

O caroneiro, vendo o embaraço do companheiro, emenda:

- Cala a boca. Se nota que você bebeu demais!

Nesta hora é o momento de entrar em cena o caroneiro do banco de trás:

- Eu disse que essa viagem não ia dar certo com este carro roubado!

E os três acabaram no xilindró por algum tempo.

Bem que meu pai dizia: em boca fechada, não entra mosca.
Pense nisto, enquanto há tempo.
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Mau exemplo


Senadora mantém cartaz de propaganda em via pública de Passo Fundo.

Olala,

Tenho por mim que nossa democracia não está perfeita. Temos instituições montadas sobre um corporativismo que operam o Estado em causa própria. E isto ocorre porque as pessoas que integram estas instituições agem com absoluta falta de sensibilidade pública.

Dias atrás, andando por Passo Fundo, deparei-me com uma situação de flagrante ilegalidade. Em plena Avenida Brasil, uma das mais movimeadas da cidade, há uma placa de propaganda política da senadora Ana Amélia Lemos.

Não me atrevi a ligar para a senadora acusando a ilegalidade porque esta tarefa cabe aos fiscalizadores eleitorais. Mas, lá está uma placa de prlpaganda com o rosto da senadora e o número 111. Os demais dizeres da placa foram apagados, tentando dizer que o que ficou se enquadra na legalidade.

A lei eleitoral não permite que, fora do período eleitoral, nomes e números de candidatos fiquem expostos ao público. O parlamentar eleito sabe disso, mas parece que tenta provocar até onde vai a astúcia dos fiscalizadores.

Não me parece sensato que um cidadão eleitor tenha que advertir um senador pedindo para que este cumpra a lei. Por causa destes casuísmos corporativistas, chego a conclusão de que nossa democracia ainda é falha.

Pense nisto, enquanto há tempo!
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quarta-feira, 4 de julho de 2012

Propaganda irregular


Desde 5 de maio, propaganda de partidos com número e slogans estão expostas ao longo da BR-386.

Olala,
Um país sério se faz com respeito às leis. Eu, na condição de gestor público, sou proibido a executar uma ação que não esteja prevista em lei. Tudo o que fazemos tem que ser regrado por lei, regulamento ou norma pública. Diferentemente do que ocorre com a iniciativa privada que permite realizar tudo o que não é proibido.

Na minha função de gestor de obras de escolas da rede estadual tenho circulado o Estado para visitar prédios e inspecionar escolas em obras. Mas, na passagem pelas estradas, não deixo minha condição de cidadão e eleitor de lado.

Desde maio de 2012, me inquieta a existência de propaganda irregular sendo feita ao longo da BR-386, na altura da Tabaí. Lá é possível ver iniciando, fora do prazo, o marketing eleitoral de dois partidos que disputarão as eleições em outubro próximo. O PMDB e o PDT ostentam banners de 2mx2m contendo o número, slogam e partido. Numa placa está gravado: "12 PDT Firme e forte!", na outra, "15 PMDB pra fazer a diferença!".

Eu não sei o que se passa na cabeça dos organizadores locais destes partidos. As placas colocadas antes do prazo de propaganda eleitoral ensejam uma flagrante irregularidade. A lei eleitoral vale para todo o país e não é possível que num município gaúcho ela seja ignorada.

na primeira vez que passei no local, tive o cuidado de mandar uma mensagem à ouvidoria do TRE para que tomasse providência. Não tomou e, para minha surpresa as placas no dia 4 de julho estavam lá, e ampliadas em número.

Quando os partidos ignoram a legislação eleitoral, fica evidente que: ou a lei é incorreta ou os fiscalizadores da lei são frouxos.

Um país é sério quando tem as leis adequadas ao seu tempo. Se a lei existe, é para todos, ou, então, não vivemos num estado de direito. A democracia brasileira se firma na lei. E os homens cidadãos que aspiram cargos públicos tem que ser os principais fiscais da lei. O respeito à legalidade começa em casa.

Pense nisto, enquanto há tempo!