terça-feira, 2 de junho de 2009

2010 já começou VII (PMDB)

Rigotto faz o movimento do quero-quero e joga politicamente

Olala,

Hoje vou falar do quero-quero e da política. O quero-quero é uma ave tipicamente gaúcha. Costuma procriar em campo aberto, especialmente em gramados onde faz o ninho. É difícil saber onde o quero-quero põe os ovos porque ele disfaça seu ninho, com poucos sinais. Em geral, o quero-quero é uma ave que canta longe do ninho. Ele fica agitado toda a vez que alguém se aproxima da área de campo onde choca os ovos. Faz muito barulho e acaba, no fundo, protegendo o ninho colocado longe dali. Costuma se dizer que ele canta de um lado e choca os ovos do outro.

A política também tem seus lances de quero-quero. Tenho acompanhado os movimentos do ex-governador Rigotto e de seu partido. De repente, Rigotto diz que vem com tudo para ser o nome do PMDB para ser governador. Quem ousaria acreditar que o candidato que saltou do desconhecimento para ser governador de 2003 a 2006 possa ser novamente candidato. Não se classificou nas eleições para o Segundo Turno em 2007 e poderia se imaginar que poderia ser o nome para juntar forças para ser novamente governador.

Puro engano. Os movimentos feitos por Rigotto são táticos e visam colher algo diferente do que semeia. Rigotto, como um quero-quero, canta num lado mas, no fundo visa preservar o ninho que tem do outro lado do campo. Não há dúvidas que este canto de governador visa mantê-lo na mídia para cacifá-lo como senador. Ninguém se lança candidato a senador tão cedo. Agora as especulações giram em torno de quem será governador. Então, Rigotto está nessa. Depois, na hora certa, irá acomodar-se tranquilamente caficado na vaga de senador.
Há outra contribuição visível na tática de Rigotto: preservar momentaneamente o real candidato do PMDB ao governo do Estado, que é o prefeito de Porto Alegre, José Fogaça. Enquanto Rigotto agita a bandeira de governador, Fogaça escapa ileso de um olhar mais apurado de sua administração. E, no momento oportuno, é trazido à cena como alguém novo na disputa.
Só não percebe estes movimentos políticos, quem não aprendeu a conviver com a política.

Pense nisto, enquanto há tempo!
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