sábado, 23 de janeiro de 2010

Candidatos fabricados pela Mídia


O rádio ou na tevê têm posição política e pessoas que viram políticos em defesa dos interesses da mídia.

Olala,
Várias vezes, na condição de assessor de imprensa do então deputado estadual Adão Pretto, tive as portas fechadas nas emissoras de rádio. Tentava eu, passar, via telefone, pois não havia e-mail nos anos 80, boletins informativos sobre atividades desenvolvidas no parlamento gaúcho. Era minha tarefa como jornalista. Até hoje alguns amigos e companheiros tiram sarro da frase final rimada: "Da capital, para a rádio Sideral, claudio Sommacal!".

Mas, curiosamente passei a perceber, já na época, que algumas emissoras se recusavam a veicular boletins porque tinham contrato com "seus" deputados. Lembro, por exemplo, que uma rádio de Santo Ângelo divulgava semanalmente uma entrevista com um deputado federal que depois foi indicado conselheiro do TCU.

Eu achava aquilo uma indecência. Como pode um veículo de comunicação renunciar ao acolhimento de todas as versões para se "vender" a uma somente.

Pesquisando, percebi que era e é prática corrente, os veículos de comunicação terem partido. Não são neutros. Não são imparciais.

Isto tem a ver com a concepção de comunicação no país. Com a maioria das concessões feitas a políticos ou a seus familiares, fica difícil admitir que o cidadão seja alimentado com a verdade dos fatos. Cada veículo dá a sua versão e vende o peixe conforme sua ideologia. Assim é a cultura da mídia brasileira do momento.

E mais, os veículos ajudam a produzir os políticos que governam a sociedade.
Sem avisar o eleitor, as empresas vão abrindo espaço para pessoas que depois acabam sendo candidatos e pedindo o seu voto. Esta força do quarto poder que é a Mídia foi pauta da Conferência nacinal de Comunicação, mas não passou de uma constatação.

Como a Mídia, em geral, representa interesses da elite, fica claro que os privilégios os políticos por ela fabricados defendem.
Pense nisto, enquanto há tempo.
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2 comentários:

Anônimo disse...

Mas afinal é livre para qualquer um criar uma mídia e nela impor seus interresses e idéias. Porque os críticos das mídias que estão ai não criam as suas. Penso que nâo o fazem porque são incompetentes, pouco criativo e suas idéias jurassicas não encontram ressonancia no público. Mesmo as mídias mantidas pelo governo não tem audiência porque é uma chatice. O filme do Lula fala por si. Está perdendo pro filme do Esquilo.

Anônimo disse...

Para se fazer mídia não basta vontande é necessário conhecimento, técnica e tecnologia. O realmente faz a diferença é a tecnologia. Cameras de ponta, aparelhos de captação de som, luzes e afins tudo isso custa muito caro. No Brasil não se desenvolve tal tecnologia. Toda ela vem de fora: são cameras Sony, monitores da LG, gravadores da Sansung e softwares da Microsoft.

Apenas empresas muito rentáveis conseguem sobreviver a rapidez da evolução tecnológica. Desta forma se cria um monopólio natural, quer dizer "natural" pela nossa incompetência de criar tecnologia. Alem disso nos exercitamos muito pouco o saudável hábito de trocar de canal , de sair da rotina enfim de inovar.

Essas tvs "enche liguiça", canal 15, 12 18 e outros, não são empresas de mídia(exemplo Globo), a maioria é apenas um megafone de governos e igrejas. Elas não vam e nem podem resolver o problema maior da técnologia.

O combate ao monopólio da opinião definitivamente não deve ser feito com mais tvzinhas mediocres, e sim com o investimento em educação para criar mais tecnologia.

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