quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Caniços frágeis


Olala,
Dias atás, durante um jogo de futebol, acabei recebendo um chute na panturrilha. Enquanto o corpo estava quente, não doía mas bastou esfriar e lá veio o desconforto.

Mesmo possuídor de convênio médico, decidi procurar um hospital credenciado ao SUS. E entrei na fila onde caem todos os brasileiros que necessitam assistência médica.

Depois de breve espera, fui chamado para a consulta. O Médico me atendeu de pé, e - estranho - com uma receita semipronta. Relatei meu caso e o médico logo sentenciou:
- Batidas se curam com repouso e medicação.

Incrível! O médico sequer olhou para minha perna, não tocou nela e entregou-me uma receita. Mandou entrar o próximo.

Segui adiante.

Dia depois, como a dor ainda persistia, embora menor, resolvi passar numa farmácia em busca do medicamento. Comprei.

Não costumo ler bulas. Mas, desta vez, estando em férias, li. Nas contra-indicações dizia: "Este medicamento pode causar náuseas, vômito, diarréia, cólicas abdominais, anorexia, cefaléia, tontura, erupções cutâneas, elevação dos níveis séricos (TGO e TGP), sangramento intestinal, diarréia sanguinolenta, estomatite, constipação, distúrbios da memória e da visão, convulsões, depressão, trombociclopenia e leucopenia..."

Bem, diante de tais advertências, não é preciso dizer o que fiz com o tal medicamento. Isto porque estava a caminho de uma atividade que me requeria concentração.

De fato, se para uma simples lesão muscular nossa ciência apresenta um remédio(?) com tantas precauções, o que será de nós quando acometidos de doenças graves. Nota-se, realmente que, como dizia Apóstolo Mateus, não passamos de um caniço agitado pelo vento.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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