sábado, 14 de fevereiro de 2009

A resistência em Gualeguaychú

(Eu e meu filho sobre a ponte, tendo ao fundo a contrução polêmica da Botnia).

Olala,
Gualeguaychú é uma cidade da província de Entre Rios, na Argentina, a mais famosa cidade pelo carnaval. Espremida entre dois rios, o Uruguai e o Paraná. Região que vive do comércio, turismo e agricultura como as demais cidades.

Mas, há uma peculiaridade no povo de Gualeguaychú: a resistência consciente. O povo da cidade e aredores está há dois anos resistindo contra a implantação na vizinha cidade uruguaia Fray Bentos, de uma empresa norueguesa chamada Botnia. A Botnia é uma empresa que produz pasta de celulose a partir de matas plantadas no sul do Brasil e no Uruguai.

Desde os primeiros anúncios de intalação da empresa, a população da cidade vem protestando sem que seja ouvida pelo governos argentinos e uruguaio. Formaram uma assembléia permanente que realiza atos e eventos contestando o empreendimento que, segundo estudiosos, contamina as águas do rio Paraná alterando o escossistema. No próximo dia 26 de abril acontece a quinta marcha sobre a ponte.

Como pressão, há dois anos, está trancada a ponte internacional que cruza para o lado uruguaio e dá passagem inclusive para o Brasil. Ao chegar no lado argentino, encontra arodovia trancada e a passagem somente é consentida em situação especial. É o mais duradouro caso de resistência com trancamento de rodovia que se tem conhecimento na América.

Os assembleístas invocaram o Tribunal Internacional de Haia para tratar do tema, mas ainda não houve veredito.

De certa forma, a resistência dos argentinos é semelhante ao protesto feito no Brasil contra a Aracruz pelas mulheres da Via Campesina. Todos pela defesa do ambiente e contra as formas de pouição que reduzem e a meaçam a vida das pessoas.
Pense nisto, enquanto há tempo.
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