terça-feira, 27 de janeiro de 2009

As "caixas de abelha" do Palácio da Justiça


Olala,
A arte é algo muito estranho, sempre difícil de explicar. Sempre tive dificuldade de entender certas obras contruídas ao longo de vias e praças das cidades. Quando são abstratas demais, fica a polêmica: o que realmente significam?

Talvez sejam feitas exatamente para causar polêmica. Talvez prevaleça a tese de que a arte é algo totalmente subjetivo, portanto, permite várias interpretações e nenhuma deve ser absolutamente certa.

Há seguramente cinco anos, uma obra de arte me indignou. Trata-se da construção de mais de 130 caixotes, tipo "caixas de abelha", colocados ao lado do prédio do Palácio da Justiça do Rio Grande do Sul.

O prédio de cinco altos pisos e sustentado por grossas colunas tem a peculiaridade de ser ladeado por 13o "caixas de abelha" que, durante cinco anos não serviram absolutamente para nada. Dizem que o artista que idealizou a obra que custou quase meio milhão de reais queria montar no local um jardim suspenso. Ora, como aceitar que um maluco destes não seja contido na intenção de colocar vegetação num local exposto ao inclemente sol de até 40 graus no verão! Não me passa pela cabeça que um arquiteto formado pela Academia seja capaz de cometer tal disparate. Também acho estranho que os edis desembargadores, ao conhecerem o projeto, não o tenham recusado a obra.

Está lá para todos verem (pelo menos até não ser retirado ou reformado!). É incível, mas toda a vez que você passar pelo centro da capital gaúcha encontrará na Praça da Matriz esta decoração no prédio onde por muito tempo funcionou a suprema corte do Estado.

Confesso que fiquei indignado, dia destes, ao retornar ao centro da cidade e perceber que as "caixas de abelha" ainda estão lá, quase intactas como foram colocadas pelo seu idealizador. E, algumas mais baixas, servem até pára colocar pertences de mendigos e flanelinhas que atuam no entorno do prédio.
Não é espetacular que isto ocorra.
Pense nisso, enquanto há tempo!
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Um comentário:

Anônimo disse...

Meu nome é Fábio e sou da AE da cidade de Porto Alegre. Olhei a postagem referente a caixa de abelhas, que estão colocadas no predio, no centro da cidade. Achei muito boa a denuncia feita, por você, em relação ao preço pago pela arte bem como a sua utilidade publica. Parabens ao jornalista que é atento aos acontecimentos.
Só gostaria de dizer que o Tribunal de justiça não funciona mais naquele local, apesar de constar em letras garrafais "Palacio da Justiça", ele esta funcionando ao lado do predio do IPE, na Borges mesmo. Nesse local, que o sr se refere na matéria, funciona uma agência do Banrisul e uma delegacia de polícia. Claro que, isso, em nada muda os fatos, mas é só a titulo de informação.

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