sexta-feira, 29 de maio de 2009

Inteligência Emocional


Pessoas são seres dotados de razão e que nem sempre controlam suas emoções.

Olala,

Em 1998, transitando pela avenida Ypiranga, na capital, acabei batendo meu Corcel na traseira de um Del Rey. A batida foi leve. Eu tinha seguro e andava cansado.

Na oportunidade, chamou-me atenção a reação da vítima, no caso um senhor aposentado que guiava o Del Rey. Surpreso com a batida, o senhor saiu do carro, veio em minha direção e desferiu dois socos no vidro lateral da porta. Percebendo a fúria, resolvi baixar o vidro, certo de que receberia o terceiro soco no rosto.

Mas, qual minha surpresa, o meu desafeto, vociferou exclamativamente: "Sou advogado!"
- Muito prazer. Sou jornalista!, respondi.

O gesto incontido do motorista revelou um descontrole emocional, prática muito comum no nosso trânsito.

As páginas policiais dos jornais são recheadas de casos mostrando que pessoas que possuem largo conhecimento acadêmico ou técnico acabam se envolvendo em atos criminosos e acabam penalizadas pelo excesso em seu comportamento.

O fato me remete ao tema das emoções das pessoas. Há muita gente por aí, doutoras em conhecimento acadêmico que não dominam ainda suas emoções. Preocupam-se excessivamente com a razão e esquecem de cultivar as emoções.

A virtude dos homens modernos consiste em saber articular emoções e razão e isto é objeto de uma virtude moderna denominada Inteligência Emocional.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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Polícia versus Justiça


Ladrões são incentivados se rodízio virar realidade nas prisões.

Olala,
Dias atrás, a Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos da Polícia Civil da capital, depois de longa investigação, identificou aos autores de um crime muito comum nas regiões metropolitanas: o roubo de veículos. No caso, caminhões. Usando um caminhão como isca, equipado com GPS, a Polícia flagrou os autores do roubo que conduziram o veículo a um depósito onde se encontravam peças de outros caminhões roubados e desmontados pela quadrilha.

Pois bem, feito o flagrante, presos os autores, levantadas as provas e identificados os criminosos, restava à Justiça homologar o flagrante retirando de circulação os autores do delito.

Para surpresa geral, o juiz Paulo Augusto Irion, da 4ª Vara Criminal da Comarca de Canoas, decidiu negar as prisões preventivas, optanto pela soltura dos criminosos, atitude que indignou os policiais.

O juiz argumentou que não poderia mandar para a prisão mais um indivíduo, já que as cadeias estão superlotadas.

Mais tarde, tendo a decisão contestada, sugeriu que a autoridade carcerária decida fazer um rodízio nos presos, já que não há espaço para todos no cárcere.

O fato demonstra que a questão prisional não é pautada com a seriedade que merece. Primeiro, as cadeias ainda são uma escola do crime e não ressocializam os indivíduos que lá chegam. Segundo, a sociedade entrega à Polícia e a Justiça uma a alta demanda por criminosos que poderiam ser evitados se houvesse uma atuação social mais forte dos governos. Quando uma pessoa é levada a cometer um crime, e, em geral, porque já foi abandonada na tentativa de encontrar meios de prover sua subsistência.

Parece cada vez mais claro que as cobranças entre Polícia e Justiça refletem a tragédia que poderia ser evitada se essa cidadãos fossem melhor atendidos nas suas demandas na origem.
Pensem nisto enquanto há tempo!
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quinta-feira, 21 de maio de 2009

Bons e maus políticos


Deputado usou verbas para construir castelo. Será que ação beneficia o povo?

Olala,

A política brasileira anda por um fio. Um fio da temeridade, dos escândalos, da ética atropelada, das incertezas. É por isso que grande parte do povo hesita em acreditar nos políticos.

Sabemos que não podemos prescindir da política. A sociedade necessita da política para se organizar, para tocar as demandas coletivas, para organizar as leis, gerenciar a coisa pública.

E veja que o Brasil até caminhou rápido nesta área. Inovamos ao introduzir a urna eletrônica que torna ágil o processo da escolha dos nossos representantes. Nem mesmo países avançados têm as inovações que possuímos em se tratando de tecnologia eleitoral.

Mas, o que falta, então? Falta a maturidade política de muitos eleitos que chegam aos parlamentos e esquecem que estão lá para representar o povo. Agem em causa própria na farra das passagens aéreas, no castelo, nas ambulâncias superfaturadas, nas emendas desviadas. Felizmente os maus políticos não são maioria.

Não seria na política que o jeitinho brasileiro deixaria de ser praticado. Como há, no eleitor, a prática do "levar vantagem", ela se espraia também nos políticos que são, em ultima análise, um retrato da sociedade.

Mas, apesar de tudo, é preciso acredita na boa política.. Quando um político se põe a serviço das grandes causas nacionais, favorecendo a maioria do povo, precisa ser reconhecido. E há bons políticos que honram o voto do eleitor. E estes o eleitor sabe reconhecer.

Pense nisto, enquanto há tempo!

Voto em lista ou aberto


Congresso nacional não terá tempo para realizar a reforma política.

Olala,
Vez por outra surgem informações sobre mudanças nas regras eleitorais. Sabe-se que, para uma regra valer na próxima eleição, deve ser aprovada com antecedência de um ano. Ou seja, para uma regra valer para a eleição de 2010 terá que ser aprovada no Congresso Nacional até 5 de outubro próximo.

A onda agora é especular sobre a possibilidade de mudar o critério de escolha dos atuais deputados, federais e estaduais.

Uma das mudanças debatidas no Congresso é o voto em lista. Ou seja, atualmente o RS detém, pelo número de eleitores, 31 vagas de deputados federais. Os escolhidos saem da proporcionalidade de votos dados ao partido ou às coligações partidárias em lista aberta. Cada vaga exige o quociente eleitoral de cerca de 100 mil votos.

As propostas em discussão no Congresso prevêem vários modelos. Entre eles a que vê metade das 15 vagas saindo do sistema aberto e outras 16 do sistema de lista fechada apresentada pelos partidos. Há também proposta que concebe uma única lista previamente apresentada pelo partido com a escolha dos candidatos que estão no topo da lista. Neste caso, a disputa se daria dentro do partido. Há, ainda um sistema flex ou híbrido onde o eleitor votaria na lista fechada elaborada pelos partidos, mas com a opção de também escolher individualmente um candidato, em duas votações sucessivas.

Cerca de 16 países em todo mundo já utilizam o sistema de voto em lista fechada. São eles: Argentina, Espanha, Noruega, Turquia e Uruguai. A lista flexível está presente na Áustria, Bélgica, Dinamarca, Grécia, Holanda, República Checa e Suécia. Já no voto aberto, restam poucos companheiros do Brasil: Chile, Finlândia, Polônia e Suíça.

A dúvidas sobre o processo eleitoral atestam que nossa democracia está ainda muito frágil. Só alcançaremos a maturidade política quando tivermos partidos fortes, cidadãos conscientes e participativos. Este caminho está sendo trilhado pelo Brasil, mas ainda falta muito para chegar lá.

E, ao que parece, as reformas no processo eleitoral vão ser novamente adiadas.

Pense nisto, enquanto há tempo!

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sexta-feira, 15 de maio de 2009

Poupança, pobres e ricos

Olala,
Nesta semana o Governo Lula propôs mexer na poupança visando evitar que os especuladores estrangeiros corressem para este tipo de investimento que é garantido pelo governo. Sem riscos, a poupança garante remuneração de o,5% da inflação do período. Com os riscos verificados nas operações das bolsas, muitos investidores viram na Poupança um meio de preservar seus investimentos, inchando este tipo de aplicação.

Como o governo federal precisa manter os investidores nos títulos públicos, Lula teme que4 haja uma revoada para a poupança, esvaziando os investimentos necessários nos títulos da União.
para isso Lula está propondo remunerar menos os grandes aplicadores da poupança e deixar a rentabilidade máxima apenas para o pequeno poupador, aquele que investe até R$ 90 mil.

Essa medida mexeu com os brios da oposição que viu na medida um meio de bater em Lula dizendo que ele queria reduzir o valor da poupança dos pobres. Na verdade, menos de 0,4% dos quase um milhão de poupadores detém valores acima de R$ 90 mil nas poupanças do país.

Assumir a defesa desses 0,4% é legítimo. Mas chamá-los de pobres, aposentados e trabalhadores – assim, genericamente –, elimina qualquer mínimo compromisso com a verdade. Esses 0,4%, se ficarem inconformados, poderão buscar outras aplicações, que aliás já são tributadas. São pessoas com mais informação sobre fundos e CDBs, por exemplo. A poupança é isenta de Imposto de Renda, em 2010 até R$ 50 mil exatamente por ser um investimento dos que têm menos.

Alterar as regras da Poupança foi uma solução encontrada pelo governo para que, com a esperada queda na taxa de juros, não houvesse uma fuga massiva das aplicações que hoje estão nos Fundos de Investimentos – que ajudam a financiar o setor produtivo.

O governo Lula optou pela preservação clara do pequeno poupador. Com políticas sociais fez com que 20 milhões ascendessem de classe. O governo Lula criou o Bolsa Família, o ProUni, o crédito consignado, o Luz para Todos, os Territórios da Cidadania e inúmeras outras políticas de inclusão sócio-econômica.
Pensem nisto, enqaunto há tempo!
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quarta-feira, 13 de maio de 2009

Aquecimento global e Febre Amarela


Mosquito Aedes aegypti no sul revela que clima está modificando no planeta

Olala,
Desde que perdeu a eleição norte-americana por George Bush, o candidato Al Gore decidiu peregrinar o mundo fazendo palestras sobre um tema polêmico: o aquecimento global.

Ele reforçou uma teoria levantada por cientistas de que o globo terrestre, devido ao comportamento humano, está sofrendo alterações climáticas que põem em risco a vida no planeta. Uma das ações apontadas na fala e nos filmes de Al Gore refere-se ao aquecimento do planeta e suas consequências.

Como se pode perceber se a tese de Al Gore tem fundamento?

Há séculos, o Brasil, país situado na faixa equatorial, mas a maior parte na faixa tropical, tem assistido variações climáticas desordenadas. Secas, enchentes e furacões não eram tão frequentes em terras brasileiras. Mas, ao meu ver, há um sinal que mostra as modificações que estão acontecendo na natureza: trata-se do comportamento dos organismos vivos e de sua mobilidade.

É sabido que algumas espécies habitam lugares de clima tropical: em geral seco e úmido e fortemente marcado por período de chuvas. É o caso do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e da febre amarela.

Quando os imigrantes europeus chegavam ao Brasil, há mais de 130 anos, tinham os navios desviados do Rio de Janeiro e de São Paulo, vindo direto para o Sul para evitar o contágio com o mosquito da febre amarela. Nosso Estado não hospedava o mosquito que agora está em quase todas as regiões.

Tradicionalmente hospedeiro das regiões quentes, o aedes aegypti avança nas zonas sub-tropicais. Isto prova que o clima está mudando. Os seres vivos se movem onde encontram uma habitat acolhedor. Isto vale tanto para as pessoas como para os insetos.

E a presença do mosquito da febre amarela no Rio Grande do Sul atesta que o clima do planeta está sofrendo alterações.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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Para baixar este coimentário em MP3 clique AQUI.

Consenso de Washington vive no RS


John Williamson, criador do Consenso de Washington que Yeda segue à risca

Olala,
Há 20 anos, o conselheiro do Banco Muindial e economista John Williamson teve uma idéia que foi adotada por vários países. Na época havia caído o muro de Berlim e a sociedade capitalista achou que deveria ditar as regras liberais mundo afora.

O economista tornou-se o cérebro de uma articulada manobra político-econômica que preconizava alavancar o desenvolvimento dos países governados por neoliberais.

Ele criou o movimento chamado Consenso de Washington. O Consenso de Washington é um conjunto de medidas - que se compõe de dez regras básicas - formulado em novembro de 1989 por economistas de instituições financeiras baseadas em Washington, como o FMI, o Banco Mundial.

Segundo ele, os governos deveriam seguir as dez medidas para alcançar o deenvolvimento. São elas: disciplina fiscal, redução dos gastos públicos, reforma tributária, abertura comercial, investimento estrangeiro direto com eliminação de restrições, privatização das estatais, desregulamentação (afrouxamento das leis econômicas e trabalhistas)entre outras.

Este receituário foi implantado no Brasil durante o governo Fernando Henrique Cardoso. Williamson tem fortes ligações com o Brasil, ele é casado com uma brasileira e foi colega de Armínio Fraga e Pedro Malan, que foram ministros de FHC.

Uma das portas de entrada do COnsenso de Washington na América Latina era a implementação da ALCA que, embora tenha ganhado força no governo tucano, foi desarticulada com a posse de Lula.

Nos Estados, foi no Paraná nos anos 90 que se operaram as maiores ações políticas do Consenso de Washington.

Agora, no Rio Grande do Sul, o governo de Yeda Crusius tenta recuperar o Consenso de Washington e quer implantá-lo a força. As ações desenvolvidas aqui apontam diretamente para o cumprimento das regras básicas sugeridas plor Willimson há duas décadas. Ou seja, a noção de desenvolvimento em curso no Estado não tem nada de original, mas segue uma receita criada pela cartilha neoliberal no mundo.
Pense nisto, enquanto ha tempo!
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terça-feira, 12 de maio de 2009

Modernidades


A tecnologia da música sofreu grandes mudanças com o advento da Internet

Olala,
Dia destes, um amigo meu, apaixonado pela música, me pediu um conselho; tenho um espaço para colocar uma loja em lugar movimentado no centro de Porto Alegre. Eu gostaria de colocar uma loja de CDs, o que acha?

Refelti e ajudei a construir uma resposta para meu amigo. Primeiro fui ver qual o comportamento da indústria da música. Percebi que sofreu profundas modificações através dos tempos. A arte de criar, compor, interpretar, continua viva e não sofreu mudanças. O mesmo poderia se falar na indústria dos instrumentos musicais. Embora a tecnologia tenha inventado verdadeiras orquestras eletrônicas, muitos instrumentos ainda continuam sendo buscados pelos amantes da música.

Mas, seguramente, a maior mudança na área da música, refere-se ao meio de transporte. O disco de vinil foi por décadas o meio de difusão da música. O artista gravava um LP (Long Play) ou CD (Compact disc) que era comercializado nas lojas acabava no hit parade das rádios. Quem conseguisse alcançar os grandes programas de auditório dos anos 60 tinha mais visibilidade e lograva mais êxito.

Depois, veio a TV mostrando ao vivo o artista da música. Aí houve a explosão dos grupos musicais, num formato que ainda perdura até hoje. O interesse das gravadoras passou a dominar e selecionar os artistas e a exibí-los seletivamente na mídia.

Seguiu-se a inovação do CD, do Ipod, do celular, da geração 3D... Então, tudo isso veio para facilitar o consumidor dando uma variação múltipla para ouvir músicas.

Com a inovação, perderam-se no tempo as lojas de discos. O CD ficou obsoleto e já está desaparecendo com as músicas baixadas, em volume ilimitado, da internet. Muitos desempregados tem que optar por outras formas de vida.

Por isso, se há um conselho que devo reafirmar ao meu amigo é que, para não gastar dinheiro e ser mais pobre, deve evitar a abertura de uma loja que vende CDs. A propósito, você orientaria alguém a abrir uma loja de venda de máquinas de escrever?
Pense nisto, enquanto há tempo!
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Impeachment de Yeda


40 milhões do Detran ainda não foram explicados. Agora surgem mais provas que comprometem a governadora.

Olala,
As denúncias trazidas à tona pela Revista Veja apontando a existência de Caixa Dois na eleição que levou Yeda ao Piratini estão mexendo com o mundo político e reavivam o pedido de impeachment da governadora.

As denúncias, anteriormente anunciadas por integrantes do Psol, eram mantidas reservadas. O partido preferiu não assumir o risco de divulgá-las. Esperou que a mídia, através da revista Veja, o fizesse.

As denúncias são muito comprometedoras. Elas dão sequência às informações trazidas à tona pelo vice-governador, Paulo Feijó, que já havia denunciado caixa dois já nos primeiros meses de governo. Como Feijó estava de briga com Yeda, a mídia acabou não dando crédito às palavras de Feijó.

Num passado não muito distante, uma investigação da Polícia Federal detectou um esquema corrupto dentro do Detran do Estado que envolvia secretários do governo de Yeda, e apontavam procedimentos ilícitos com o coordenador de campanha, Marcelo Cavalcante.

O coordenador foi encontrado morto em Brasília em 2008. A causa da morte de Cavalcante continua mistério. Foi suicídio ou queima de arquivo? Sua viúva, a empresária e socialaite, Magda Koenigkan, em entrevista à revista Veja, falou sobre as irregularidades que o marido teria se submetido em nome da governadora gaúcha que foi seu assessor quando era parlamentar no Congresso.

A verdade é que, as revelações recentes criam um novo caldo de provas que comprometem a permanência de Yeda à frente do governo. Se o rigor administrativo for levado à sério, Yeda não poderá permanecer à frente do Governo na condição de suspeita das irregularidades. E, para isso existe o impeachment, inclusive para preservar o acusado e permitir que prove, na justiça, sua inocência.

Quando um servidor é acusado, logo é afastado do serviço para que a sindicância transite com transparência. O mesmo método deveria ser seguido no presente caso.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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quinta-feira, 7 de maio de 2009

Liberdade de expressão


Sílvio, primeiro ministro italiano, e sua mulher Verônica caricaturados por hargista de Palermo

Olala,
Fico me perguntando como deve se sentir o homem público quando sua imagem é exposta publicamente. A livre expressão dos artistas é algo que mexe com a gente. Ninguém deseja a humilhação publica. É desconfortável e reduz a auto-estima.

Lembro das inúmeras vezes em que o atual presidente Lula foi retratado nos cartuns e charges do Pasquim, Mad, Veja e tantas outras publicações. A imagem do metalúrgico barbudo nunca foi engolida pela mídia que sempre tripudiou das capacidades do operário em ser presidente. E, neste bate-rebate, Lula foi sendo talhado e, como uma boa massa, de tanta sova, virou um pão. Taí presidente por dois mandatos. E com uma popularidade que não foi abalada pelas charges de plantão.

Sou daqules que acreditam que a mídia tem um poder enorme para construir e destruir imagens. Uma carticatura vale mais do que mil palavras.

Os chargistas avançam sobre a vida pública e privada das pessoas ilustres. Não há como impedir esta manifestação criativa que faz pensar. E é neste contexto que o eleitor vai formando sua opinião. Se você mostrar que o político é um diabo e o eleitor não confiar, você estará promovendo o político.

Tenho visto jornais de esquerda publicarem retratos de políticos de direita, achando que estão depreciando sua imagem. Grande engano. Ao jogar uma imagem no público, lembre-se que um em cada dez pessoas lêem o sentido da imagem. Os demais apenas gravam a figura. E, aqui, também vale a máxima "não importa que falem mal de mim. O que importa é que falem".
Pense nisto, enquanto há tempo!
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Professor polivalente


Interdisciplinariedade não pode ser implantada à força

Olala,
Li nos jornais que a Secretária de Educação do RS, Mariza Abreu, irá implantar, em 2009, mudanças na seleção de professores para a rede estadual.

- É certo que a mudança cai acontecer no ano que vem. Não há nenhum obstáculo significativo!, reforça a secretária.

Que mudança é essa? Um estudo feito pelo Conselho Nacional de Educação aponta que a formação sementada, em disciplinas, acaba gerando uma aprendizagem deficiente. Os resultados do Enem apontam que os alunos em várias escolas do país, tem desempenho insuficiente quando os conteúdos são ministrados de forma individual, sem relação interdisciplinar. Quando, por exemplo, a análise de um problema é só de uma disciplina, o aluno sai da escola sem a abrangência das informações que precisa para a vida.

Aproveitando esta avaliação, a secretária decidiu, sem consulta a comunidade escolar, - professores, funcionários, pais e alunos - disparar a seleção de professores em quatro agrupamentos: linguagens(português, literatura, língua estrangeira, arte e educação física), matemática, ciências (biologia, química e física) e ciências humanas (história, geografia, filosofia e sociologia). E disse mais, os professores atuais terão que atuar em todas as matérias dentro da área.

A medida, já adotada na década de 70, resultou em fracasso porque não foi seguida de suporte na formação do professor. Não tem como decretar que um professor de matemática acabe dando uma boa aula de física ou de química. Assim, não tem como exigir de um professor de português que ensine ingês. A proposta, boa no mérito não pode ser empurrada goela abaixo na rede.

Se a mudança deve acontecer, deve vir acompanhada de um suporte na formação que permita dar ao docente condições de domínio da disciplina. Talvez, algo como faz a França atualmente que retira o professor depois de 8 anos de magistério e o coloca numa universidade pública para se atualizar pelo período de dois anos.Só depois disto é que ele retorna à sala de aula, sem perder vantagens de carreira.

Acho, por fim, que a medida esconde a tentativa de dar ao gestor condições de manipulação dos professores suprindo eventuais carências de profissionais nas escolas. Não se melhora a qualidade do ensino obrigando o professor a sair do foco de sua formação acadêmica.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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É

sábado, 2 de maio de 2009

Trabalho por tarefas definidas


Planejar a ação e visualizar as tarefas não é tarefa comum a todos
Olala,
Depois de viver cinco décadas e ter observado como as pessoas trabalham, percebo que, no Brasil, muitos exercem atividades desconhecendo as tarefas que executam. Muitas pessoas têm emprego, seguem rotinas mas não sabem o sentido daquilo que estão fazendo. Sem ser sujeitos da produção, são alienados, fazem mecanicamente o que os outros mandam.

Sempre me angustio quando sou designado para cargos em que não ficam claras as funções. Trabalhei mais de trinta anos no serviço público e privado e, em geral, onde passei, não havia planos escritos especificando, com clareza, minhas tarefas. No serviço público as tarefas são implícitas. Isto sempre me indignou porque, vez por outra, as pessoas me cobravam por tarefas que não estavam a mim reservadas. Como as atribuições não são claras, a avaliação fica vulnerável. E, sem base para avaliar, o resultado do trabalho não aparece.

Quis saber porque isto acontece. A sociologia ensina que exercer um trabalho, cumprindo um planejamento estratégico que inclui táticas e papéis bem definidos, é característica das sociedades homogêneas. Mais iguais na sua etnicidade. Percebo que as pessoas são mais solidárias onde a formação é mais original. Nas sociedades mais multiétnicas, heterogêneas, os papéis sociais são mais difusos. Hámenos objetivos comuns.

Isto, em parte, explica porque cidades como Novo Hamburgo, São Leopoldo, Caxias, Bento Gonçalves, entre outras, alcançaram mais cedo o desenvolvimento do que outras que possuem mais formação multiétnica. Quando se juntam os interesses de vários povos os consensos ficam mais distantes.

Isto, em parte, explica também porque os países com formação mais homogênea, França, Alemanha, Dinamarca, Finlândia, Áustria, Suécia, Noruega, Escócia, Irlanda, Japão, entre outros, ostentam os melhores índices de IDH do Planeta.
O Brasil possui formação étnica plural e, embora isto tenha vantagens, deixa difuso o objetivo nacional. E isto se expressa também no mercado de trabalho.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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sexta-feira, 1 de maio de 2009

Deus pai, Deus mãe


Deus é uma criação humana sem gênero.

Olala,
Dias atrás perdi o ônibus que me levava ao bairro e, como outro coletivo chegava quarenta minutos após, resolvi espiar um culto num tempo evangélico. Era um final de tarde de quinta-feira. O espaço da igreja era amplo, bem iluminado, com mais ou menos 4 mil e 500 cadeiras estofadas. No palco apenas um pregador, embora vários deles estivessem distribuídos entre o público. Várias "obreiras" vestidas a rigor, também orientavam os fiéis que chegavam.

Do alto do palco, o pastor pregava para uma platéia silenciosa e concentrada. Exercia a oratória com destreza se movendo de um canto a outro do palco.

Falava de Deus, de salvação, de pecados, de curas milagrosas, da natureza de Deus. Sempre se referindo ao criador no gênero masculino, como, aliás, ensina a Bíblia.

Sempre achei estranha a versão que é passada pelas igrejas e que pregam que a imagem de Deus está associada a imagem de um pai, de um homem no gênero masculino. Esta concepção paterna do criador é uma invenção ideológica criada para justificar o poder masculino nos comandos eclesiais. Os catecismos ensinam nossas crianças que Deus é pai. Por que Deus não pode ser também mãe? Se você pedir para dez crianças desenharem a imagem de Deus - que não tem imagem - as dez farão uma figura identificada com um homem, do sexo masculino. Faça o teste. Pergunte a seu filho.

Ora, é preciso subverter a ordem e dizer que o Deus verdadeiro não tem imagem, ou se tem, no mínimo, deve ter feições masculinas e femininas. Insistir em "vender" Deus como figura paterna é falsificar a realidade em causa própria.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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Para baixar este comentário em MP3, clique AQUI.

Susan Boyle e sua simplicidade


Susan, irlandesa, revelou seu sonho aos 47 anos

Susan Boyle e sua simplicidade

Olala,
Ela tem aparência incomum, é feia e obesa. Fora dos padrões pregados pela sociedade de consumo. Quando chegou no palco, o ceticismo anunciava que era mais um calouro cômico a pisar no programa televisivo britânico que tem a tarefa de revelar talentos.

Determinada, Susan Boyle, nascida na vila chamada Blackburn, cidade de West Lothian, na Escócia, se tornou uma celebridade quando interpretou a música "I dreamed a driam", (Eu sonhei um sonho).

Antes de cantar, tanto os jurados quanto o público demonstraram desconfiança por sua aparência desleixada e comportamento inseguro. Em resposta, após a surpreendente apresentação ela foi ovacionada pelo auditório e atordoou os juízes. A audição ocorreu em janeiro de 2009 no Clyde Auditorium de Glasgow, na Escócia.

O constraste de sua performance com a primeira impressão dada, geraram repercussão global. Artigos sobre ela apareceram em jornais de todo o mundo, enquanto vídeos hospedados na internet com sua apresentação bateram recordes, sendo exibidos por mais de 40 milhões de internautas. Sua voz afinada e guardada há tanto tempo, lhe rendeu um convite para que firme contrato com a gravadora Sony. Não faltou quem aparecesse para fazer um filme da história dos sonhos de Susan.

A agradável revelação mostra que o dom da música, ou de qualquer outra arte, é peculiar a todo o indivíduo. Na maioria das vezes, a sociedade só credita valor ao talento forjado, trabalhado e moldado pelos centros de formação. Sonhos e criatividades são próprios do ser humano e podem se revelar em qualquer pessoa, onde é que ela esteja. O que acontece é que, embora todos tenhamos capacidades, poucos conseguem ser descobertos na sua arte. Numa sociedade altamente padronizada, fica difícil descobrir talentos como a voz de Susan. Quem não é descoberto ou não tem oportunidade acaba anônimo e, às vezes, passa uma vida sem ter a oportunidade de revelar seu talento. Abrir caminho para o talento das pessoas deve ser o objetivo perseguido por todo o indivíduo sintonizado em seu tempo.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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Epidemias de tempos em tempos


Passageiros provenientes do México usam máscaras preventivas.

Olala,
De novo o mundo é pego de surpresa com notícias sobre uma doença que se espalha rápido chamada "gripe suína". Desta vez a moléstia inicia na cidade mais populosa da América, o México. Como em outras oportunidades, as autoridades sanitárias logo correram para fechar fronteiras e tentar impedir que o vírus se espalhe mundo afora.
Uma doença que se alastra pelo ar e pelo contato humano gera mudanças nos padrões de vida do povo. Num primeiro momento, escolas suspenderam as aulas, igrejas, cinemas e casas de espetáculos tiveram programação cancelada. Até times de futebol deixaram de lado os campeonatos. Tudo para se precaver da possibilidade de ampliar o contágio com a doença.

Cada vez que doenças aparecem, a ciência se apressa em buscar conhecer os princípios causadores visando buscar os antídotos. Foi assim, na segunda guerra mundial quando Alexander Flemming ofereceu a Peniscilina que salvou milhares de soldados envoltos na sífilis uma doença venérea que contaminava o sangue levando a pessoa a morte.

No final do século XIX, uma gripe espanhola avançou mundo afora e levou muitas vidas. Eu mesmo só estou escrevendo aqui porque meu avô, Giuseppe, aos sete anos, escapou desta moléstia lá em 1888. Ele estava assentado num lote no primeiro assentamento de colonos europeus do Sul do Brasil. Sobrevivendo, meu avô viu seu pai e dois irmãos perecerem pela peste.

Quase na mesma época, o sanitarista Osvaldo Cruz, cientista, médico e bacteriologista, depois de estudar no Instituto Pasteur, em Paris, desvendou a cura, através de vacinas, da peste bubônica que dizimava os trabalhadores portuários em Santos e desenvolveu as vacinas contra a febre Amarela e a Varíola.

No caso presente, a febre suína ou febre mexicana, também chamada de influenza, fez a OMS disparar um alerta mundial sobre a possibilidade de contágio em grande escala. As notícias dão conta da necessidade de prevenções, de medidas a serem tomadas em vários países, visando proteger as pessoas do contágio. Há um ano, foi a vez da gripe das aves originária da china, mostrando sua força. Agora a ciência médica e os sanitaristas são desafiados a reduzir os transtornos gerados pela nova moléstia que, como outras, certamente tem seu ciclo e já faz as pessoas mudarem seus hábitos.
Pense nisto, enquanto há tempo!