sexta-feira, 1 de maio de 2009

Epidemias de tempos em tempos


Passageiros provenientes do México usam máscaras preventivas.

Olala,
De novo o mundo é pego de surpresa com notícias sobre uma doença que se espalha rápido chamada "gripe suína". Desta vez a moléstia inicia na cidade mais populosa da América, o México. Como em outras oportunidades, as autoridades sanitárias logo correram para fechar fronteiras e tentar impedir que o vírus se espalhe mundo afora.
Uma doença que se alastra pelo ar e pelo contato humano gera mudanças nos padrões de vida do povo. Num primeiro momento, escolas suspenderam as aulas, igrejas, cinemas e casas de espetáculos tiveram programação cancelada. Até times de futebol deixaram de lado os campeonatos. Tudo para se precaver da possibilidade de ampliar o contágio com a doença.

Cada vez que doenças aparecem, a ciência se apressa em buscar conhecer os princípios causadores visando buscar os antídotos. Foi assim, na segunda guerra mundial quando Alexander Flemming ofereceu a Peniscilina que salvou milhares de soldados envoltos na sífilis uma doença venérea que contaminava o sangue levando a pessoa a morte.

No final do século XIX, uma gripe espanhola avançou mundo afora e levou muitas vidas. Eu mesmo só estou escrevendo aqui porque meu avô, Giuseppe, aos sete anos, escapou desta moléstia lá em 1888. Ele estava assentado num lote no primeiro assentamento de colonos europeus do Sul do Brasil. Sobrevivendo, meu avô viu seu pai e dois irmãos perecerem pela peste.

Quase na mesma época, o sanitarista Osvaldo Cruz, cientista, médico e bacteriologista, depois de estudar no Instituto Pasteur, em Paris, desvendou a cura, através de vacinas, da peste bubônica que dizimava os trabalhadores portuários em Santos e desenvolveu as vacinas contra a febre Amarela e a Varíola.

No caso presente, a febre suína ou febre mexicana, também chamada de influenza, fez a OMS disparar um alerta mundial sobre a possibilidade de contágio em grande escala. As notícias dão conta da necessidade de prevenções, de medidas a serem tomadas em vários países, visando proteger as pessoas do contágio. Há um ano, foi a vez da gripe das aves originária da china, mostrando sua força. Agora a ciência médica e os sanitaristas são desafiados a reduzir os transtornos gerados pela nova moléstia que, como outras, certamente tem seu ciclo e já faz as pessoas mudarem seus hábitos.
Pense nisto, enquanto há tempo!

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