quinta-feira, 7 de maio de 2009
Liberdade de expressão
Sílvio, primeiro ministro italiano, e sua mulher Verônica caricaturados por hargista de Palermo
Olala,
Fico me perguntando como deve se sentir o homem público quando sua imagem é exposta publicamente. A livre expressão dos artistas é algo que mexe com a gente. Ninguém deseja a humilhação publica. É desconfortável e reduz a auto-estima.
Lembro das inúmeras vezes em que o atual presidente Lula foi retratado nos cartuns e charges do Pasquim, Mad, Veja e tantas outras publicações. A imagem do metalúrgico barbudo nunca foi engolida pela mídia que sempre tripudiou das capacidades do operário em ser presidente. E, neste bate-rebate, Lula foi sendo talhado e, como uma boa massa, de tanta sova, virou um pão. Taí presidente por dois mandatos. E com uma popularidade que não foi abalada pelas charges de plantão.
Sou daqules que acreditam que a mídia tem um poder enorme para construir e destruir imagens. Uma carticatura vale mais do que mil palavras.
Os chargistas avançam sobre a vida pública e privada das pessoas ilustres. Não há como impedir esta manifestação criativa que faz pensar. E é neste contexto que o eleitor vai formando sua opinião. Se você mostrar que o político é um diabo e o eleitor não confiar, você estará promovendo o político.
Tenho visto jornais de esquerda publicarem retratos de políticos de direita, achando que estão depreciando sua imagem. Grande engano. Ao jogar uma imagem no público, lembre-se que um em cada dez pessoas lêem o sentido da imagem. Os demais apenas gravam a figura. E, aqui, também vale a máxima "não importa que falem mal de mim. O que importa é que falem".
Pense nisto, enquanto há tempo!
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