sábado, 12 de setembro de 2009

As calças da jornalista sudanesa


A jornalista Lubna repete a rebeldia da carioca Leila Diniz que quebrou padrões de comportamento.

Olala,

A mídia noticiou recentemente que uma jornalista sudanesa foi punida porque usou calças jeans, ao invés do tradicional vestido usado pelas mulheres. A jornalista desafiou o Código penal do país que proíbe as mulheres de aparecerem em público sem a túnica e a cabeça coberta por um véu.

A jornalista estava num ar junto com outras companheiras quando foi advertida. O gesto de Lubna Ahmed al-Hussein encontrou amparo e solidariedade internacional, motivo pelo qual disse que preferia a prisão a renunciar ao costume. Foi, então que o juiz da cidade de Cartun, manteve a prisão de 30 dias para a manifestante.

Um texto de site na Inernet precisa melhor o conceito de moda feminina para a mulher árabe. A certa altura o texto dia: "Uma mulher muçulmana deve cobrir todo o seu corpo, deixando à mostra somente o rosto e as mãos. Quem está impondo o uso do véu e de vestimentas modestas não é o marido da mulher, nem o pai, o irmão ou o tio, mas sim e tão somente, Deus. Esse dever é imposto quando a mulher atinge a puberdade. Não há uma data ou momento específico, a própria mulher, assim que se conscientiza desta ordem divina, ela mesma é quem estipula o momento em que se sente preparada para usar o véu. Este assunto só diz respeito entre ela e Seu Criador, se ela deixar de usar o hijab, esta é uma falha na qual ela irá responder no Dia do Juízo Final. Vale lembrar que o uso do hijab não faz parte de cultura de um povo, mas sim, uma ordem divina estipulada no Alcorão".

O gesto da jornalista tem um significado histórico num país maçiçamente dominado pela teocracia, pelo fundmentalismo religioso que impede qualquer manifestação pública da mulher. O gesto de Lubna em rejeitar o padrão é semelhante ao da carioca Leila Diniz, nos anos 60, que desfilou na praia do Leblon, grávida e de bikini.
Na ocasião, a sociedade achou o gesto um escândalo, que o tempo se encarregou de apagar.
Pense nisto, enquanto há tempo.
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