domingo, 27 de setembro de 2009

Zelaya versus Micheletti


Zelaya tem seu governo atingido por um golpe de estado e é pivô de umacrise em Honduras.

Olala,

Honduras, país de 7,6 milhões de habitantes, com um PIB per capita de US$ 4 mil, vive uma das piores economias da América Latina. A agricultura é a base, empregando quase dois terços da sua mão-de-obra. Os principais produtos da pauta de exportações são: café, banana e camarão.

Cumprindo um primeiro mandato, Jose Miguel Zelauya Rosales, editou um decreto em 30 de março de 2009 prevendo que na consulta de 28 de junho passado, se colocasse uma urna adicional para colher votos do eleitor sobre a conveniência ou não de realizar uma nova Constituinte em Novembro próximo quando acontecem eleições gerais.

A consulta não foi bem digerida pela elite que integra o Partido Liberal - o mesmo partido de Zelaya - vendo o gesto do presidente como um passo para obter, da população, um aval para um segundo mandato.

Embora tenha sido formado sob a ótica neoliberal, Zelaya, sempre serviu aos interesses dos EUA para onde migraram mais de 300 mil hondurenhos e, paradoxalmente, se alinha com com Hugo Chaves, que pretende formar uma hegemonia dos países latinos, de índole mais socialista.

Assim, temendo o avanço de Zelaya no poder, o correligionário Roberto Micheletti se juntou ao Exército e, num golpe, tomou o poder, exportando o presidente eleito para El Salvador.

Mas, Zelaya não recuou e voltou duas vezes ao país, até chegar, agora à Embaixada do Brasil em Tegucigalpa, um território dipolomaticamente neutro.

Lula, amparado num sentimento anti-golpe emanado em vários países, defende o retorno de Zelaya ao poder. Aliás, não é só Lula que pensa assim: as democracias vêem com restrições as tentativas de tomada do poder à força. E, a solução que se der ao caso Zelaya poderá servir de exemplo ao que pode acontecer nas frágeis democracias do continente latino.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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