Negrinho do Pastoreio é uma lenda genuinamente gaúcha e trata da formação histórica do Estado.
Olala,
Dia desses, durante uma aula de filosofia, falando de lendas e mitos, indaguei uma turma de alunos de primeiro ano de Ensino Médio de minha escola, sobre quem foi o Negrinho do Pastoreio.
Para minha surpresa, dos trinta alunos, apenas um ou dois souberam precisar quem foi este personagem lendário e incorporado ao sentimento farroupilha. A lenda é o retrato fiel de um período da história gaúcha. Durante muito tempo a escravidão dominou as estâncias e maltratou os filhos de escravo. É a lenda mais típica da formação de nossa cultura, sendo reproduzida em outros países.
Não é de se espantar que poucos alunos saibam o significado da lenda. Pensando bem, fico imaginando onde um jovem de bairro de Porto Alegre poderia ter ouvido falar do Negrinho do Pastoreio. Se não for nas aulas de História ou Literatura do Ensino Fundamental, ou da participação em algum CTG, o jovem de hoje não tem oportunidade de conhecer a história da formação de seu Estado. Em geral, não há o interesse, a curiosidade sequer para saber qual o significado do bairro, do nome da rua, do seu próprio nome e sobrenome.
A curiosidade, infelizmente, não povoa a ousadia do jovem moderno. Ele quer cada vez mais coisas prontas, acabadas. Tudo é mais reduzido, resumido, imediato. Há uma geração orkutada, tuwitada, onde é preciso dizer tudo em apenas 140 toques!
Não sei, mas tendo todas as facilidades que a tecnologia moderna coloca à disposição de todos, parece-me que as pessoas passaram a ser mais preguiçosas. Alguém pode me dizer que motivações podem ser usadas para estimular um aluno a ler um livro?
Pense nisto, enquanto há tempo!
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário