terça-feira, 1 de setembro de 2009

O caso das fardas da Brigada


Antigamente a farda era doada ao policial que ingressava na força militar. Hoje as fardas são comercializadas livremente.

Olala,

Todos vimos a reportagem do Grizotti, no Jornal nacional mostrando como é fácil se adquirir um uniforme da Brigada Militar e andar por aí fardado como se fosse um policial.

A reportagem mostrou a ponta do problema mas, todos os comentários e opiniões que ouvi sobre ela, falham num ponto que entendo básico no caso.

Ao ingressar numa corporação policial, todo o servidores deixa para trás um ritual civil que o impede de dispor do tempo e da liberdade concedida aos servidores civis. A força pública exige um rigor na disciplina, dedicação integral e condições especiais de incorporação. Uma das condições é o uso de armamento e de farda exclusiva.

Ao longo do tempo, nossos policiais foram sendo maltratados no soldo e nas condiçõeos de trabalho. Coletes a prova de bala vencidos, viaturas sucarteadas, munição rara ou vencida e, também a falta de fardamento. Todos sabem que o fardamento deve ser uma obrigação dos comandos. Os alfaiates militares tinham, nos primeiros tempos, a tarefa de preparar as vestimentas dos policiais. Mas, com o tempo.o, a tarefa foi passada para a rua e o valor da farda foi creditado no soldo dos servidores. Como o soldo anda escasso, muitos servidores acabam convertendo a farda em alimento.

E, com a farda sendo produzida e disputada comercialmente não há como proibir seu uso. É claro que, com ou sem comercialização de fardas, haverá delinquentes que irão se servir da vestimenta militar para cometer delitos. Ou, nunca ouviram falar de falsos carteiros, vigilantes, guardas fardados assaltando.

O ladrão é ladrão não porque é humano, mas porque é esperto.
Pense nisto, enquanto há tempo.
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